some truths that missed II

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"Mas para os desleais, é só uma questão de tempo antes do passado devolver o que eles realmente merecem"

- Eu já disse que eu vou. - Puxo meu braco de suas mãos. - Eu preciso. - Gritei, com lágrimas nos olhos. Mais uma vez aquela mulher tinha quem eu amava nas mãos, eu não acredito. Lucke me encara em silêncio, passa suas mãos por seus cabelos. Com uma feição brava. - Não fique bravo comigo. - Disse deixando as lágrimas caírem por meu rosto.

- Eu estou bravo com você. - Ele gritou me assustando. - Eu tenho uma boa razão para ficar bravo com você. Você não pode fazer isso, você não pode.

- Não... - Enxugo as lágrimas. - Eu posso... E eu vou fazer.

- Mia... Mia. - Patrick aparece em pânico. - Eu achei, ele... Brandon.

- Ótimo, eu já estou pronta. - O olhei, me viro para Lucke que me encarava de uma forma que nunca o vi. Sem expressão alguma. - Me desculpa... - Sussurrei.

- Eu cuido dele, meu amor. Tudo vai ficar bem. - Minha mãe se aproxima, olho para ela a abraçando fortemente.

- Saia dessa casa, é provável que já saibam onde estamos. - Disse a olhando e ela concorda. - Não contate a Jessy, não até entendermos tudo. - Ela beija minha testa. Patrick me entrega um casaco. Entro no carro, colocando o cinto.

- Ótimo, ela vai mesmo? - Alexia bufa no banco de trás.

- Cala essa boca. - Disse e me viro para Patrick. - E então, quem é ele?

- Pai do Matthew. - Alexia responde. - Agora, porque o Aspen tem pesadelos com o pai do... cara que ele detesta, não sabemos ainda. - Começo a pensar.

- Tá, e o que ele faz? - Perguntei.

- Atlanta, ele comanda Atlanta. - Mordo o lábio inferior tentando achar alguma ligação com tudo isso.

- Merda, não consigo ligar esses pontos. - Neguei com a cabeça.

- Roubamos muitas cargas do Matthew, mas, nunca soubemos do pai dele. E quem ele era, de fato. - Patrick diz.

- Alguém está mentindo. - Digo e me viro olhando para Alexia.

- Eu já disse tudo que sabia, eu não menti. - Vejo ela negar. - Eu juro. - Descemos no aeroporto, indo rapidamente fazer o checkout e entrando avião, para minha sorte, sentei ao lado de Patrick, não suportaria uma viagem de quase 5h ao lado de Alexia grávida.

- E o Thomas, como ele está? - Perguntou Patrick.

- Bem, crescendo perfeitamente. Chegamos na fase de comer e comer muitas vitaminas, para que ele engorde, já que todos os órgãos já estão formados. - Dizia com um sorriso no rosto.

- Eu não entendo sobre nada, mas, isso é bom. - Ele me faz rir.

- E Aspen? - Perguntei.

- Ah, bom... Melanie disse que ainda consciente, que os médicos não tem autorização para acordar ele. - Aquilo apertou meu coração.

- E para qual clínica ele foi transferido? - Perguntei.

- Não sei o nome, só sei que é no interior. - Concordei com a cabeça. - Pelo menos ainda é no Canadá. - Pressiono meus lábios um contra o outro, sentindo meus olhos marejarem e não consigo segurar. - Ei, Mia. - Patrick diz.

- Eu não posso deixar que a vida dele se arruíne assim, por minha causa. - Nego.

- Você não tem nada a ver com a podridão da família dele e outra, nós vamos tirar ele de lá. - O mesmo me olha, nego com a cabeça sentindo uma dor imensa em meu peito, quando um lado estava completamente bem, o outro havia caído e estava mal. A balança da minha vida, nunca se equilibraria. E eu nunca seria feliz.

Espírito de RetaliaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora