47_ VOCÊ GRAVOU??

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Noah ainda estava no chão quando eu subi em cima do mesmo e comecei a lhe dar tapas no braço.

Em momento algum Noah parou de rir. Parecia mais que eu estava lhe fazendo cócegas do que lhe batendo.

- Você queria me matar, cara?? Por um momento minha vida passou diante dos meus olhos e eu pensei que seria o meu fim!  - Lhe dei mais um tapa no braço e ele riu ainda mais.

- Desculpa, amor. Mas você precisava ver a sua cara. - Noah continuou rindo e eu o encarei.

Àquela altura eu estava sentada sobre o colo dele com meus braços cruzados e ele estava deitado no chão com o rosto vermelho de tanto rir.

E sim, ele ainda estava sem camisa.

- Você esperava o que, seu retardado?? Pensei que o diabo tinha vindo me buscar! - Gritei com ele. Porém, Noah só sabia rir.

Noah riu por mais um tempo, até que ele me viu olhando pra ele com os braços cruzados e uma sobrancelha arqueada. Logo o mesmo respirou fundo e olhou pra mim.

- Te amo, linda. - Ele falou, nitidamente, tentando fugir do assunto.

- Ama nada. - Me levantei de cima dele e logo ele se levantou também.

- Ah amo sim. Muito! - Ele me abraçou forte por trás e eu olhei para o mesmo que havia apoiado o rosto no meu ombro.

Eu ainda estava brava. Noah quase me matou do coração à uns minutos. Mas eu não consegui esconder o sorriso que dei quando ele olhou pra mim fazendo um bico.

- Você é chato. - Resmunguei e ele me deu um beijo na bochecha.

- Você é linda. - Ele respondeu. - Ok, vamos ver o vídeo.

Noah me soltou e foi na direção da porta no fim do corredor. Eu não havia notado, mas ali havia um celular de capa branca que, certamente, havia me fimado.

- VOCÊ GRAVOU?? - O encarei e Noah começou a rir de novo. - Noah eu vou... - Respirei fundo.

É o aniversário dele, Jennie. Não pode mata-lo no próprio aniversário.

- Ah, você ficou fofa! - Ele sorriu pra mim e eu fui na direção dele para ver o vídeo.

- Fofa uma ova! Da pra ver a minha alma saindo do meu corpo! - Noah começou a gargalhar de novo. - Você me paga viu, bonitinho. Vai ter volta. - Assenti com um sorriso e ele guardou o celular em seu bolso.

- Vai? - Ele se aproximou de mim e segurou meu rosto com suas duas mãos.

- Pode ter certeza. - Assenti olhando pra ele e ele sorriu.

Noah, que antes olhava para meus olhos com um sorriso, parou de sorrir naquele momento e passou a olhar para meus lábios.

O mesmo se aproximou de mim devagar e logo iniciou um beijo.

Na minha mente, eu realmente torcia para que mesmo que com o passar dos anos, os beijos de Noah continuassem causando o mesmo efeito sobre mim.

Eu amava.

Assim que nos separamos, me perguntei se ele havia feito aquilo para que eu não ficasse mais tão brava com ele. Porque se foi esse o objetivo, INFELIZMENTE, ele conseguiu.

- Acho que você veio aqui para algo, não? - Noah perguntou indo na direção de seu quarto e me puxando junto.

- Sim! Você até me fez esquecer. - Entramos em seu quarto e ele pegou uma camisa que estava sobre a cama dele. - Judy está nos chamando para ir passar o dia na casa de campo do pai dela. - Noah olhou pra mim com um sorriso no mesmo momento. - Aí ela pediu pra eu vir te chamar. Pelo que entendi, vamos hoje e voltamos amanhã cedo.

- Adoro aquele lugar. - Ele se sentou na cama. - Quem vai?

- Eu, você, a Judy, Holly, Tamara e Mike. Eu acho. - Respondi e ele olhou pra mim.

- Mike? - Ele riu. - A Tamara já sabe?

- Na verdade... não. - Falei rindo.

- Ela vai matar vocês. - Ele respondeu.

- Eu conheço a Tamara. Ela vai ficar brava com a gente de primeira, mas depois que eles dois começarem a conversar, ela vai até esquecer da gente. - Dei de ombros.

- Ata. - Noah riu. - Mas... por que a Judy decidiu isso do nada?

- Ah... acho que ela vai fazer alguma coisa pra Holly. Ouvi ela falando algo do tipo. - Menti.

- Ata. É bem a cara dela. - Noah riu e eu respirei aliviada por ele ter acreditado. Ou não né. Ele pode estar se fazendo de sonso. - Bem... então vou arrumar algumas coisas pra levar. Só vamos ficar um dia né?

- Sim. - Assenti. - Acho que vou fazer o mesmo. Eu não vi nada ainda. - Passei a mão na cabeça. - Ah, e avisar aos meus pais. Hoje meu pai me ligou e eu meio que levei uma bronca por não estar comunicando à eles sobre as coisas que está acontecendo comigo.

- Tipo o que? - Ele olhou pra mim.

- Tipo começar a namorar, ser aceita num desfile de moda e aprender a surfar. - Sorri mostrando os dentes e Noah riu.

- O que o seu pai disse sobre namorarmos? - Ele se aproximou de mim e vestiu a camisa que ainda segurava.

- Ele não disse sim, mas também não disse não. - Noah me olhou confuso. - Ele disse que quer te conhecer e vai fazer isso no meu desfile.

- Ah... - Noah coçou a cabeça parecendo um pouco nervoso.

- Relaxa. Meu pai é super de boa. - Toquei o seu ombro. - Ele só quer se certificar de que não estou namorando um idiota.

- E se ele me achar um idiota?

- Ele não vai te achar um idiota. - Comecei a rir. - Você não é. Sabe que é o melhor cara que já conheci. - Noah sorriu ainda parecendo um pouco inseguro.

- Ele disse mais alguma coisa?

- Hmmm... disse que com relação à você, era pra eu ficar em cima só da prancha mesmo. - Falei simplesmente e Noah riu.

- Ele falou isso mesmo? - O mesmo perguntou e eu assenti.

- Meu pai fala esse tipo de coisa sempre. Vai perceber de cara. - Ri do mesmo e fiquei na ponta do pé lhe dando um selinho. - Vou indo ta? Preciso arrumar minhas coisas também.

- Ta bom, minha linda. - Noah respondeu e eu saí de seu quarto.

Saindo da casa dele eu me peguei sorrindo. Estava ansiosa. Passaria um dia numa casa de campo com meus amigos e meu namorado. Mal podia esperar.

●●●
Continua...

Naquele VerãoOnde histórias criam vida. Descubra agora