in Harry's eyes

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Perder o fôlego e estar completamente em pânico por não ver seus lindos olhos, isso é amor?

- Vem Harry... - Dizia a mulher, dançando em minha frente, de uma forma que a alguns meses atrás iria me atrair e me deixar louco para traça-la de uma vez. Porém, agora, esta não a mulher a quem desejo ver, porque meu corpo anseia por Mia.

- Sai da minha frente, Alexia! - Exclamo levantando, noite passada tentei libertar Mia da delegacia, precisava voltar lá e garantir a ela, que eu a tiraria dali.

- Não acredito que realmente não vai ficar comigo, por aquela... marginal que sequestrou a sua sobrinha! - A loira exclamou e reviro os olhos.

- Esse é um plano sujo de alguém... - Dou de ombros levantando e me aproximando do corpo da mulher que dizia estar carregando meu herdeiro. - Se você tiver feito algo com ela, junto com aquele homem cujo o nome odeio pronunciar, eu te mato assim que esse bebê nascer. - A mesma arregala seus olhos e se afasta rapidamente.

- Qual seu problema, Aspen? - Minha mãe entra no quarto.

- Deu para defender putas agora, mãe? - Perguntei enquanto abotoava minha blusa social, minha cabeça parecia estar prestes a explodir, não tinha tempo para os discursos de Bárbara Gottschalk.

- Olha como fala, da mãe do seu filho. - Ela se fingiu estar ofendida.

- Ela dorme com toda a Nafta e eu sou o pai? - Ri anasalado.

Se elas soubessem o quanto ter um filho era importante para mim e o quanto uma mentira dessas pode gerar e já gerou afastamentos e raiva, não cometeriam tal traição com minha pessoa. Respiro fundo, haviam interesses maiores em ter uma boa relação com aquela me criou.

- Alexia, desça, preciso falar com meu filho. - Ela disse calma.

- Eu sei o que fez com a Mia... - Disse baixo, tentando me controlar.

- Aquela garota não pode mais estar entre nós. - Ela senta na poltrona com toda sua postura de superior.

- E precisa acusá-la de algo que não fez? Isso foi muito baixo! - Me virei para ela.

- Desde quando você se importa com essas simples garotas que você dorme, deixe de ser inconveniente e fraco como seu pai! Se atraindo por meretrizes baratas e..

- Cala essa boca, agora. - Gritei a fazendo se assustar. Nem eu ao certo sabia o que estava acontecendo, minha consciência só pensava em tirar Mia daquele lugar e ficar com ela. Fazer a mesma se irritar, só para a ver brava. Minha mente está a mil, sei que é errado e que não está em meus planos de herdeiro da Gottschalk gostar de uma mulher como ela mas... Não consigo evitar, eu preciso vê-la, tê-la em meus braços, sentir sua pele macia sobre a minha. Preciso possuí-la.

- Você não vai conseguir tirar ela de lá. - Ela diz fria se levantando.

- Não duvide de um verdadeiro Gottschalk. - Visto-me com meu terno cinza.

- Ela sumiu no meio da noite, sua meretriz foi pega. - Aquelas palavras pareciam como se eu voltasse ao ensino médio, frágil, perdido. Eu prometi a mim mesmo, que não permitiria que a pegassem novamente, mas mesmo assim que aconteceu debaixo dos meus olhos.

- Foi você. Ela seria incapaz de fazer mal para a Anna, você está por trás disso... Como com essa mulher que está voltando e vocês tem tanto medo dela que nos cercaram de seguranças prontos para atirarem sem piedade. - Cuspi as palavras em cima da mesma.

- Se depender de mim, você nunca mais a verá. - Ela sai do quarto, minhas unhas estão cravadas nas palmas de minhas mãos. A raiva me deixou extasiado, encarando a porta e então jogo tudo que estava na minha frente ao chão, partindo em pedaços. Eles não vão me controlar, não vão! Desço as escadas, arrumando minha gravata, com o cinismo que todos convivem aqui, Caroline me olhou assustada mas, sabia que eu não estava bem. Caminho até a cozinha, buscando ver a verdadeira identidade de maternidade que tive em minha vida.

Espírito de RetaliaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora