an obscure look, AH.

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Porque no final, quando você perde alguém todas as velas, todas as orações, não mudarão o fato, de que a única coisa que você deixou é um buraco na sua vida, onde aquela pessoa que você se importava... Costumava estar.

Depois de ouvir todas as histórias de Lucy, sobre seu passado sombrio. Não consigo em conter em não abraça-la, a mesma se debulhou mais em lágrimas, dizendo que não acreditava que eu estava ali, vivo e bem depois de 25 anos.
Não foi fácil descobrir que meu pai, é o homem que eu mais odeio, e que minha mãe sofre ainda em suas mãos. Ofereço um copo d'agua para a mesma se recompor e ela aceita:

- Já era para a Mia e o Patrick, terem voltado. - Afirmo, olhando em meu celular. Disco o número da minha garota, com saudades da mesma e do meu filho que ela carrega. Não via a hora de realmente fugir com ela, depois de tudo isso. Quando a mesma atende, abro um sorriso. - Por que a demora em voltar, amor? - Digo, esperando por sua reação ao chama-la daquela forma.

- Olá senhor, meu nome é Jess, eu sou socorrista de emergência. - Meu coração para. - Estamos socorrendo uma vítima de um grave acidente, lamento informar que ele não resistiu aos ferimentos. - Ele?

- Do que você está falando? Onde estás a minha namorada e o Patrick? - Perguntei confuso.

- Só tinha uma pessoa dentro do carro, um homem. - Ela afirmou, me confundindo completamente. Patrick... Ele saiu com a Mia.

- Moça, você precisa fazer o Patrick sobreviver. Agora! - Gritei no telefone, antes da ligação cair.

- O que houve Aspen? - Lucy perguntou se levantando.

- O Patrick, sofreu um acidente.... Ele não está reagindo. - Disse, e pareceu que em voz alta, minha mente acionou a dor emocional. O meu amigo, que sempre esteve comigo, estava morto?

- E a Mia? - Ela perguntou apavorada.

- Ela não estava com ele, não faz sentido... Não faz, eles saíram juntos. - Afirmei, com as mãos no topo da minha cabeça, após tombá-la para trás, completamente perdido. As lágrimas enchem meu olhos, logo caindo pelo meu rosto. - O Patrick, não. - Eu disse com a vpz completamente embargada.

- Fique calmo, fique calmo. - Ela dizia, tentando me fazer sentar.

- Não vou sentar, Lucy. - Me desvencilhei de seus braços. - Meu amigo precisa de mim. - Digo, procurando a chave do meu carro. - Porra. - Gritei entre lágrimas, pego um abajur que havia perto de mim, jogando contra a parede.

- Calma, Aspen. Nós vamos encontrá-la. - Lucy tentou me acalmar. - Vamos chamar um táxi, não pode dirigir nesse estado. - A mesma pegou sua bolsa, abrindo a porta. Caminho atrás dela, indo até a frente da casa, entramos no primeiro táxi que vimos. Estava inquieto no banco, tentando decifrar o que havia acontecido, o porquê que só o Patrick estava no carro, onde ela está, caralho?

Passo a mão no meu cabelo, discando o número de Bárbara no meu celular. A mesma atende na primeira chamada:

- Oi filho. - Ela diz num tom calmo.

- Filho? Eu não sou seu filho, sua cretina. - Digo bravo, ainds com as lágrimas caindo. - Eu sou filho daquele desgraçado e você sabe disso. Agora, fala... O que fez com a Mia?

- Eu avisei que essa garota, não era boa pra você. - Ela disse. - É verdade, você é filho do Brandon. Ele vendeu você pra mim, e eu comprei. Mas, eu não peguei a Mia. Ela foi sozinha até ele.

- Ele quem? Brandon? - Perguntei. - Eu não acredito mais em suas mentiras, eu não acredito mais em você, Bárbara. - Repito. - Eu sei que fez algo com ela, eu ouvi você a ameaçando.... Mas, escuta bem, se você fizer algo com ela ou com meu filho. Eu mato você, eu mato você sem pensar duas vezes. - Disse, saindo do hospital.

- Eu não estou com ela, ela se aliou ao Brandon. Deixe ser tolo, eu não perderia tempo em matá-la com minhas mãos. - Ela diz.

- Mia, nunca faria isso, ela nunca me deixaria dessa maneira, ela não é como você, que só sabe trair as pessoas e acabar com elas. - Grito no telefone, enquanto caminhava em direção ao hospital. - Eu vou atrás de você. - Desligo o celular, entrando no hospital. Vendo a mãe de Patrick e o irmão, o traidor. - Onde ele está? - Pergunto.

- Você... - A mãe dele apontou em minha direção. - Você acabou com a vida do meu filho. - Ela gritou, em lágrimas.

- Não, eu nunca faria isso... Você me conhece. - Respondi, a olhando, calmo. - Eu amo o Patrick, me fala como ele está, diz que ele está vivo. Por favor.

- Você não tem que saber de nada, seu idiota. - Seu irmão gritou, também em lágrimas.

- Não ouse falar assim de mim, seu traidor de merda. - Gritou ele.

- Tirem esse homem daqui, ele é o culpado. - A mãe dele diz aos seguranças que caminham em minha direção.

- Não, eu não fiz isso... Me escutem, eu não fiz nada. Eu daria minha vida pelo Patrick. - Tento me justificar, um segurança se aproxima e dou um murro em seu rosto, o afastando. - Eu não vou sair, meu amigo está aqui dentro. - Outros três caminham até mim, me empurrando para fora. Tento me soltar, gritando pelo nome de Patrick. - Me diz que está vivo, Patrick. - Gritei antes de ser jogado no chão do estacionamento pelos seguranças do hospital.

Lucy, vem correndo me acudir, nego sua ajuda:

- Me deixa, Lucy. Eu quero ficar sozinho. - Disse, me levantando. Enxugando minhas lágrimas, um carro para atrás de mim. E vejo os cabelos loiros de Caroline.

- Entra. - Ela diz, me olhando. Encaro Lucy, que estava abatida com toda a situação. Nego com a cabeca, entrando no carro, fechando a porta.

- Só me leve até ela. - Digo para a garota ao meu lado, que fez assim como ordenei. Vejo o borrão de Lucy sumir, pelo retrovisor. - Seja sincera Carol, onde está a Mia?

- Por mais que não vai acreditar, ela se entregou ao Brandon. - A mesma diz e nego com a cabeca rindox ironicamente.

- Porra, qual o problema de vocês? - Gritei. - Fala a verdade.

- Essa é a verdade, Aspen. - Disse ela. - Ouve o último recado do meu celular. Ele me ligou.

- Porque ele te ligaria? - Perguntei, pegando o celular da mesma.

- Estávamos tendo um caso. - Ela diz, Carol senpre gostou do Patrick mas, essa é nova. Quando aperto para ouvir a mensagem, era realmente a voz dele, ele parecia assustado.

"Carol, me ajuda. Não consigo ligar para o Aspen. Acho que Mia estava nos enganando... Brandon apareceu no estacionamento do mercado, e ela foi com ele. Eu não sei o que fazer estou seguindo eles..."

Um barulho alto e o fim da mensagem chega, era ele, minutos antes de sofrer o acidente. Ele estava assustado, ele me chamou, ele pediu minha ajuda. Ele não estava pronto para morrer, ele não pode morrer. Entrego o celular para a mesma, cobrindo meus olhos com minhas mãos. O tão famoso, filme, começa a passar pela minha cabeça, de todas as coisas que Mia me disse. Por que ela fez isso? Por que? Qual o plano dela? Ela foi embora com o meu filho!

- Vagabunda mentirosa. - Gritei, deixando as lágrimas caírem. Ao chegar, na nova casa de Bárbara, em frente a praia, entro direto ao abraço de Joe, "meu pai" deixando com que o garotinho frágil exalasse por entre meu choro expressivo. - Ela foi embora com meu filho, pai. - Digo, caindo ao chão, com ele me abraçando. Sentindo como se todas as partes do meu corpo, estivessem quebradas, por ela, que levou meu filho e meu amigo juntos. Ela trouxe o sofrimento relutante de volta a minha vida e.... Eu a odeio por isso.






Espírito de RetaliaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora