A volta de Jungkook

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Pov jimin

Eu estava muito puto, muito decepcionado, muito triste, sentia um monte de emoções negativas. Não posso acreditar que jungkook fez isso comigo.

Eu sei que disse que não iria tirar conclusões precipitadas, mas a ardência na minha marca me faz pensar mais e mais na possibilidade dele ter feito isso comigo.

Sinto meus olhos arderem e se formar um nó na minha garganta. Aquele idiota... filho da puta... Ele me paga!

Desabo no chão e me encolho, sentindo a porta encostar nas minhas costas.

Tentava me controlar para não chorar. Eu não vou mais derramar lágrimas por alfas, isso pelo menos era o que eu pensava, mas não consigo conter. Para mim ele era diferente, mas novamente eu fui trouxa.

Sou surpreendido quando sinto o cheiro de jungkook e a minha marca passa a arder mais.

Será que estou ficando louco? Não me diga que até mesmo depois disso meu corpo está com saudade dele. Me sinto tão idiota...

O cheiro se intensificou muito, tanto que fiquei tonto. Me levanto e olho para a porta. Isso não pode ser coisa da minha imaginação.

Meu susto é ainda maior quando a maçaneta da porta tenta girar, mas é impedido pelo trinco que estava fechado.

— jimin?— escuto a voz de jungkook do outro lado e o meu corpo vibra. Que merda, mesmo estando com tanta raiva dele, meu corpo se sente tão bem só dele estar a alguns centímetros de distância.— você está aí? Abra a porta por favor.

Sua voz estava estranha, estava arrastada e rouca. Sem falar que ele parecia ofegante ao falar. Será que ele...

— senhor Jeon?— escuto outra voz e dessa vez era Hikari.— o senhor está bem?

— não me toque!— jungkook fala nervoso, quase rosnando.— por favor, não venha para perto de mim. Eu só preciso de uma pessoa agora e é o meu ômega.

Eu estremeci ao escutar isso. Por essa sua reação ele só pode...

Não penso duas vezes e abro a porta dando de cara com jungkook em uma posição defensiva e Hikari com uma expressão assustada.

— jungkook você entrou no cio?— pergunto o que mais se passava na minha cabeça.

Fico surpreso, quando em vez de receber uma reposta, eu recebo um abraço apertado. Seu cheiro enfestou as minhas narinas e a minha mente focou em algo que eu não queria agora. Pensei em como queria ser fodido por ele.

— jimin, eu senti tanto a sua falta.— eu me arrepio ao sentir o seu nariz roçar pelo meu pescoço, sentindo o meu cheiro. Vem até a minha orelha e novamente me arrepio ao sentir seu hálito quente bater nela.— eu preciso de você.

Merda... não é pra você reagir a ele, corpo!

Para ajudar a me conter, eu o empurro com toda a minha força. Resultado, ele me solta e bate as costas na parede, me olhando assustado.

— Hikari, saia daqui!— antes que eu pudesse ter uma conversa com jungkook, precisava que ela saísse daqui, afinal não queria que ela escutasse. Ela assente, já correndo para fora da casa. Eu volto a olhá-lo, mesmo não querendo demonstrar, acabei mostrando um olhar triste.— não quero que me toque, jungkook.

Ele arregala os olhos e logo tenta segurar os meus braços, mas eu desvio.

— o que foi, jimin?— fala nervoso e a minha raiva aumenta.

— o que foi?— repito suas palavras incrédulo.— me explique, porque a minha marca arde tanto? Porque me sinto tão triste? Porque me sinto tão decepcionado?— empurro o seu peito, já sentindo lágrimas se formarem em meus olhos.— EU ACREDITEI EM VOCÊ! ACHEI QUE VOCÊ ERA DIFERENTE!— grito com todo o meu pulmão.— você me decepcionou... por favor, saia da minha frente.

O ômega rebelde e o alfa certinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora