Medo

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Pov Jimin

— Mas que porra é essa?— falo irritado, recuando enquanto eles se aproximavam.— Vocês são cachorrinhos daquela maldita, não é?

Tinha medo? Tinha, mas também estava cagando se eles iriam se ofender com as minhas palavras. A verdade era que agora estava me sentindo mais livre, não tinha mais tanto medo, porque agora não estava com Yeonjun.

— Fale direito, Ômega!— usa voz de alfa e eu me encolho, isso os deu oportunidade de chegar até mim.— Você irá vir com a gente.

Segura meu braço, mas mesmo assustado eu revido. Solto meu braço e falo:

— Me solta, caralho!— o encaro raivoso.

Ele pareceu meio surpreso, mas logo me surpreende ao acertar um tapa em meu rosto. Foi forte o suficiente para fazer meu rosto virar e minha bochecha arder ali. Isso me deixou ainda mais irritado.

Fechei meu punho para revidar, mas então o barulho da porta da frente da casa me faz parar. Ao encarar quem era, fico aliviado de ver Jungkook.

Só que logo sua expressão de surpresa mudou para ódio. Ele não demorou e avançou nos dos homens. E isso me deixou perturbado, afinal por mais que ele batesse, ele apanhava também. Tinha medo, medo de acontecer algo pior com ele.

— Jungkook!— o chamava nervoso, mas não surtia efeito. Ele não estava escutando ninguém naquele momento.

— Seus malditos, como ousam tentar fazer algo contra o meu ômega!— dizia acertando socos fortes no homem caído, enquanto o outro já permanecia desmaiado no chão. Daquele jeito Jungkook mataria alguém.

— Merda...— resmungo e corro até eles. Ele não pararia se eu o chamasse, então tinha que pará-lo com o corpo.— Jungkook, pare!

Caí no chão, de joelhos, e o abracei por trás. Na mesma hora, surtiu efeito e ele parou seus movimentos. Os dois homens já não estavam mais acordados e Jungkook tinha a bochecha inchada do soco e as mãos machucadas de tanto que bateu nos homens.

Queria me manter forte por ele, então segurei as lágrimas que queriam descer. Estava tão assustado.

— Jung...— enterro meu rosto em suas costas, antes de conseguir terminar. Sem querer acabei caindo nas lágrimas. Foi tudo tão assustador.— Não faça isso de novo...

Senti suas mãos tocarem as minhas que segurava sua camisa fortemente na parte da frente.

— Desculpa, amor.— fala baixo, parecendo triste. Ele me faz o soltar e depois se vira para mim, assim pude ver seu rosto triste. E assim ele me aperta em um abraço.— Não aguentei ver que eles te bateram. Perdi o controle. Me desculpe.

— Você devia tomar cuidado, idiota.— falo, engolindo o choro.— E se eu te perdesse, o que eu faria?

Ele acaba rindo fraco e deixa um beijo em meu ombro.

— Isso não vai acontecer. Prometo que não farei isso de novo.— se levanta do chão e me levanta também, sem nos soltarmos do abraço.— Agora vamos voltar para dentro que é mais seguro. Vamos ligar para a polícia.

— Tá bom...— digo, o soltando com receio.

— Não se preocupe.— ele sorri bobo e segura minha mão, passando a me guiar para dentro.— Você é tão fofo quando fica preocupado assim comigo.

— Cala a boca.— falo envergonhado, limpando meu rosto molhado com as costas da mão livre.— E se fizer algo assim de novo, eu acabo com você.

— Tá bom.— ri fraco.

[...]

Depois de todo o transtorno que foi, até mesmo fez a Omma passar mal, nós voltamos para casa. Por mais que Jungkook tenha pedido desculpa e tenha sorrido para mim, ele ainda parecia irritado e se trancou em seu escritório. Provavelmente estava em busca de quem tinha os mandado, por mais que soubéssemos que tinha sido a Choi, ainda precisávamos de provas.

O ômega rebelde e o alfa certinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora