"A adversidade cria alianças inesperadas, mas acordos dessa natureza raramente têm equilíbrio de poder."
- Certo, vamos repassar isso. - Exclamou Patrick. - Primeiramente, Alexia irá voltar a boate dele. E nos ajudará entrar.
- Lá dentro, no escritório dele, ficam uns seguranças. Forjamos um incêndio com a ajuda das meninas e o pegamos. - Alexia continua.
- Isso ai, sem erros, trapaças... - Encarei a garota a minha frente. - Se tentar algo, eu juro que coloco a Chloe na sua reta. - A olhei que arregala os olhos, negando com a cabeça.
- Eu não vou tentar nada. - Ela exclama. Me levanto, olha o horário.
- Já era para a Shelly ter chegado, essa ultrassom é mega importante. Não queria ir sozinha. - Suspiro, levantando indo até a cozinha. Dizem que esta ultrassom será possível ver se o bebê tem alguma malformação ou síndrome.
- Eu vou com você. - Minha mãe desce as escadas, calma. - Afinal, essa criança é meu neto duas vezes.
- Isso é horrível. - Alexia riu, sendo alvo do meu olhar. - Já que tem uma grande hipótese desse bebê ter sérios problemas e doenças. - Ela afirma, fiquei a noite toda em clara pesquisando sobre, estava com tanto medo de tudo, ansiosa.
- Eu sei disso, não precisa me lembrar. - A olhei. - Mãe, eu não sei se seria bom... Já que há um clima estranho entre nós desde que você ficou sabendo de tudo.
- É que eu não sei o que te dizer, nem pensar ou fazer. Meus dois filhos se ama e tiveram relações, o que eu poderia pensar? - Ela disse me olhando. - Me deixa ir junto, quero ver meu netinho.
- Tudo bem, já que Shelly... me abandonou, outra vez. - Dei de ombros, queria tanto saber o porquê disso.
- Então, vamos meu amor... e vamos torcer para que ele esteja perfeito. - Ela passa a mão sobre meu cabelo e eu a abraço. - Vamos sair agora.
...
- Olá, doutora. - Disse suspirando.
- Como estão? Mamãe e bebê? - Perguntou a minha nova médica, que é do hospital onde Shelly trabalha agora, sorriu ao me ver entrar. - Agora que sabemos que é um menininho.
- Estamos correndo um sério perigo. - Digo e o sorriso do rosto da mesma some. - Creio que Shelly ainda não te informou, esta é minha mãe. - Elas se cumprimentam com um aperto de mão. - E ela é... mãe do pai do bebê também. - O rosto da mulher a minha frente, empalidece sem expressão.
- Vamos, agora fazer o ultrassom. - Ela levanta as pressas nervosa. - Não é nada bom um bebê incesto. Mas, precisa manter a calma, tudo bem? - Ela diz. Troco de roupa, indo deitar na maca a frente da televisão. Minha mãe segurava fortemente em minha mão, minha respiração estava ofegante, meu coração corria como se eu fosse morrer.
- Respira. - Grace sussurrou sorrindo.
- Vamos lá... - A médica passa o creme gelado em minha barriga, colocando o aparelho em seguida. - Você está com uma barriguinha linda, redondinha. - Ela comenta para me acalmar, mas de nada adiantou. A imagem aparece para nós, meus olhos sorriem ao ver um pequeno e agora formado, ser em minha barriga, sinto meu coração se encher de mais preocupações. Ela começa a analisar, aproximar mais a imagem. - Você tem bastante líquido amniótico.
- Isso é bom? - Perguntei rapidamente.
- Muito bom. - Sorriu ela.
Só conseguia torcer para quê nada estivesse fora do normal, meu bebê não merecia passar por isso. Estava quase fazendo o exame, eu mesma, mas de nada eu sabia sobre. Ele parecia perfeito e normal, aos meus olhos. Passam-se uns longos e inacabáveis minutos:
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Espírito de Retaliação
RomansaDe todas as armas que estão prontas para a guerra, não existe melhor arma que a mente humana. É nela que está o plano de ataque, instinto, treinamento, e onde podemos perceber quem são aliados e quem são os temidos inimigos, onde diferenciamos o amo...