Chloe

95 8 20
                                    


Acordo, com os raios de sol dentro as nuvens diante de mim, cubro os olhos com as mãos. Vejo que eu e ele estávamos dormindo juntos, sua cabeça estava apoiada em minha barriga e seus braços enlaçados a minha cintura. Sua respiração era calma e serena, ele estava sem camisa e eu com sua camisa e um par de meias, cabelos ainda úmidos, como os dele. Ainda era possível sentir um ar gélido, mas seu corpo estava a me esquentar. Vejo minha mãe passar para a cozinha, estava a fazer café.

- Bom dia. - Ela diz levantando a xícara como cumprimento. - Obrigado... Por cuidar de mim. - Sorri como resposta.

- Esse cheiro está maravilhoso, perdição. - Harry murmura, se mexendo. Ele abre os olhos, vendo que estava abraçado comigo. - Perdão sra. Greyk, achei que era a Mia. - Ele senta e eu faço o mesmo.

- Está tudo bem, Harry, certo? - Ele concorda. - Gostaria de uma xícara?

- Por favor. - Ele me olha, com um sorriso de canto. Reviro os olhos e ele aperta minha coxa.

- Ai - Exclamei.

- Aqui está. - Ela serve.

- Muito obrigado. - Ele parecia com vergonha. Me levando indo até o quarto, coloco as vitaminas na boca e volto para a cozinha. Abro a geladeira, cheirando o suco que havia lá, bebendo para engolir tudo.

- Lamento Aspen, mas quando reencontrei seu pai... Você já tinha seus 3 anos. Não soube de gravidez, nem de seu nascimento. - Ela dizia a ele.

- Entendo. - Ele concorda com a xícara na mão. - Recebi uma carta de uma certa mãe que perdeu um filho, em 1996, assinatura G. Não te mostro, porque, aquela... Rasgou.

- Em 1996? - Ela me olha, enquanto eu comia umas bolachas que haviam ali.

- Por que? - Perguntei.

- Foi o ano que perdi seu irmão. - Começo a tossir freneticamente, Harry não podia ser meu irmão, não podia! Ela me socorre com um copo de água.

- Cuidado, filha. - Ela exclama preocupada.

- Tudo sobre controle. - Sorri. - Isso pode ser mera coincidência, né? - Harry concorda com a cabeça.

- Não tem como sermos irmãos. - Negou ele.

- Eu sei... Eu sei, eu enterrei meu bebê. - Ela afirma tristemente. - Bom, não podemos ficar aqui, precisamos de um local seguro, que ninguém saiba onde procurar e essa cidade já não é mais adequada.

- Já falei com Patrick, vamos ficar bem. - Ele se pronunciou me encarando enquanto bebia seu café.

- Não vou poder ir com vocês de início, preciso ir de encontro com Jessy. - Neguei com a cabeça.

- Não vou sem você. - Afirmei.

- Eu vou ficar bem, meu milagre. Ele vai te assegurar, eu sei disso. - Ela se aproxima de mim, me abraçando. - Pelo bebê. - Sussurrou. - Estou segura com Jessy, da mesma forma que está com ele agora. - Concordo com a cabeça. - Tem esse celular, aperte sua data de nascimento e lá estarei eu, pronta. Vou pedir que Melanie venha até vocês.

- Nós esperamos ela. - Ele concorda. - Prometo. - Concordei com a cabeça. - Vá pela rua de trás, é mais segura. - Grace concorda.

- Tudo bem! Obrigado por... Nos ajudar. - Ela diz a ele. A levo até a porta, ainda com medo de não vê-la mais.

- Mãe, eu to com medo... Não quero ficar longe. - Disse a olhando no corredor.

- Nunca mais vão nos separar, eu prometo. - Suas mãos acariciam as minhas. - Seu namorado vai cuidar de você.

Espírito de RetaliaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora