Josh.
Horas depois...
— Bom dia Josh. — Any me cumprimentou poucos segundos após eu abrir meus olhos sem muita coragem. A visão que tive fora a da mulher bebericando algo em uma xícara enquanto se desfrutava de pernas cruzadas à maciez de sua poltrona. — Quer chá? — ela perguntou e eu cocei os olhos com os punhos fechados, assentindo preguiçosamente com a cabeça.
Sentei-me no sofá enquanto a mulher se levantava de onde estava. Caminhando até a porta da caixa de tijolos que ela apelida de cozinha.
Um balcão dividindo seria mais prático, assim como é no loft.
Segundo o relógio acima da televisão é exata sete e meia da manhã, o horário crucial para tomar rapidamente um chá e dar o fora daqui antes que alguém indesejável me veja.
Any voltou pouca coisa depois me estendendo uma xícara diferente da sua e eu prontamente a aceitei, sentindo o líquido quente domar a fluidez do sangue que corre em minhas veias, lembrando-me que estou vivo. Que sobrevivi ao dia anterior e que o que devo fazer agora é fingir até o meu máximo que ele nunca existiu.
Acabei de acordar e já me sinto ansioso. Que bela merda.
— Preciso ir. — falei enquanto me inclinava para colocar a xícara na mesa de centro.
— Claro. — Any compreendeu se levantando da poltrona que havia retornado a se acomodar. — Preciso que faça algo para mim e me traga meia noite. Combinado?
— O quê? — questionei também me levantando do sofá, livrando-me das cobertas.
— Combinado? — ela não quis contar, repetindo o seu pedido.
— Combinado. — respondi derrotado mesmo que dependendo do que ela disser, eu tenho muito a perder.
— Dê um jeito de entrar na sala geral dos professores da faculdade e mexa nos arquivos das turmas de nós onze.
— Dos onze? — Dos onze? Isso é um absurdo. Tive que tombar a cabeça para baixo querendo encontrar resquícios de sanidade na mulher.
— Sim. — ela fez o mesmo movimento provando que sim, é exatamente o que ela quer. — Pegue todas as fichas de inscrição e se certifique de que todas elas foram assinadas por nós, se tiver alguma faltando a assinatura, procure outro documento em que nós mesmos escrevemos o nosso nome.
— E se alguma ficha de inscrição não tiver a assinatura que você quer. Eu devo deixá-la lá?
— Traga do mesmo modo. — ela balançou a cabeça para o lado e eu fiz o mesmo, mas assentindo. Não só em um sentido de subordinação da fala dela, mas também por tentar raciocinar como eu faria isso. Aquela sala sempre está cheia e eu estou ferrado.
— O vigia das câmeras raramente está de fato verificando as imagens. Você vai conseguir fazer isso de uma maneira um pouco mais despreocupada. — ela caminhou por trás do sofá. — E se quer uma dica valiosa: Vá até lá no segundo tempo de qualquer turno. É o horário que a sala dos professores fica completamente vazia. — ela continuou o caminho, abrindo a sua porta de entrada que agora seria de saída. — Agora saia do meu prédio antes que os meus vizinhos o façam antes e te vejam.
— Até meia-noite Any. — passei pela porta depois de conferir os meus bolsos e reunir os cobertores em um só canto do sofá.
— Até meia-noite Josh.
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TrUtH oR dArE? mErCy!
Hayran KurguUm dia após uma reunião entre amigos, Hina é encontrada morta em seu apartamento. 'All for Hina' se torna o assunto mais comentado do mundo junto a campanhas de prevenção ao suicídio, só que o que ninguém imaginava era que sete dias depois de sua mo...