- O que você está fazendo? - Pergunto, nos afastando, com a respiração ofegante, pelo longo e delicado beijo.
- Eu não sei. - Ele diz e parecia confuso. - Eu só...
- Você só fez, o que não deveria. - Bato em seu ombro, o distanciando de mim.
- Você retribuiu, okay? - Ele diz, ri baixo negando com a cabeça. Me levanto, voltando para dentro da casa. - Mia... - Ele chamou, ouvi seus passos e decido me apressar. Entro dentro da sala, não o vendo atrás de mim, suspirando pesado. - Vai dizer que eu te forcei? - Ele me prende contra a parede, seu corpo estava tão perto que consigo observar seus detalhes pela primeira vez. Matthew era loiro, e seus olhos eram castanhos esverdeados, seu maxilar era muito marcado, seu peitoral era um pouco menor que o de Aspen, mas de altura ele era bem maior.
- Se seu pai ver isso, sonhar com isso... Você vai morrer. - Digo, tentando o convencer a desistir disso.
- Eu quero que meu pai se foda, eu quero beijar sua boca. - Ele encostou nossos narizes, sussurrando. Fecho os olhos, tentando controlar minha mente, Matthew não, ele não é uma boa pessoa, ele tentou te matar....
- Matthew... - Sussurro. - Não quero que outra pessoa a minha volta, pague o preço por minhas atitudes. - Encarei seus olhos. Ignorando todas as minhas vontades, ele segura meu rosto, acariciando levemente minha bochecha direito com seu polegar. Ele puxa meu lábio inferior, selando em seguida, se afasta e sobe as escadas sumindo na escuridão da casa. Caminho até o quarto do Patrick, sentando na poltrona, e pensando nos fatos que ocorreram. Cubro meu rosto com as mãos, tentando esconder meu sorriso lateral, enquanto negava com a cabeça.
No dia seguinte..
Caminho até a sala de jantar, vendo todos a mesa farta de café da manhã. Meus olhos cruzam com o do Matthew, desvio o mais rápido possível, me sentando ao lado de Brandon e Shelly.
- Onde passou essa noite? - Brandon me olha, ela parecia bravo. Permaneci em silêncio. - Diga. - Ele bate na mesa rude.
- Acabei pegando no sono, enquanto conversava com o Patrick. - Digo, o encarando. - Já estou cansada de dizer que não lhe devo satisfações. Você não é meu dono. - Coloco umas frutas em meu prato, com um pedaço de bolo e dois copos de suco. - Com licença. - Me levanto brava, dando uma última olhada em Matthew que sorria disfarçadamente.
- Eu te ajudo. - Alexia diz, se levantando. Pegando os dois copos, e indo em direção ao quarto.
- Como ela era? - Pergunto com receio.
- Ela quem? - A mesma pergunta, sem net olhar.
- Flora. - Digo, ela fica em silêncio, enquanto entramos no quarto. Ela coloca os dois copos em cima do criado mudo.
- Linda... - Ela diz baixo, vejo seus olhos se encherem de lágrimas. - Era loira e gordinha. - A mesma sorriu de lado, abraço a mesma fortemente. Eu a entendia e queria que a mesma soubesse que dividido da mesma dor... Quando a mesma retribui o abraço, sabia que ela havia entendido. Após nos separarmos, a mesma saiu do quarto sem dizer uma palavra.
- Patrick, trouxe o café. - Digo abrindo as cortinas. O mesmo se mexe na cama resmungando. - Tem bolo, de alguma coisa.
- Bolo? - Ele diz, e acabo rindo por sua animação instantânea. O ajudo a comer, ele parecia com bastante fome, comi o necessário e deixei o restante para o mesmo. Quando sai para guardar as coisas, sinto vontade de ir ver Alexia, tentar conversar com a mesma e talvez... Animar a mesma. Subo as escadas, sem saber em que porta entrar, haviam muitos quartos la em cima.
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Espírito de Retaliação
RomanceDe todas as armas que estão prontas para a guerra, não existe melhor arma que a mente humana. É nela que está o plano de ataque, instinto, treinamento, e onde podemos perceber quem são aliados e quem são os temidos inimigos, onde diferenciamos o amo...