38_ Ta brava, amor?

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Depois de colocar a prancha dele no mesmo lugar que estava, decidi que ficaria na sala da casa dele com a Judy.

Queria muito poder ver a reação do mesmo.

Ah, a essa altura eu já havia tirado a tinta da minha cara e também já havia trocado de roupa. Fiz isso depois que eu e as meninas comemos aquele bolo que estava maravilhoso.

- Eu acho que o Noah nem vai ligar pra isso. Na verdade, acho até que ele pode gostar. - Judy se sentou no sofá junto comigo.

- Sério? - Perguntei rindo.

- Claro. Do jeito que ele ta bobo por você... Não sei como ele mesmo não fez aquilo. - Ela falou rindo.

Um silêncio prevaleu na sala até que uma curiosidade surgiu na minha cabeça.

- Judy... você sempre teve esse sonho de ser modelo? - Perguntei e a mesma olhou pra mim. - É que eu acho tão legal quando a pessoa já sabe desde sempre o que quer fazer. Eu só comecei a descobrir o que eu gosto mesmo esse ano.

- Ah... acho que sim. - Judy sorriu. - Eu moro com meus pais desde pequena, apenas venho para a casa do tio Cole no verão. Meus pais moram aqui em Malibu também, só que é do outro lado da cidade, fica muito longe da praia. Minha mãe sempre disse que eu gostava de me vestir com as roupas dela e ficar desfilando pelo corredor da minha casa. - Judy ria enquanto falava. - E é claro, eu sempre gostei de assistir desfiles de moda como o Victória's Secret, como eu disse.

- Isso é muito legal. - Sorri para ela.

- Ah, eu tenho um álbum de fotos minhas pequena. Vestindo as roupas da minha mãe e me achando a maravilhosa! - Ela riu. - Quer ver?

- Claro. - Assenti e Judy logo se levantou indo na direção das escadas. Depois de poucos segundos ela voltou com um álbum de fotos rosa decorado exatamente igual ao livro do arraso da Regina George. - Ai que gracinha!

- Minha mãe fez pra mim. Eu sempre gostei desse filme. Ela diz que eu via todo dia. - Ela respondeu rindo.

- Eu também era assim, só que com Camp Rock. - Respondi rindo também e começamos a ver as fotos dela.

Depois de um tempinho rindo das histórias que Judy contava, começamos a ouvir uns ruídos. Noah havia chegado.

- Quer ver só como ele vai gostar da prancha? - Judy riu e naquele momento Noah abriu a porta.

Noah olhou para nós duas e pareceu ficar muito surpreso em me ver ali.

- Amor? O que ta fazendo aqui? - Ele fechou a porta e depois de tirar o tênis caminhou até mim se jogando no sofá ao meu lado.

O mesmo se inclinou pra mim me dando um beijo na bochecha e olhou para o álbum de Judy.

- Eu chamei ela para ver minhas fotos. - Judy sorriu mostrando os dentes.

- Ata. - Noah respondeu. - Consegui comprar o bolo? - Ele olhou pra mim.

- Uhum. - Assenti. - Ah... eu guardei um pedaço pra você. Quer ir lá depois?

- Pode ser. - Ele sorriu. - Fazer o seguinte... vou lá em cima tomar um banho, colocar uma roupa limpa enquanto vocês vêem isso. Aí assim que eu acabar, eu desco. Pode ser?

- Claro. - Assenti de novo e ele sorriu pra mim, me deu um selinho e bagunçou o cabelo de Judy antes de subir as escadas.

Eu e Judy ficamos em silêncio aguardando alguma reação do Noah, porém o que ouvimos depois de um curto tempo foi uma gargalhada dele.

- Não disse? - Judy olhou pra mim com um sorriso convencido e fechou seu livro.

- Aquilo era pra ser o meu troco? - Noah perguntou com um sorriso olhando pra mim e voltou a subir as escadas.

