a cruel truth II

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Por que deveria saber sobre essa mulher? E por que Carol me mandaria fazer isso? O que merda está acontecendo com a minha vida? Não sei em quem acreditar, a quem contar toda a verdade, para onde ir, o que fazer....?

Obedeço o que veio escrito na mensagem, começo a pesquisar, ler e investigar sobre os processos contra ela, sobre a filha, sobre os casos dela com meu pai... com Joe, que foi totalmente exposto enquanto ainda era casado com Bárbara. Chego a ver, até a matéria da morte da filha dela que, por uma mera coincidência ou não, era noiva de Lucke Forbes, o mesmo que Mia beijou... Por um instinto, penso em investigar mais sobre essa relação estranha mas, Mia era a única pessoa que eu confio hoje.

O caso dessa mulher era obviamente uma guerra de injustiça, feita por minha família, por um momento sinto pena e remorso por ter tentado matá-la também. Porém, já era tarde demais, ela já estava de volta para se vingar, eu acho!

Será que ela poderia ser o "G" da carta que me entregaram? Ela poderia ser... a minha verdadeira família? Isso geraria uma guerra tremenda, porque se fizessem o que fizeram com minha mãe, eu mataria quem fosse e faria o que pudesse por sede de vingança. Disco o número de Caroline para esclarecer de uma vez o que estava acontecendo:

- Oi Harry! - Ela parecia sussurrar. - Todos aqui estão querendo saber onde você está!!

- Não vem querendo falar comigo, como se não fosse nada. Fala a verdade. - Exclamei. - Não minta, para quem odeia mentiras, Caroline!

- Que verdade? Do que você está falando? - Perguntou ela.

- Da mensagem que você me mandou , para procurar mais sobre Grace Greyk. - Digo.

- Eu não mandei isso... Você está ficando louco? - Ela se alterou. - Nunca mandaria você procurar sobre essa mulher, justo essa... - Semicerro os olhos.

- Por que justo essa mulher? - Perguntei. - O que você tanto esconde? - Ela desliga a ligação, me deixando mais bravo que nunca. Jogo o celular sobre o sofá, passando a mão por meus cabelos. - POR QUE NINGUÉM ME FALA A PORRA DA VERDADE? - Grito na casa grande e solitária. Peço uma pizza para comer, não me recordo da última vez que comi algo hoje. Retiro minha camiseta, observando meus novos traços, encaro o espelho, vendo meu reflexo e me perguntando como e onde estava o Harry de meses atrás. Tão seguro e cheio de si. Me sentia fraco e inútil ali, perdido, rodeado de mentiras, como vivi 24 anos assim e achando ser feliz? Quando fui feliz?

Ouço uns barulhos e creio, ser Patrick entrando. Desço as escadas rapidamente, para saber se descobriu mais alguma coisa mas, não o vejo:

- Patrick? - Chamo. Silêncio. Ando até a cozinha e volto para a sala. Vou para o outro cômodo, quando volto para a sala vejo quatro homens de preto, um deles estavam segurando Patrick com uma arma na cabeça.

- Corre, cara! - Meu amigo diz me olhando, tentando se soltar.

- É ele mesmo. - Um dos homens afirma com a cabeça e dois deles começam a se aproximar. Vou para cima de um deles, acertando o soco em seu rosto, o outro tenta me segurar pelos braços, dou uma cotovelada o que faz o mesmo se abaixar e chuto seu corpo que vai para o chão, continuo dando socos sem parar, ficando alterado. Pego meus documentos e fotos colocando dentro da mala novamente a pegando. Patrick havia derrubado os outros dois, pego a arma, atirando em um que estava vindo para cima de mim.

- Corre, vem Patrick! - O puxo para fora de casa rapidamente, vendo os caras vindo atrás de nós, entramos no primeiro carro da garagem, que estava sendo alvo dos tiros agora. Acelero o carro, passando pelo portão como um jato.

- Quem eram aqueles caras, porra? - O cara ao meu lado estava em pânico.

- Eu não faço ideia, será que.... Tem a ver com o arquivo que tentou entrar hoje? - Pergunto dirigindo.

Espírito de RetaliaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora