Capítulo 50

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Passei a semana com Gabriel, apenas nós dois

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Passei a semana com Gabriel, apenas nós dois. Fizemos sessão de filmes em casa, fomos ao cinema, a sorveteria, caminhamos com Lassie, ensinamos a ela onde fazer suas necessidades e compramos brinquedos para que ela parasse de correr por aí com nossos sapatos ou qualquer objeto que encontrasse pela frente. Ela dormia ao lado da cama do meu filho, em sua própria cama, mas cheguei a vê-la tentando subir para a cama dele, porém, sua altura ainda não permite. Eles, claramente, se amam e são melhores amigos.

Hoje, finalmente, conseguimos agendar a noite fora com os amigos de Harry — e, de certa forma, meus também, já que nos damos muito bem e nos vemos com certa frequência. Eu sai para comprar uma roupa apropriada, pois revirei o guarda-roupas e não encontrei nada além de roupas de trabalho, jeans e vestidos para o dia. Não havia nada que combinasse com uma noite de diversão com os amigos. Grace já havia me alertado sobre minha necessidade de comprar roupas "adequadas para minha idade" e para usar fora do ambiente de trabalho. Eleanor me ajudou muito desde o momento em que a contatei desesperada até o momento em que consegui tudo o que precisava.

— Sra.Morris. — ouço me chamar, quando estou caminhando para entrada do prédio com as sacolas em mãos, após sair do táxi.

Procuro a pessoa com os olhos e vejo o sr.Carter vindo em minha direção. Ele é o dono do apartamento que eu alugo.

— Eu posso conversar com você por um momento?

— Claro. — assinto e entrego as sacolas a Gabriel. — Entre e leve essas coisas para mim, sim?

Ele concorda com a cabeça e entra no prédio. Viro-me para o senhor em torno dos sessenta anos, com uma clara barriga de cerveja.

— Pois não?

— Eu andei verificando o seu contrato e ele vencerá no próximo mês.

— Oh, não estava me recordando. O senhor veio para renova-lo?

— Na verdade, não. — suspira, evitando meus olhos. — Eu estou aqui, porque preciso que desocupe o apartamento.

Fico em choque e pisco, ouvindo o som dos carros ao meu redor, desconfiando que, talvez, eu tenha entendido errado.

— Como?

— Minha filha vai se casar em poucos meses e precisa do apartamento. No entanto, precisamos reformar o local e, por isso, preciso que o desocupe em um mês. Sendo assim, não renovaremos o seu contrato. — explica.

Eu sempre soube que morar em um lugar que não é seu o deixa exposto a várias coisas. O verdadeiro dono pode precisar do imóvel a qualquer momento e você se vê obrigado a sair, desesperado, procurando por um bom lugar para morar dentro do prazo que ele deseja que você saia. Porém, eu morava aqui há tanto tempo que essa hipótese parou de percorrer a minha cabeça há alguns anos. Bem, parece que chegou o momento.

— Eu...tudo bem. — concordo, após um bom tempo em silêncio, assimilando a notícia. — Não há como aumentar esse prazo? Mesmo que por alguns dias apenas. Preciso começar a procurar um lugar e planejar a mudança. O senhor me pegou de surpresa e um mês é pouco.

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