Sabina.
Cinquenta minutos após o fim do interrogatório de Diarra...
— Boa tarde Sabina Hidalgo. Eu me chamo Noah Urrea, sou o chefe da polícia de Los Angeles e irei conduzir o seu interrogatório. — o policial me cumprimentou com o tom de voz alto e um sorriso cretino no rosto.
Mal sabe ele que se ele não desmanchar essa feição de cobra em instante, assim que esses dois brutamontes me soltarem eu irei fazer ensopado do próprio.
— Sabia que você atrasou quase uma hora para os interrogatórios seguintes?
— Mas eu já estou aqui caralho. — xinguei temendo que eles me apertassem, mas não deixei transparecer. — Dá para me soltar? — eu reclamei tentando puxar os meus braços, mas eles apenas o fizeram quando me largaram na cadeira vaga.
Olhei para a porta que havia acabado de atravessar enquanto era arrastada, talvez eu tivesse alguma chance de sair correndo atrás de Shelby, mas não, ela estava sendo escoltada pelos dois homens que acabaram de me largar aqui.
Que maravilha. Pensei bufando alto.
Não me resta opção alguma se não participar desse picadeiro.
— Primeiramente pode me contar o motivo de ter me dado todo um trabalho de conseguir um mandato para lhe forçarem a comparecer a sua obrigação? — Noah apoiou seus dois braços na mesa, entrelaçando suas mãos.
— Simples. Eu não matei ninguém. — falei pausadamente, deslizando as minhas costas na cadeira. Ato que fez com que os policias da porta dessem passos em falso até mim, mas eu não pretendia fugir. Minha única intenção era demonstrar até no modo como estava sentada o quanto eu estou detestando estar aqui.
— Bastava vir até aqui com as suas próprias pernas e me dizer isso.
— Se quer realmente saber. Eu só estou aqui porque eles deram um jeito de sequestrar a faminta da Shelby e eu definitivamente não deixo minha cachorra com qualquer um. — apontei para os caras que escoltavam a porta, indicando que eles eram os responsáveis, mas também havia outros com eles. — Sendo assim menos papo e mais ação. Eu preciso saber se a minha cachorra está bem.
— E de novo animais de estimação... — ele murmurou.
— O quê?
— Nada. — ele me cortou em alto e em bom som e ao revirar os olhos notei outro homem ao fundo da sala.
Eu faria algum comentário sobre ele, mas não quero alongar o meu tempo de convivência com essa sala.
— Onde você estava e com quem você estava no dia da morte de Hina Yoshihara? — ele deu início sem nenhum tipo de alerta.
— Acho que na minha casa com mais meio mundo de gente, mas principalmente o Krystian. Não tem como saber exatamente o horário que ela se matou, mas nós tínhamos passamos o dia anterior juntos, todos do grupo, no dia seguinte eles foram embora, mas Krystian acabou ficando e nós recebemos a notícia juntos.
Noah fez um sinal para os homens que vigiavam a porta e apenas um deles saiu.
— Onde você estava e com quem você estava no dia da morte de Lamar Morris?
— Na minha casa assistindo alguma série ruim e comendo porcarias. — contei sem muito interesse. Eu faço isso tão rotineiramente que esse poderia ser qualquer um dos meus dias.
— Por que não estava dormindo?
— Tenho vida noturna. — abri o meu melhor sorriso: O de megera.
— Qual era a sua relação com as vítimas? Existia alguma desavença?
— Eu e o Lamar éramos colegas, mas nada muito próximo... — parei de falar no mesmo instante, tendo uma fresta de curiosidade em minha mente. — Você é delegado?
Ele soltou uma risada seca, provavelmente me achando maluca — ou no mínimo aleatória, mas acabou por negar com a cabeça.
— Você pode realizar interrogatórios?
— Se estou fazendo um é porque eu posso. — ele respondeu arisco.
— Ok. — joguei meu cabelo para trás. Engolindo o meu orgulho e o resquício de simpatia que eu havia sobrado após gastar inutilmente com esse homem. — Se você disse o que era no início, eu nem prestei atenção tá. Lembro nem seu sobrenome.
— Eu não quero que saiba o meu sobrenome, quero que responda as minhas perguntas.
— Eu e Lamar não éramos próximos, só ríamos em conjunto às vezes, nada mais. — revirei os olhos, repetindo a minha fala sobre Lamar. — Com Hina a mesma coisa, sinceramente.
— Desabafos rotineiros? Atração por algum deles? — ele instigou, mas eu neguei com a cabeça. Não prolongando a pergunta. — Conte-me detalhadamente tudo o que lembra-se daquela noite.
— Nos reunimos às cinco da tarde e fizemos tudo o que adolescente faz em festas, mas que nós perdemos o costume com a vida adulta. — contei. — Todos foram embora entre as onze horas da noite e uma da manhã, eu acho. — dei de ombros por não saber dizer aquilo com exatidão. — Krystian dormiu comigo no meu quarto. Any e Josh foram para um quarto juntos antes de todo mundo, acho que ainda era meia noite. Joalin, Shivani, Lamar e Diarra dormiram na sala.
— Juntos? — ele perguntou e eu concordei.
— Liberada Hidalgo. — ele comprimiu os lábios, fazendo um sinal para que o policial da porta me escoltasse para fora, mas eu regredi alguns passos ao vê-lo vir em minha direção.
— Eu sei andar. — me defendi e o policial sorriu, caçoando.
— Eu imagino. — ele debochou fazendo meu sangue borbulhar. É desacato à autoridade dar um soco no meio do nariz desse armário? Ou é apenas assinar a minha eutanásia? Que seja. Ainda parece uma boa opção.
— A leve para ver a Shelby. — Noah lembrou o nome da minha cachorra e por uma distração minha o homem segurou meu braço sem muita força, mas o suficiente para me escorraçar para perto da porta. — E se houver uma próxima vez. Não me obrigue a arrumar outro mandato ou ele será de prisão.
Foi tudo o que eu ouvi antes do policial me levar para fora da sala, fechando a porta.
Vote nesse capítulo caso queira ajudar no crescimento da história e me incentivar com ela.
![](https://img.wattpad.com/cover/235571139-288-k440633.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
TrUtH oR dArE? mErCy!
FanficUm dia após uma reunião entre amigos, Hina é encontrada morta em seu apartamento. 'All for Hina' se torna o assunto mais comentado do mundo junto a campanhas de prevenção ao suicídio, só que o que ninguém imaginava era que sete dias depois de sua mo...