⚠️⚠️⚠️
Aviso: Capítulo com violência, se for sensível ao assunto, pule-o.
—————No sábado de manhã, eu estava sentada no sofá, lendo um livro enquanto meu filho brincava com um caminhão de bombeiros no chão quando Ethan parou o carro na garagem. Eu parei, imediatamente, de prestar atenção no parágrafo que estava lendo e fiquei atenta ao meu redor, ouvi a porta do carro abrir, passou alguns segundos, ela foi fechada, mais alguns segundos e, então, ele abriu a porta da frente, jogando suas chaves na bandeja sobre o aparador logo na entrada.
— Oi, papai. — Gabriel o cumprimenta, soltando seu brinquedo e correndo para agarrar as pernas do pai.
— Ei, garoto. — bagunça os cabelos do filho e o coloca de lado, enquanto joga a pasta no chão.
Seus olhos param em mim, fecho o livro e me sento corretamente.
— Gabe, por quê você não vai brincar lá no quintal? — sugiro, dirigindo um sorriso a ele.
— Eu posso levar meu caminhão de bombeiros?
— Claro! Leve o Homem-Aranha também.
Ele junta seus brinquedos espalhados na sala e sai correndo para os fundos de casa. Um silêncio recai entre nós e eu olho para qualquer lugar menos para o meu marido parado a poucos metros de mim. Eu sei que não estou errada, mas a forma como ele me olha me faz pensar que estou. Ele sempre consegue me colocar no lugar que quer, sempre me faz sentir como ele quer que eu sinta. Se sou culpada ou não, não interessa, pois ele já se decidiu sobre isso.
— Você precisa de alguma coisa? — pergunto, finalmente, olhando-o nos olhos e não suportando mais seu olhar de julgamento e o silêncio cortante.
— Não. — ele se movimenta para mais perto de mim. — Bom, na verdade, eu preciso saber exatamente quando minha esposa virou uma vagabunda.
As suas palavras me acertam como chicotadas. Eu não quero deixar transparecer, no entanto dói no lugar mais profundo. Esse não é o homem que eu conheci, por quem me apaixonei, por quem eu larguei de construir minha própria vida independente para fazer feliz.
— Eu não fiz nada de errado. — defendo-me.
— Ah, não? — ele ri, sarcástico. — Você saiu numa sexta-feira à noite, sozinha, quando o seu marido estava a quilômetros de casa, trabalhando para garantir o seu sustento e o do seu filho. Quer mais absurdo?
— Você faz isso o tempo todo. — retruco. — Você me deixa aqui, sozinha, como se eu não tivesse um marido e sai por aí para se embriagar e sabe-se lá mais o que.
— Faço, sim. Eu trabalho o dia todo, correndo de um lado para o outro, tentando fazer o meu negócio se expandir e, no fim do dia, eu estou esgotado. Então, sim, eu mereço uma bebida ou outra depois de suar para ganhar o dinheiro que sustenta essa casa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Rescuing Life |H.S|
FanfictionQuanto um relacionamento pode tirar de você? Quanto vale a pena se doar pelo outro? Quanto vale a saúde física e mental? Sabemos quando é hora de parar? Somos capazes de fazer parar? Sarah não se questionou antes e, agora, não acredita que seja ca...