Lucy's big surprise

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- Olá Bart, gostaria de um drink? - Sento no colo dele, como me ensinaram.

- Olá, bombom. - Ele respondeu. - Com certeza. - Levantei rapidamente afastando nossas corpos. De longe, vejo Nora e Leslie me olhando e sinalizaram um "jóia" disfarçado. Chegando ao bar, peço a barman a bebida mais cara, com um sorriso no rosto. Quando ela estava colocando no copo dele, me aproximo:

- Coloque água no meu. - Pedi e volto a encenar sorridente ao rapaz. A primeiga garrafa se esvaiu em menos de 15 minutos. - Pode mandar a segunda. - Afirmei, de longe a visto Brandon por trás de um vidro que ele observava todos, e seu olhar era direto para mim. Me a próximo do homem muito bêbado a minha frente, tirando o terno dele e beijando seus ombros, enquanto ele virava a segunda garrafa no bico. Pego uma terceira garrafa, nos arrastando até um quarto no andar de cima, tento enrolar ele para beber a terceira garrafa sozinho e conclui sucesso ao vê-lo desmaiar mo colchão.

Sentei na poltrona que havia no canto do quarto, me cobrindo com o edredom da cama, observando a vista da cidade, com o pensamento longe. Estar num quarto como aquele novamente, era de um peso que eu não estava suportando. Mas, era necessário ficar ali, até não poder mais. Duas batidas na porta, pausadas, Nora ou Leslie. Vejo os cabelos loiros de Leslie aparecer:

- Oi. - Ela sorri. - Trouxe outras duas garrafas a pedido do Mrs. Bart.

- Obrigado. - Sorri fraco a olhando.

- Brandon está dizendo por ai que lhe adestrou. - Ela afirmou esvaziando as garrafas na pia que havia no quarto.

- Que termo, não? - A olhei.

- Nem todas passaram por isso mas, eu já... Quando tentei fugir. - A olhei. - Foram três, ele e mais dois de seus clientes V.I.P.

- Eu sinto muito. - A olhei.

- Eu também, não merecemos passar por isso. - Ela disse. - Bart e o vicio dele, nos salvaram. - Olhamos ao velho babando na cama, rimos. Aquela foi a primeira vez ri dr verdade lá dentro. - Vamos tirar a roupa dele, abrir umas três camisinhas e cuspir dentro. - Afirmo, e assim fizemos, com cuidado. O deixando deitado entre as garrafas. - Pega o cartão dele e leve até o caixa, diz que ele pediu para que você pagasse.

- Mas, e a senha? - A olhei confusa.

- Ah verdade. - Ela se aproximou dele. Tentando o fazer entregar o cartão e foi tão rápido, a forma como ela pegou o cartão e ele disse a senha, que ela parecia expert nisto.

- Vejam só, a adestrada fez seu primeiro trabalho e ainda, trouxe o cartão do homem. - Brandon apareceu enquanto eu passava as contas, a mulher do caixa. O ignoro, até que ele chegue perto do meu corpo. - Vai voltar a comer e pelo jeito... - A mulher entrega a nota para ele. - VAi comer bem.

- A deixe em paz, Brandon. - Uma mulher que entra no recinto o reprimiu.

- Aquiete-se Bárbara. - Ouço, observando a mulher, toda chique. - Ah, minha querida amante, não seja tola. - Ele diz a ela.

- Tolo é você por ferir tantos essas garotas, mas quem sou eu para julgar. - Ela deu de ombros. - Essa é a garota dos gritos?

- Sim, ela mesmo. - Ele responde, eu só queria que a garota me devolvesse o cartão para que eu sumisse dali.

- Oh, tolinha. - A mulher agarra meu queixo. - Este abutre ama gritos e garotas escandalosas. - Eles riram juntos. Pego o cartão saio dali o mais rápido possível, voltando o mesmo para a carteira de Bart e indo tomar um banho.

Desde que tudo aconteceu, meus banhos eram doloridos, as marcas agressivas das esponjas estava sob minha pele pálida. Eu me limpava com tanta força, que fazia arranhões e sangramentos, chorando, com nojo do cheiro permanente de meus agressores que se compactou ao meu corpo. Um corpo que estava emagrecendo cada dia mais, afinal, a fome não era um alerta alarmante, com dores e roncos no estômago. Eu só sabia que estava com fome, quando já havia me forçado a comer algo.

Há momentos na vida que nos definem, que são marcados a nossa memória que formam as características primárias da nossa personalidade, os momentos felizes que te fazem sentir algo, seja alegria ou tristeza, você sente, você se permite sentir. Mas, agora, eu já não sentia mais nada, eu não me permitia sentir uma fagulha sequer de qualquer fraqueza o meu ser.

Termino meu banho, me enxugando sentindo as ardências dos machucados, logo vestindo a roupa mais comprida que já vi por ali, o pijama curto. Deito-me no colchão ao lado de Nora, que já estava dormindo, abraço meu travesseiro, tentando dormir, pelo menos uma vez, sem sofrer.

As cenas retornam a minha mente, forço-me a acordar, sentando no colchão soando muito, okay, outra noite mal dormida. Já virou rotina! O dia amanhece diante dos meus olhos, vejo o reflexo do nascer do sol, na parede. Cada uma das trinta e cinco garotas, vão acordando pausadamente, recolhendo e dobrando suas coisas e assim se repete por dias e dias, sinto-me exausta, dormindo 15 minutos por dia, almoçando, esperando dar a hora da boate e embebedar o Bart, que implorou ao Brandon para que fosse um cliente fixo e estava pagando alto por isso. A cada dia que passava eu estava mais gorda, talvez seja um distúrbio, uma ansiedade por estar almoçando duas marmitas.

- Você não está grávida? - Leslie me olha.

- Claro que não, nunca me deitei com o Bart. - Dei de ombros.

- Larga de ser doida, Leslie. - Nora afirma, fazendo a unha. A mesma dá um peteleco na direção do meu seio.

- Ai!!! Isso dói. - Olhei para ela.

- Ela está grávida sim! Olha esses peitos enormes e doloridos, ela está com o número do sutiã duas vezes maior. - Ela afirmou. - Eu sei bem como é isso.

- Para, não tem como.. - Neguei.

- Vamos a enfermaria então. - Leslie ofereceu.

- Isso é fácil de resolver. - Nora diz. - Você já menstruou nesses meses que está aqui? - Pensei.

- Apenas uma vez, eu acho. Tive muito sangramento. - Dei de ombros.

- Bom, nesse caso, tem que ir na enfermaria mesmo. - Disse a morena. - Vamos agora!

- Eles não vão deixar fácil assim. - Uma garota disse.

- Finge que torceu o pé, sei lá. - Leslie disse, concordo com a cabeça, Nora começa a bater na porta desesperadamente para alguém abrir.

- Está ficando louca, vagabunda? - Um segurança entra, Leslie me segura pelo braço e finjo estar com dor no pé.

- Precisamos ir na enfermaria, ela torceu o pé pra pior, temos que ver isso urgente... Ou nada de trabalho. - A garota que me segurava falou, ele concorda. Nora e Leslie grudam em mim, enquanto "manco" até o caminho da enfermaria. Assim que a enfermeira me vê, ela faz um sinal para me guiar até a maca. As garotas encaram o segurança que sai para nos deixar com a especializada.

- Elas acham que estou grávida. - Digo desesperada. A enfermeira me olha assustada.

- Pam, precisa ver se ela está mesmo. - Descubro agora o nome da minha salva-vida.

- Não tem como fazer exame, podemos ver se tem pelo menos um feto ou um saco gestacional. - Ela deu de ombros, ligando um aparelho. A mesma, passa um gel muito gelado na minha barriga. - Se tiver como ver por aqui será bom, mas se não tiver, vou precisar fazer internamente.

- Não, não, por favor. - Neguei, estava muito machucada e sabia disso. Ela coloca um objeto o passando pela minha barriga e a imagem aparece, nos assustando.

- Que merda! - Nora diz.




Espírito de RetaliaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora