Capítulo 13

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Capítulo com violência, se for sensível ao assunto, pule-o.

Capítulo com violência, se for sensível ao assunto, pule-o

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Harry desconfia de alguma coisa, eu tenho certeza. Ele nunca me confrontaria na frente de tantas pessoas se não tivesse pelo menos uma chance de estar certo sobre o que pensa. Eu não posso deixá-lo saber sobre o que acontece, se Ethan desconfia que alguém está ciente do que ele faz, eu ou Gabriel pagaremos o preço. No entanto, seria muito bom ter alguém para conversar, alguém para me orientar no que eu deveria fazer parar sair desse ciclo vicioso, alguém em quem confiar, para pedir ajuda, porque, sinceramente, não sei mais o que fazer e também não aguento mais as surras de Ethan. De alguma forma, eu sentia que podia confiar em Harry. Na verdade, eu sentia que devia confiar nele, pois seria minha única salvação, contudo, ainda me falta coragem.

Após voltarmos do almoço, nós não trocamos nenhuma palavra e ele se trancou na sua sala. Nossa comunicação se resumiu a e-mails e telefonemas rápidos durante toda a tarde, trocando informações e documentos. Devido ao grande volume de trabalho acumulado, eu precisei pegar Gabriel na escola e voltar para a empresa para terminar o dia um pouco mais tarde que o usual.

— Você promete ficar quietinho? — pergunto, enquanto esperamos o elevador nos levar ao andar que eu trabalho.

— Prometo.

As portas se abrem, eu levo Gabe para os sofás de frente a minha mesa e digo que pode iniciar sua lição de casa sobre a mesa de centro depois de afastar as revistas e uma estatueta aparentemente cara. Ele me obedece, tirando seus materiais da mochila e eu volto ao trabalho.

— Ei, amigão. — ouço a voz de Harry vir do corredor. — O que está fazendo?

— Mamãe disse que eu podia adiantar o dever de casa enquanto ela termina o trabalho. — responde. — Quer me ajudar?

— Na verdade, eu queria a ajuda de vocês dois em uma coisa. — ele me olha. — Lembra dos enfeites de Natal que minha mãe deixou por aqui? — assinto. — Pois é, ninguém os colocou até hoje e, se não o fizermos rápido, ficaremos sem tempo e a data passará por nós sem nenhuma decoração.

— Nós podemos fazer isso. — sorrio e prendo meu cabelo num coque alto. — Onde estão os enfeites?

— Vou buscá-los.

Enquanto Harry dá meia volta para o corredor, eu organizo a bagunça da minha mesa e encerro o computador. Ajudo meu filho a guardar seus pertences de volta na mochila e deixo-a junto da minha bolsa. Ele volta com a caixa transbordando itens de Natal e nós começamos a decorar a recepção, meu balcão agora tem um laço enorme e vermelho e abrimos espaço também para a grande e majestosa árvore de Natal que chegará em poucos dias, depois o corredor que conta até mesmo com um visco, além das fitas e dos laços vermelhos e dourados, a sua sala — uma árvore bem pequena e artificial sobre a sua mesa —, a sala de reuniões daquele andar com a mesma decoração da sala de Harry, deixamos na porta de cada funcionário um pouco para decorar suas próprias salas, já que não poderíamos invadi-las. Quando finalmente terminamos, eu sorrio com o resultado e me jogo no sofá que anteriormente era ocupado pelo meu filho.

Rescuing Life |H.S|Onde histórias criam vida. Descubra agora