Quanto um relacionamento pode tirar de você? Quanto vale a pena se doar pelo outro? Quanto vale a saúde física e mental?
Sabemos quando é hora de parar? Somos capazes de fazer parar?
Sarah não se questionou antes e, agora, não acredita que seja ca...
Capítulo com violência, se for sensível a esse assunto, pule-o. ———
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Gabriel estava dormindo no sofá quando entrei na sala, a televisão permanecia passando desenhos infantis e seus brinquedos jogados pelo tapete. Arrumei seu pequeno corpo de maneira confortável e joguei um cobertor sobre ele antes de voltar à cozinha e arrumar toda a bagunça do jantar. Com tudo organizado em seu devido lugar, eu peguei meu menino e subi a escada para colocá-lo em sua cama. Afastei os cobertores, deitei-o e beijei sua testa depois de ajustar a luz. Deixei o seu quarto com relutância e caminhei o mais lentamente possível para o meu, onde encontrei meu marido adormecido na nossa cama. O que eu menos queria, no momento, era me deitar ao seu lado, por isso, peguei o pijama e me tranquei no banheiro para me trocar. Tirei o vestido que usava e substitui pelo pijama, lavei o rosto, escovei os dentes e fiz questão de passar alguns cosméticos na pele apenas para adiar a hora de ir para cama.
Volto para o quarto silenciosamente, afasto os cobertores com cuidado e me deito, encolhendo o corpo para não tocar em Ethan, no entanto, todo cuidado que eu tive não foi eficiente. A mão dele estava sobre a minha barriga antes que eu pudesse pensar em me afastar e, então ele aplicou um pouco do seu peso sobre mim para que eu não fosse capaz de me mover. Ele se aproximou de mim e seus lábios deixavam beijos sobre meu rosto, pescoço e ombro.
— Ethan, por favor, eu estou cansada. Hoje não é um bom dia. — falei, tirando sua mão de cima de mim.
— Por que não? É seu aniversário, devemos comemorar, meu amor. — insistiu e avançou sua mão para dentro da minha blusa.
— Está tarde e eu preciso acordar cedo amanhã, como sempre.
— Qual deles é o seu amante? — sussurrou no meu ouvido, deixando mais um dos seus beijos ali.
Eu estava ficando enjoada dos seus avanços, cada segundo me dava mais vontade de chorar, gritar e sair correndo para o mais longe possível.
— Nenhum deles. — respondo. — Sou casada com você e tenho princípios que me dizem que não é certo trair.
— Certo, claro. Eu finjo que acredito nisso, querida. — seus olhos encontram os meus e ele sorri. — Acha mesmo que eu acredito que você passa tanto tempo sem sexo? Se não quer comigo, é porquê, com certeza, tem quem a satisfaça.
— Não, eu não tenho. Se eu não quero com você, que é meu marido, é porque não estou com vontade. Ao contrário de você, Ethan, eu sou fiel, eu mantenho a promessa que fizemos quando nos casamos. — falo e o empurro para o outro lado da cama com toda força que encontro dentro de mim.
— Não me culpe por ser uma esposa tão ausente. — disse. — Não vou ficar esperando a sua boa vontade, se eu quero e você não, eu procuro e acho quem esteja a fim.
— Então, não me toque nunca mais. — eu me sento na cama e viro para ele. — Eu tenho nojo de você e eu não quero suas mãos sujas sobre mim.
