Left behind ... definitely, Patrick.

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Se o mundo estivesse acabando, você viria, certo?
O céu estaria caindo e eu te abraçaria forte
E não haveria um motivo
Nós teríamos até que nos despedir

Já faziam dias que Harry não vinha me ver, ou mandava Patrick trazer algo. Nenhum sinal dele, é como se ele tivesse evaporado, até nas mídias, só se falavam do dia da posse e nada mais. Eu estava angustiada, com medo e preocupada, se Chloe descobriu algo, Bárbara, alguém tivesse feito algo com ele. Meu deus, que tortura!!

Até minha mãe estava estranha, ela vinha me ver mas, não acariciava mais minha barriga, ou falava com Thomas, nada... Nunca havia visto ela daquela maneira, nem nos piores dias, ela mudava comigo.

Apenas, Shelly e eu, naquela casa enorme. Isso quando ela não ia resolver "coisas" com a Jessy. Havia acordado péssima, enjoos excessivos, tudo me enjoava, até meu próprio perfume. Estava me sentindo abandonada naquela casa, decido sair e respirar. Estava um vento frio na cidade, coloco um moletom com uma calça de exercícios preta, com meu tênis. Bebo apenas minhas  vitaminas, estava fazendo um suco para ir tomando quando alguém entra:

- Mia! - Chamou. - Mia! - Corro a seu encontro, imaginando ser Aspen mas, era o Patrick muito alterado e co o supercílio sangrando.

- Meu deus, Patrick! - Me assustei. - O que houve? - Digo fechando a porta. - Onde você se meteu?

- Meu irmão... e o Harry...E desmaiou. - Ele dizia tudo embolado, parecia muito confuso.

- Vem, senta aqui. - O puxei pelo braço, até o sofá. - Vou pegar água. - Corro até a cozinha, sabia que havia algo errado, coloco açúcar no copo, o enchendo de água gelada. Retornando ao homem que parecia mais calmo. - Bebe. - Entreguei a ele, que beberica, respirando fundo.

- Primeiro, quero falar que é possível que você e o Harry sejam irmãos... - Ele diz baixo.

- O que? - Nego com a cabeça, meu coração dispara, ouvindo minha mãe contar sobre o primeiro filho de Joe que "morreu" no parto. - Meu deus, não...

- Mas, calma... A uma probabilidade de não ser. - Ele disse.

- Tá, continua.. - Sentei ao lado dele, pegando o copo de sua mão, eu quem precisava me acalmar.

- Eu estava pronto para levar ele ao laboratório, junto com a sua mãe, para fazermos um exame. - Arregalo os olhos.

- Como assim? Minha mãe sabia? - Eu estava completamente em choque, por mais que não aparentasse, apenas a dúvida de algo tão grande, me deixou perplexa e com muito medo. - Isso não, isso não. - Sussurro.

- Não podíamos te contar assim, sem a certeza. É algo impactante para todos. - Ele olha para minha barriga. - Eu tenho um irmão gêmeo, Preston, ele pediu para conversar comigo antes de sair com o Harry. E então, eu apaguei, não lembro de mais nada. Acordei, não sei quando, nem que dia que era. Eu estava preso,  numa espécie de porão, ou sótão.

- Meu deus, que horror. - Olhei para ele, com o copo vazio já.

- Tentei fugir diversas vezes, até quando vieram me trazer comida, eu ataquei a pessoa e sai correndo. Fui direto para a casa do Harry, contar o que houve, ele não tolera traições. Quando cheguei lá, os seguranças me apanharam. - Ele aponta para o sangue. - E vim correndo aqui, para ver se você estava bem.

- O Harry não te viu entrando lá? - Negou ele.

- Tenta falar com alguém, a Victória. - Disse. - Ela está dando um tempo para vir para cá, para que ninguém a siga. Pede para ir lá, ver e ouvir. Me dá um telefone.

- Pegaram o meu!! - Disse ele, apreensivo. - Fica calma, por favor, não vai fazer nada com o meu sobrinho.

- Thommy está melhor que muita gente. - Digo.

Espírito de RetaliaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora