Naquele Verão

44_ Some Beck!

Eu pensei que ficaria espantada quando ouvisse aquelas palavras vindo dele.

Noah havia se tornado a pessoa mais especial pra mim e ouvir dele que ele me amava, não me espantou. Pelo contrário, me aqueceu e me fez sorrir no mesmo instante.

Eu não havia nomeado direito o que eu sentia, mas eu sentia exatamente o que ele havia dito. Eu pensava nele o tempo todo, queria estar com ele e eu comecei a imaginar o meu futuro ao lado dele.

Noah havia chegado na minha vida de repente e tomou parte de tudo sem meu consentimento, apenas de complô com meu coração.

Eu sentia que o que eu sentia por ele só aumentaria com o tempo. Eu o amava.

- Eu não consigo explicar o que sinto por você, Noah. Eu tentei não me aproximar de você para evitar que fosse zuada, mas meu coração cagou com todos os meus e não só me fez aproximar de você. Me fez apaixonar por você. Eu não sei explicar, mas acho que a palavra que mais se aproxima é amor. - Falar aquelas palavras foi um pouco difícil. Nunca fui muito boa em expressar os meus sentimentos. Mas ao mesmo tempo foi algo tão natural. Eu meio que deixei o que eu sentia por ele falar por mim. - Eu te amo, Noah.

- Eu te amo, Jennie. - Sua voz soou de forma calma e o meu coração se aqueceu novamente.

Noah me deu mais um beijo. Um beijo que não tinha malícia, um beijo que apenas usamos para expressar o que sentíamos. Estávamos felizes.

Depois que nos separamos, o sorriso no rosto de ambos apenas confirmou isso.

Eu abracei o mesmo com todas as minhas forças e decidi que ficaria nos braços dele até adormecer. E daquele dia em diante, aquele se tornou o meu lugar favorito.

[...]

- BOOM DIIAA!!! - Gritei assim que joguei um balde de água no Noah.

Cruel? Sim. Mas eu não podia perder aquela oportunidade. E no fim a culpa era dele por ter começado essa guerra.

Noah acordou no susto e olhou pra mim.

- Jennie... - Ele passou a mão no rosto. - Não acredito que fez isso. - Noah começou a rir.

- O que? Te acordei na hora certa? Vamos! Temos uma aula de surf! - Sorri para o mesmo e ele me encarou. - Owwn, ta tão fofo. - Falei fazendo um bico.

O cabelo dele estava molhado e ele olhava pra mim com um sorriso de quem iria me dar o troco mais cedo ou mais tarde.

- Ok, já que já me acordou... - Noah se levantou da cama. - Me dá um abraço? - Ele abriu os braços pra mim.

- Não. - Tentei correr dele, todavia, Noah me alavancou facilmente já que a porta do quarto estava fechada e eu não tinha muito pra onde correr. - Noah! - Resmunguei assim que ele me abraçou todo molhado. - Você ta gelado.

- Jura? - Ele colocou as mãos na cintura e eu ri do mesmo. - Vou lá em casa trocar de roupa e pegar a prancha. Me encontra na praia?

- Uhum. - Assenti.

  Noah me deu um beijo na testa e logo saiu do quarto.

Eu saí logo depois. Fui na direção do quarto onde estavam as meninas e assim que entrei vi Tamara dormindo na cama.

Eu fiz minha higiene no banheiro, tomei um banho também e coloquei um biquíni amarelo com um short jeans.

Deixei o cabelo solto, já que eu havia molhado no banho, e desci as escadas sem levar o meu celular.

Pra falar a verdade, eu estava muito surpresa com a quantidade de vezes que eu peguei o meu celular para mexer nos últimos dias.

Antes eu vivia no celular 24 horas por dia, e isso era um motivo que a minha mãe usava para tudo que acontecia de ruim comigo.