Espírito de Retaliação

a strange connection

Era uma vez, um casal e fim.

A discussão com Mia foi louca mas, saiu muita coisa boa. Foi a primeira vez que disse em voz alta sobre realmente querer casar com alguém. E por que não, casar com a mulher que não aguento viver sem.

- Posso saber onde foi parar? - Chloe me interroga junto com minha mãe.

- Festejar com putas. - Passei a mão nos cabelos. Vou direto a cozinha, estava cheio de fome.

- Você me enoja! - Chloe diz.

- Ei, não fala assim meu amor. Você me trocou por dinheiro, é bem pior, né? - A olhei sorrindo, enchendo meu copo com café.

- Victória pediu demissão. - Cuspo o café fora.

- O que? - Olhei para Bárbara.

- Eu tentei dizer a ela sobre você e Liz mas, ela estava decidida. Juro que não fiz nada. - Disse ela.

- Nem pode, já que agora, eu sou o chefe dessa casa e de tudo. - Digo subindo a escada para trocar de roupa. A noite com Mia havia me incentivado. Saber que nosso filho vai ter um nome que eu sempre quis.

- Harry... - Caroline aparece na porta.

- Ahh, oi. - Olhei para ela. - Precisava mesmo falar com você, agora somente a mim que deve consultar, passar informações e etc. Até eu poder arrumar um novo braço direito, confiável. - Disse superficial.

- Do que você... Está falando? - Ela parecia abalada.

- Bom, não posso ficar ao lado de alguém que mentiu tão friamente. - Dei de ombros. - Acabo confiando mais em Jane, do que em você mesma. Já que ela demonstra mais fidelidade do que minha própria prima. 

- Eu não acredito nisso. - Ela bufa.

- Esvazie a casa do Jardim, Patrick e minha equipe virão para ficar lá. - Disse arrumando o terno que havia acabado de vestir. - Aliás, Patrick estará a parte das finanças, das boates agora. Você só está na contabilidade da empresa mesmo. - Pisquei a ela.

- Não seja tão cruel com ela, baby. - Chloe entra no quarto.

- Não estou sendo injusto, ela fez o mesmo comigo... Só que pior. - Ri de lado.

- Por acaso, você não vê a Mia desde aquele dia, não é? - A morena se aproxima. - Porque se eu souber, que você tem chegado perto dela, respirado o mesmo ar que ela, ter tocado nela... Eu a mato na sua frente, você sabe né? - Ela beijava minha nuca, aquelas palavras quase estouram meus tímpanos de tão duras.

- Mia, não fará parte das nossas vidas, nunca mais. - Caroline afirma. - Certo, Aspen?

- Seus amigos estão lá embaixo já, vim só dar esses recados. - Chloe se afasta, não era possível que uma menina tão meiga e inocente como ela era, ter se tornado desse jeito. A seguro pelo pescoço, batendo suas costas na parede.

- Não pense que vai voltar para a minha vida fácil assim, tem muita coisa que ainda não respondeu. - Disse diante do seu rosto assustado. - Você foi o meu primeiro amor e Mia será o último, não vou sentir nada além de muito tesão por você. - Aperto mais seu pescoço. - Não diga o nome dela mais, dentro dessa casa. Não vou evitar matar você como minha mãe, está perfeito assim, amor? - Passo a língua sobre seus lábios pálidos. - Se arrume que vai para oa empresa comigo.

- Seu... - Ela diz após eu a soltar.

- Você, Caroline, adiante os papéis de divórcio com a Alexia. Mas, deixe ela morando naquele flat e não alarme isso a imprensa. - Saio do quarto, descendo. Vejo meus garotos na sala, o que me faz sorrir.

- Eai, chefe. - Um deles diz, Louis, meu agressivo passivo.

- Fala Louis, adorei o terno. - Digo a ele.

- Estão todos muito engomadinhos, como você pediu. - Patrick diz gargalhando.

- Ótimo, gosto de vê-los assim. - Bato no ombro de Patrick. - Muita coisa vai mudar agora, quero todos vocês dentro da empresa, ao meu lado, em todo lugar. Não iremos parar com nosso lucro, até acharmos uma maneira mais fácil de crescer mais e abandonar as boates. Tragam seus pertences a casa do Jardim, será o lar de vocês agora. - Eu estava muito feliz por finalmente, ter tudo em minhas mãos.

- E quais as tarefas de hoje? - Daniel pergunta.

- Para você, Louis, Carrie e Preston, vão comigo, assinar os papéis de contratação e essas coisas. - Dou de ombros. - Patrick, tem umas coisinhas particulares. Vem comigo. - Me dirijo a cozinha.

- Pode falar, irmão. - Ele está logo atrás de mim.

- Vai atrás da Victória, tenta descobrir porque ela se demitiu e como vai viver agora. De uma grande quantia de dinheiro a ela, por mim. - Ele assente com a cabeça. - Depois disso, continue investigando sobre aquele arquivo secreto do hospital, mas, faça isso, na casa que fomos ontem.. - Sussurro a ultima parte. - Leve meus seguranças com você e use aquele programa anti-rastreio, depois, elimine o computador que fará isso, não quero minha família correndo riscos.

- Legal. - Ele concorda.

- Qualquer coisa, só me ligar, você sabe. - Sorri de lado. Voltamos para a sala. - Todos a caminho, vamos!! - Digo saindo para a garagem.

Tudo estava correndo bem, sob controle, havia uma sensação dentro de mim, irreconhecível de tão boa. Mas, como minha vida não é um livro de romance bobo que tudo dá certo, Patrick me liga:

- Pode falar, irmão. Está tudo bem com Thomas? - Perguntei.

- Sim, ele está bem dentro do forno, aliás o forno também está bem. Aspen, eu tenho um bagulho muito sério para falar, estava eu e Grace ligando as datas e os fatos para tentarmos tirar alguma informação sobre seu passado e, tem uma probabilidade de...

- Do que, cara? - Perguntei.

- De você ser irmão da Mia. - Nego com a cabeça.

- Larga de me zoar, Patrick, claro que não. - Dei risada.

- Aspen, é sério, muito sério. - Ouço Grace dizer no fundo da ligação.

- Temos que comprovar isso, o mais rápido possível, sem dizer isso para ela. - Patrick comenta.

- Como? - Disse.

- Eu engravidei do Joe quando era mais nova, era um menino, dois anos mais velho que a Mia e perdi ele no parto. Mas, como também perdi outra criança e descobri que ela esta viva, porque essa criança, não? - Disse Grace. Meu corpo começa a soar de baixo da roupa, eu estava nervoso.

- Fica calmo, ainda não é certeza. Vamos fazer uns exames. - Patrick me tranquiliza. Não havia paz em minha vida, independente do que houver.