Havia adormecido em meio as eternas lágrimas que não cessavam, a dor de saber que estava sendo açoitada internamente por um útero vazio e dolorido. Sento-me na cama com dificuldade, sentindo muita dor ainda.Onde você estiver, meu Thommy, eu permanecerei o amando como uma parte de mim. Você sempre será meu primeiro amor, mesmo que meus olhos não tenham te visto.
Alguém entra no quarto, era ele, alguém a quem eu só tinha ódio:
- Onde está o Patrick? - Pergunto.
- Ele está sofrendo um pouquinho para me ajudar. - Ele disse, me inflando mais de raiva.
- Você devia morrer. - Digo o olhando. Sentia meu peito subir e descer cada vez mais rápido, a raiva dentro de mim crescia a cada instante. Nunca imaginei que me arrependeria de ter vindo a essa família, dr ter planejado tudo perfeitamente e me perder em uns olhps específicos que me viram e me cativaram.
- Eu também acho, as vezes, mas, agora que você é minha... Eu penso ao contrário. - Ele passa a mão pela minha bochecha. Bato em sua mão, a afastando de mim com nojo.
- Eu nunca fui sua e eu nunca serei.... Independente se eu morrer aqui. Eu sou dele e ele é meu. - Sorri de lado. Ele bate em minha face com força e logo depois seguro meu querido entre seus dedos que o aperta de uma forma dolorida.
- Você é uma menina muito tola mesmo, com ledos enganos. - Ele riu meu olhando. - Aspen, te entregou a mim... Ele me disse onde você estava, em troca de algo.
- Isso é uma mentira horrenda. - Disse. Ele solta meu rosto com força, acabo batendo minha cabeça na parede.
- Eu estou mentindo? Okay, vamos ver se ele virá te resgatar então. - Ele sorriu. - Agora, coma... Mandei fazer essa comida pra você, o médico disse que é importante. - Olho para a bandeija em cima da cama. Sentindo uma terrível fome aparecer, não lembrará qual a última vez que me alimentei bem.
- Há quanto tempo estou aqui? - Perguntei.
- Não lhe interessa, o que importa que dia é hoje... Sendo que o resto da sua vida, vai ser aqui e comigo. - Ele deu de ombros. - Você não vai escapar das minhas mãos desta vez.
- Será que você nunca vai entender? - Gritei com raiva. - Eu tenho ódio de você, eu tenho nojo da pessoa que você é... Você me tirou tudo que eu mais amei, você deixou que eu mais amava morrer.... E agora diz que serei sua? - Dei risada, já estava de pé ao lado da cama. - Nem que eu morra aqui, que a minha fajuta vida se encerre ao seu lado... Nunca me terá.
- Agora, você vai ver... - Ele vem pra cima de mim, segurando em meu cabelo fortemente. Fecho os olhos com medo, e então sinto que sou jogada ao chão, ele começa a chutar o meu corpo com toda força. Eu não conseguia respirar, nem ao menos pedir para ele parar. O mesmo se abaixa dando enormes e brutos socos em minha face sensível, já sentia o sangue escorrendo. Tentava com todas as minhas forças me desprender dele, que não parada de me bater com toda sua força que é triplicada da minha. Os socos eram infinitos, em meu rosto, minha cabeça, minha costela. Até tudo se pagar e eu perder a consciência.
- Para, para de ser assim. - Ele me segura. - Mia, para de fugir de mim.... Eu te quero. - Paralisei, o olhando. - Em todos os momentos em que te procurei, você não saia um segundo da minha cabeça, estou apegado a você.
- Harry.... Eu - Nego com a cabeça o olhando. - Harry, me beija.
Nos olhamos por uns minimos segundos que se deram fim, quando o mesmo juntou nossos lábios em um só. Seguro sua nuca, aprofundando cada vez mais. Seu corpo bate com o meu fortemente:
- Eu estava com tanta saudade de você... - Ele desce os beijos para o meu pescoço, me fazendo arrepiar. Entrelaço minhas pernas na sua cintura, jogando minha cabeça para trás. - Do seu magnífico corpo.
- Aspen? - Abro os olhos em desespero o chamando, vendo que era apenas um sonho. Pelos meus agitados movimentos, meu corpo me castiga. Lembro-me dos vagos momentos antes que eu apagasse, Brandon estava em cima de mim. Depositando todo seu ódio. Vejo que estava cheia de marcas e roxos, minha cabeça estava latejando e todos meus músculos saltavam sem parar, latejando, de muita dor. Lágrimas enchem meus olhos sem muitos pensamentos.
Quero minha vida de volta, quero acordar com enjôos e conversar com Thomas na minha barriga. Dizer que tive um pesadelo terrível ao Aspen e contar cada detalhe desta realidade depressiva, arrumar nossas malas e fugir, como era o planejado.
Vejo alguém entrar pela porta e me encolho:
- Sou eu, Mia. - Vejo a Alexia aparecer, a encarei e observo sua reação de espanto aparecer. - O que ele fez com você? - Ele disse em um tom baixo.
- O que está fazendo aqui, Alexia? - Pergunto, ignorando suas palavras toscas.
- Não posso sair... - Nego. - Eu sei demais, ou vinha junto... Ou morria. - A mesma coloca uma bandeja de comida na cama.
- Eu não vou comer.. - Nego com a cabeça, deixando as lágrimas caírem. - Quando me prendeu na boate, me deixando sem água e nem comida... Eu senti a morte marcando uma visita avalassadora. Porém, Lucy me tirou de lá. - Disse a olhando, o peso ds culpa estava em sua feição. - Hoje, eu quem quero marcar essa visita o quanto antes, olha pra mim...
- Você.... Mia, eu.... - Ela parecia sem palavras. - Foi o Aspen quem te entregou para ele. - Nego com a cabeça, tossindo.
- Alexia. - A chamei. - Se não tem nada de bom a dizer, peço que me cale a boca.
- É verdade... Eles tem um acordo. - Ela continuou mesmo contra a minha vontade. - Aspen, negociou sua vida, pela vida de Lucy. - A encarei, sentindo o silêncio e a tensão no ar.
- Sai daqui. - Pedi calma e ela permaneceu. - Sai daqui, caralho. - Gritei sentindo meu corpo doer por esses esforço. Ela se assusta e da umas batidas na porta, que destranca, vejo seu cabelo loiro sumir da minha vista e a solidão novamente. Encaro a bandeja, com fome, me alimentando rapidamente. Prendo meu cabelo em um coque, passando a mão por minha cabeça.
"Vamos para bem longe com minha herança e nosso filho... Casa comigo, Alissa! Nunca mais quero permitir que alguém a tire de mim... Casa comigo? Eu sou louco por você."
Suas palavras surpreendentes enchem minha memória, Aspen nunca me entregaria, isso é mentira... É uma armação de oposição. Eu sei disso, né? Eu confio nele... Confio? Todos esses pensamentos, me dão uma vontade enorme de vomitar, me levanto com dificuldade, caminhando lentamente, curvada, gemendo de dor por todo o caminho até o minúsculo banheiro, colocando toda minha comida pra fora. Quando me levanto, lentamente, me olho no espelho e era horrível.
- Por que comigo? - Repito para o reflexo no espelho. O rosto cheio de marcações roxas, o canto da boca inchado, o supercílio sangrando. Me apoio na pia, sentindo muita dor na minha barriga e nas costelas de ambos os lados. Estava tremendo por inteiro, não conseguindo aguentar meu próprio peso, o peso da minha dor, o peso da minha realidade. - Acorda, Mia... Isso é um pesadelo, acorda Mia. - Disse, repetidas vezes.
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Espírito de Retaliação
Storie d'amoreDe todas as armas que estão prontas para a guerra, não existe melhor arma que a mente humana. É nela que está o plano de ataque, instinto, treinamento, e onde podemos perceber quem são aliados e quem são os temidos inimigos, onde diferenciamos o amo...