I don't know what's going on with me

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Eu estou cada vez pior, e a saudade em mim é cada vez maior.

E então, minha mãe estava perto e preparada, conforme a doutora nos disse, estava em meu apartamento, esperando a visita de Caroline.. para ver se ela sabia algo sobre o tal "tráfico de crianças". Enquanto estava ali, observei melhor as fotos que peguei no consultório do psiquiatra, o que realmente houve com minha Grace? Quando me contariam a real história, que creio, somente Bárbara saber, já que existem milhares de versões falsas e mentirosas.

- Me diga onde estas, mãe. - Disse olhando a foto.

E então, meu celular começa a vibrar sem parar, era Harry. Agora não estava com cabeça para estar diante desse drama. Rejeito a ligação e ele liga de novo:

- O que foi agora? - Perguntei atendendo.

- Preciso da sua ajuda. - Ele disse.

- Desembucha - Exclamei.

- A Anna, a.... Anna sumiu. - Disse ele, meus pulmões não encontram o ar, era difícil sentir saliva em minha boca. Alguém pegou minha Anna.

- Como isso aconteceu? Como? - Perguntei em pânico.

- Eu não sei, passei o dia todo na empresa com a Caroline. - Ele parecia perdido.

- Quem estava em casa? - Perguntei.

- A Alexia. - Ouço Carol gritando ao fundo da ligação.

- Vocês estão ficando loucos, deixar a Anna com uma psicopata que nem a Alexia? - Gritei na ligação. - A ALEXIA QUASE ME VENDEU SEUS IDIOTAS. - Jogo o celular na cama, colocando uma roupa o mais rápido possível. Pego meu celular, uma arma que havia debaixo do colchão e minha bolsa com alguns objetos tecnológicos que poderiam me ajudar. Ao entrar no meu carro, minha cabeça fica um caos total, não conseguia nem encaixar a chave no câmbio, as lágrimas quentes desciam sem cessar. - A Anna não, por favor... A Anna não! - Disse fechando os olhos que marejavam diversas vezes. Entro naquela casa, indo direto abraçar Caroline.

- Oi, como você está? - Carol pergunta com o rosto de quem chorou muito.

- Cadê a Alexia? - Perguntei e a mesma saiu da cozinha comendo um sanduíche. - Sua vagabunda... - Vou para cima da mesma, porém Bárbara entra na frente.

- Não ouse bater na mulher que carrega meu neto - Ela diz cruzando os braços, serena e revestida de seu veneno.

- A mesma mulher que sumiu com a sua neta Anna, será que vocês não pensam? Essa ordinária já tentou me leiloar - Digo olhando para o Harry, que parecia em choque. - Cadê as imagens das câmeras? - Ninguém fez nada. - Porque estão todos calmos?

- Porque sabemos quem a sequestrou, Mia - Joe entra na sala, acompanhado de alguns policiais.

- Mia, admita que foi você - Alexia diz, olho para ela.

- Não fala um absurdo desse, sua inútil. - Aponto o dedo para a mesma que continuava a comer.  

- Mia, você foi a única que esteve com ela nas últimas horas! - Bárbara disse.

- Caroline... diga alguma coisa. Você sabe que eu não faria mal algum aquela criança. - Virei para ela, que só chorava.

- Mia, você está presa. Você tem o direito de permanecer calado, tudo o que disser poderá ser usado contra você num tribunal. - Os dois policias se aproximaram, me algemando e carregando para fora da casa.

- Me soltem, eu nunca faria isso.. - Começo a me debater, e então flashes de minha mãe sendo levado por policiais começam a aparecer diante de mim. Estavam fazendo comigo, o mesmo que fizeram com minha mãe, Bárbara estava executando pela segunda vez seu plano mais bem feito.

Durante todo o caminho até a delegacia, relembrava todo o caminho que fiz no parque com Anna, tentando me lembrar de algo estranho, alguém que poderia ter alguma suspeita.. mas, o dia com ela foi perfeito, só conseguia pensar repetidas vezes que nada acontecesse com ela. Alexia era sim suspeita, mas Liz nem apareceu, não estava lá na sala onde toda a família estava e ninguém a mencionou, haviam armado para mim.

- Não vai dizer nada? - O delegado perguntou me olhando e nego, meus pensamentos estavam correndo muito para eu dizer algo.

- Delegado, delegado... não foi ela. - Harry entrou desesperado na sala, sendo segurado pelos oficias que me trouxeram.

- Como...c-como? - O delegado o olhou.

- Ela estava no apartamento dela, as câmeras do edifício provam isso. - Ele diz ofegante, me olhando e eu ainda paralisada.

-  Só um segundo.. - O delegado diz e então pega o celular saindo da sala onde estávamos, conversando com alguém, não sei o que está acontecendo comigo, mas paralisei naquela cadeira, precisava saber onde Anna estava, se estava bem, quero saber onde está Liz que se passa como mãe dela.

- Vai ficar tudo bem, eu prometo. - Harry segurou meu rosto em suas mãos, olhei fundo em seus olhos e pude finalmente dizer algo.

- Não fui eu quem fiz isso, Anna é a melhor parte de mim... - O olhei nos olhos dizendo isso.

- Eu sei, eu sei, vamos dar um jeito. - Ele beija minha testa de um jeito tão carinhoso, que duvidaria vir de um Gottschalk, vir do Harry.

- A levem para a cela, foi encontrada uma prova no apartamento, está sendo averiguada e assim que encontrarmos a garota, vamos a tribunal. - Delegado voltou afirmando isso, o que me desesperou de certa forma.

- Eu nunca faria isso - Disse enquanto os policias me levantavam. - Harry, Harry! - O chamei. - Onde está Liz? - Perguntei, para que ele abrisse os olhos e fizesse algo para que eu saísse de lá.

Deito num projeto de colchão que havia na cela, que ainda era apenas minha, se o plano da Bárbara desse certo, eu iria a um presídio e mofaria lá. Mas, dessa vez não permitiria que aquela megera tivesse tudo o que desejava, não iria ser fraca e aceitar, iria resistir e lutar. Me perco em meio ao sono e pensamentos, cansaço e etc.

Acordo sufocando, puxava o ar e tentava gritar, mas nada saia. Abro os olhos vendo que havia alguém na calada da noite e no escuro das celas solitárias, tento me matar sufocada com o travesseiro. Tento empurrar mas, nada acontecia, a pessoa era maior e mais forte que a mim, começo a chutar o corpo a minha frente com toda a força que eu tinha e nada, sentia como se meu coração e pulmões fosse parar a qualquer instante, lágrimas começavam a descer por meu rosto e o desespero já tomava conta de mim, precisava respirar ou morreria logo e então finalmente ouço a pessoa gemer de dor e cair ao chão, tiro o travesseiro imediatamente, puxando todo o ar que podia, a pessoa ainda estava ali, se levantando e pronta para me matar. Chuto com os pés novamente, porém sou segurada e puxada com força para fora da cama, o que me faz bater a cabeça com muita força, sentia que estava lutando pela minha vida. E então, apresso-me levantando começando a me defender corpo a corpo. Era um homem, forte e bruto, não sei se conseguiria. O ataco com socos, tentando me defender mas, logo sou segurada por ele que me joga contra a parede facilmente, o mesmo tiro uma faca de seu cinto vindo para cima de mim. Consigo o derrubar, chutando a faca para fora da cela.

Como ele entrou?

Ia saindo da cela, quando o mesmo segurou minha perna me derrubando novamente, chuto o braço do mesmo que grita de dor e começo a correr pelos corredores, procurando qualquer saída. Paro em portão de grade que estava fechado, olhando para trás freneticamente. Vejo uma sombra no corredor e começo a caminhar naquela direção, pronta para bater no mesmo com o extintor que estava em mãos, porém alguém me surpreende por trás colocando um lenço em meu rosto e apago imediatamente.

TO BE CONTINUED...

Espírito de RetaliaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora