VINTE E DOIS

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Noah.

Não evitei a careta quando Bryana deixou a sala. Não havia motivo para segurar ainda mais. No mesmo instante que o fiz, senti a pressão da pesada mão de Bailey repousar em meu ombro indicando que ele havia saído de sua mesa.

— É a amiga da Mayella, né? — ele deu a volta na mesa se sentando onde a outra estava há segundos. — Quer que eu peça para barrarem a saída dela?

— Para que Bailey? — ri alto girando na cadeira como uma criança de seis anos, mas sem a empolgação de uma. — Não vai resolver. Ela só tem esse gênio bizarro, fazer o quê. Não significa que ela tenha cometido um assassinato a sangue frio. — bati o pé na mesa obrigando a cadeira a parar de girar.

— Diferença de idade grande, né? — ele divagou para si próprio sobre a idade das duas, mas arregalou os olhos ao perceber que falava alto demais. — Calma. Eu não chamei a Mayella de velha, afinal ela é mais nova do que você. — ele tentou explicar, mas apenas piorou a situação.

— Eu não estou preocupado com as merdas que você expressa, Bailey. — contei-lhe, mordendo o meu dedo mindinho.Tentando de alguma forma colocar a minha cabeça para funcionar usando como base tudo o que eu já tinha.

— Eu não sei como eu gostei de você. — ele disse decepcionado e eu não me aguentei, me permiti ter um acesso de riso. É por isso que eu ainda não demiti o Bailey. Unicamente por isso. Ele me arranca as risadas mais improváveis em meio ao caos, apenas por ser naturalmente sem noção.

— Muito menos eu. — neguei com a cabeça em descrença, não parando de sorrir ao me recordar da paixonite de Bailey por mim. — Você sabe que homem não presta e mesmo assim insiste. Burrice sua.

— O meu namorado presta...

— Você também achava que eu prestava. — lhe contei o causando uma fraca careta. — Afinal quando você vai me apresentar ele? — o questionei curioso, puxando uma garrafa d'água de baixo da mesa e a abrindo. — Estou quase acreditando que ele é uma fantasia da sua cabeça.

— Em breve, mas se você continuar sendo insuportável, a resposta é nunca. — ele bateu a mão na mesa, se levantando. Aquilo poderia ter me assustado ao ponto de me fazer engasgar com a água, mas para a sorte de Bailey não foi o caso.

Ia reclamar pela depreciação dos móveis da sala assim que terminei de me hidratar, mas a porta de trás foi aperta com urgência, revelando um Samuel seguido por meia dúzia de civis que sorriam como uma criança recebendo seu primeiro e tão esperado animal de estimação.

— Ganhei na loteria? — abri os braços em felicidade, girando a cadeira para a direção deles.

— Melhor do que isso. — Samuel virou o notebook que segurava, apertando uma das teclas e me proporcionando o mais duradouro orgasmo da minha vida.

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