Olhei para Judy e ela deu de ombros. Levantei do sofá e segui Noah até o quarto dele onde o mesmo estava parado olhando para a prancha.

- Fala sério! Você gostou disso?? - Cheguei mais perto dele e ele me abraçou forte e me deu um beijo na bochecha tão forte que me inclinar pro lado. Coisa que acabou me fazendo rir.

- Gostei, ué. Pra falar a verdade, já tinha um tempo que eu estava achando ela meio sem graça. - Ele falou ainda me abraçando enquanto olhava para a prancha.

- Fala sério, pensei que fosse odiar. Sabe que isso não sai, né?

- Sei. - Ele me soltou e deu de ombros com um sorriso. - A tinta azul também não.

- Eu sei mas... espera. O que você disse? - Encarei Noah e ele voltou a olhar pra mim com um sorrisinho 

- A tinta azul que eu sujei a gente mais cedo era tinta de tecido. - Ele cruzou os braços olhando pra mim.

- Não... você... você ta zuando com a minha cara, né? - O encarei esperando alguma risada ou algo do tipo, mas ele apenas negou com o mesmo sorriso. - Noah! Eu amava aquela blusa!

- Eu também amo agora que tá com meu toque. - Ele riu e foi na direção da porta.

Eu acabei surtando por ele ter manchado a minha blusa de azul e comecei a correr atrás dele. O mesmo notou isso rapidamente e saiu do quarto correndo enquanto gargalhava.

- Calma, linda!! - Ele gritou enquanto corria.

Nós dois descemos as escadas correndo feito crianças, nem sei como não caímos e saímos rolando por ela.

Judy nos olhou confusa e Noah se escondeu atrás da mesma que havia ficado em pé.

- Ué! Não era pra ele ta correndo atrás de você? - Judy perguntou e eu parei de tentar pega-lo.

- A tinta que ele jogou em mim mais cedo que manchou minha roupa era tinta de tecido. - Falei olhando para o mesmo que estava atrás de Judy.

Noah segurava os ombros de Judy e ria de mim.

- Qual o seu problema idiota?? - Judy se virou para Noah me fazendo rir e ele arregalou os olhos.

- Aí, duas contra mim não vale! - Noah ergueu as mãos.

- Tem razão. Vou deixar vocês se resolverem e vou lá ver minha garota. - Judy finalizou assim e saiu da casa deixando apenas eu e Noah.

Eu nem tive tempo de olhar pra ele, Noah me pegou no colo de repente e me jogou no sofá. Logo depois subiu em cima de mim e segurou meus braços acima de mim.

Não demorou muito e ele abriu seu sorriso enquanto analisava meu rosto.

- Ta brava, amor? - Ele perguntou.

Eu até diria que sim, mas eu não estava. Ma hora eu surtei, mas eu tinha rabiscado a prancha dele. Estavamos quites, apesar dele ter gostado da prancha.

- Não. - Acabei rindo. - Mas não sei o que vou fazer com aquela blusa.

- Pano de chão? - Ele perguntou me fazendo rir de novo.

- Aquela blusa foi cara, ta? - O encarei. - Talvez a Judy que entende dessas coisas pode me ajudar.

- Então problema resolvido. - Ele sorriu convencido.

Noah permaneceu um tempo olhando pro meu rosto, até que o mesmo começou a aproxima-lo de mim. Noah levou seu rosto até minha orelha e ali depositou um beijo delicado.

Não demorou muito e o mesmo sussurrou:

- Falhou na pegadinha, minha linda. Tenta da próxima vez. - Ele sussurro me fazendo rir.

Tentei soltar meus braços para empurra-lo, porém ele me abraçou forte deitando ao meu lado.

- Você que me aguarde. - Respondi o encarando.

Noah sorriu ao me ouvir e se aproximou de mim iniciando um beijo.

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Continua...

Naquele VerãoOnde histórias criam vida. Descubra agora