Triste notícia

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Pov Jimin

— ainda não estou gostando nem um pouco de ter vindo.— respondo, enquanto abraçava o pescoço de Jungkook e dançava em conjunto a ele.

Não gostei nada. Todos me olhavam e eu não tinha um pingo de alto estima. Estava me achando um obeso e até me sentia menor que os outros.

— amor, aguente só mais um pouco.— pede e beija minha testa, apertando mais seus braços em minha cintura.— você sabe, essa festa é importante para a empresa.

Toda vez que ele dizia isso, me deixava sem escolha. Fechei os olhos e bufei, os reabrindo depois.

— tá bom.— falo emburrado.

— obrigado.— abre um enorme sorriso e deixa um selar nos meus lábios.— você sabia que eu te amo?

Encosta sua testa na minha e fecha os olhos, sem parar a dança lenta. Como não sou de ferro, acabei sorrindo.

— sei e estou cansado de saber.— falo divertido.

— mas eu não estou cansado de falar.— abre os olhos e encara os meus, ainda com um enorme sorriso.— eu te amo, Jimin.

— meloso como sempre.— paramos a dança e eu fico de ponta de pé, me apoiando nele para chegar em sua boca.— mas eu também te amo.

Senti minhas bochechas esquentarem um pouco, mas não deu muito tempo de pensar sobre, já que juntei nossos lábios.

Estar ali era uma bosta. A festa era uma bosta. Mas Jungkook, a presença dele em si, melhorava tudo, ou melhor, salvava tudo.

Estávamos no nosso momento de carícias, mas como tudo não é perfeito uma maldita voz nos atrapalhou.

— senhor Jeon, desculpe-me atrapalhar.— nos separamos e Jungkook até soltou um palavrão baixo, irritado.— queríamos bater um papo com você.

Falou simpático se referindo a ele e a um grupo de homens velhos bem vestidos. Logo vi que ficaria sozinho nessa porcaria.

— certo.— falou meio receoso, mas sem escolha. Ele olhou para mim com um olhar triste e deu um beijo na minha bochecha, dizendo.— me desculpa, amor. Prometo não demorar.

Obviamente fiquei puta.

— vá.— falo irritado.— pra mim tanto faz.

Viro o rosto e Jungkook sorri fraco, me soltando dos seus braços.

Estou puto.

— vamos.— Jungkook sorri para o homem e eles desaparecem com os outros.

Sei que são clientes, mas puta que pariu. Me deixar sozinho assim é demais! Alfa filho da mãe!

Bufei e fui a passos pesados até a mesa, onde estávamos. Me sentei e cruzei os braços.

Jungkook vai ouvir um monte quando voltar aqui. Ridículo...

Como não tinha nada para fazer, foquei minha atenção na minha barriga, já que era melhor do que prestar atenção no povo nojento que tinha na festa. Senti um chute do meu filhote na barriga e meu mau humor sumiu. Era como se yeonjun tivesse me avisando que não estou sozinho.

Fiquei bem feliz, mesmo depois de ter sido deixado aqui, ou melhor, abandonado.

— a mamãe entendeu que não estou sozinho, filho.— sorriu, enquanto aliso a barriga avantajada.

Realmente não estou sozinho. Fico pensando em quando ele nascer, ele não vai estar mais dentro de mim, talvez me sinta meio solitário. Além disso não vou poder controlá-lo, não gosto disso. Quero controlar meu filho sempre.

O ômega rebelde e o alfa certinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora