A verdadeira vontade ao saber que Carol havia atrasado para aula era brigar com a pequena, até ela entender que gostaria muito de tê-la ao meu lado na empresa. A pequena ruiva era como uma irmã mais nova para mim e Anna, cuidávamos dela para que pudesse nos suceder quando não pudéssemos mais e por um impulso gigantesco vindo da minha mãe, que a considera uma filha e a trouxe para nossa casa quando Carol tinha apenas três anos.Parei o carro na entrada do campus recordando dos meus dias ali, curtindo minha adolescência antes de ser forçado a virar um responsável e pior, responsável pela Gottschalk Corp's em alguns meses, no meu aniversário de trinta anos. Sentia muita falta das noitadas nas festas desse campus, das garotas, ficar bêbado até às dez da manhã e muito mais.
Encerro a ligação com meu pai ao ver Caroline se aproximando sendo seguida por uma garota que pude visualizar melhor após alguns segundos. De estatura mediana, com um vestido que deixava em evidência sua cintura fina, de longe fui capaz de perceber seus olhos verdes claros e lábios grossos que puxavam o último trago de um cigarro antes de jogá-lo ao chão e pisar de uma forma que me prendeu a observar suas coxas por trás da calça quase transparente. Ela soltou seu cabelo, mexendo nas ondas escuras e sorriu acenando para mim, retornei com um sorriso lateral sem mostrar os dentes.
As amigas de Caroline tinham um padrão, eram extremamentes atraentes e todas queriam dar em cima de mim. No primeiro olhar, podia perceber o desejo de me mirar. Mas, a garota de hoje, somente acenou amigavelmente após amassar um cigarro de um jeito extremamente sexy e soltar os cabelos. Mia... Mia Wonderwill, você conseguiu minha atenção.
Sem tempo para as noitadas, conseguia suprir minha forte necessidade na cama com as mulheres atraentes que econtrava, seja amigas da Caroline, da Anna e até de minha mãe, sendo somente sexo e nada mais. Às vezes, até um almoço antes, ou uma conversa cheia de flertes mas, nada diferente. Sabia dos planos que me aguardava após assumir a empresa e porque não aproveitar agora? Enquanto sou solteiro e não devia explicações das chegadas no meio da madrugada, as olheiras, o cheiro de álcool e sexo que vivia no meu quarto. O corpo tatuado e a ótima genética me ajudavam muito a manter tudo isso, a herança também, mas gostava de carregar os atributos físicos como principais.
Admirei Mia durante o almoço disfarçadamente, sabia que se Carol percebesse a afastaria antes que eu pudesse me aproveitar de uma garota jovem e linda, como as amigas dela costumavam ser. E além de bonita, sabia muito bem falar de negócios e era engraçada.
Após chegar na empresa, tinha que afastar-me para que Carol não notasse minha aproximação cada vez mais íntima da garota e deixaria a amizade prosseguir para que ela estivesse cada vez mais perto.
Ao fim do expediente ainda no fim da tarde, o que era um milagre, decidi ir à academia antes da balada que iria com George após às vinte e duas horas. Peguei a mala que carregava todos os dias na esperança de ir treinar, algo que eu particularmente amava fazer após um dia cansativo e entrei diretamente ao vestiário para tomar um banho antes de começar.
Era inevitável olhar para as garotas que estavam nos aparelhos de perna, com suas calças brilhantes e que deixam as bundas muito mais admiráveis nesta hora. Rodando o olho pelo ambiente, encontro um par de olhos familiar e noto que era Mia bebendo água e uma garrafa rosa choque, vestindo uma calça preta super agarrada e um top da mesma cor e tecido, seu cabelo estava preso no topo da cabeça e durante sua corrida na esteira, o mesmo balançava de um lado para outro e era possível notar o movimento sensual de sua cintura que estava extremamente marcada e sentia-me preso ao seu corpo naquele momento.
Ao fim do meu treino, me aproximei da mesma juntando suas coisas em uma bolsa pequena e retirando seu tênis.
— Mia? — Fingi ter acabado de encontrá-la.
— Aspen, não tinha te visto por aqui. — Ela se levantou.
— Bom, veio treinar aqui sempre. — Dei de ombros. — E você? Vai começar a vir aqui?
— Acredito que sim, minha irmã começou a trabalhar aqui e encerrando o treino nesse horário conseguimos ir embora juntas. Mas, é bom conhecer alguém experiente. — "Experiente" me trouxe experiências de outras origens relacionado a garota atraente. — Nova nessa coisa de treinar.
— Jura? — A olhei nos olhos, percebendo que ela intercalava o olhar entre os meus e minhas tatuagens aparentes pela primeira vez à sua frente. — Não parece uma pessoa que nunca treinou, aos meus olhos.
— Um bom observador mas, nunca treinei. Não frequentemente. — Ela disse, colocando um moletom mais curto que o habitual.
— Quer tomar um café na cantina? — Apontei para o pequeno balcão do lado de fora da academia. Antes que ela pudesse responder, meu celular tocou e apertei o pequeno fone em meu ouvido. — Estou um pouco ocupado, Patrick. O que precisa?
— Vamos pegar aquela carga hoje à noite, chamei os meninos para acertarmos o plano. Venha para cá. — O mesmo disse e pressionei meus lábios em uma linha reta.
— Estou a caminho. — Apertei o fone novamente desligando a ligação.
— Bom, fica para outro dia. — Ela disse e seguiu em direção à saída. Fechei uma das mãos fortemente, mais um pouco e arrancaria um beijo dessa garota. Caminhei até o banheiro, tomando uma ducha fria para retirar o calor que ela me transportou durante todo o treino.
Visto uma calça de moletom e uma camiseta preta larga, seco meu cabelo na toalha e o arrumo com os dedos de qualquer jeito.Joguei a mala no banco de trás, partindo até o galpão afastado da cidade.
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Espírito de Retaliação
Storie d'amoreDe todas as armas que estão prontas para a guerra, não existe melhor arma que a mente humana. É nela que está o plano de ataque, instinto, treinamento, e onde podemos perceber quem são aliados e quem são os temidos inimigos, onde diferenciamos o amo...