Quanto um relacionamento pode tirar de você? Quanto vale a pena se doar pelo outro? Quanto vale a saúde física e mental?
Sabemos quando é hora de parar? Somos capazes de fazer parar?
Sarah não se questionou antes e, agora, não acredita que seja ca...
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No domingo, eu tinha uma visita muito importante para fazer, por isso, deixei meu filho com Harry e sai logo pela manhã. Passei em uma cafeteria e peguei as comidas mais apetitosas que encontrei junto de dois copos grandes de cappuccino. Dirigi tranquilamente até o bairro que eu morava e estacionei do outro lado da rua da minha antiga casa. Ainda dentro do carro, observei a casa que construí minha família, as paredes que suportaram meus segredos por muito tempo e que eu não sentia falta. A partir de agora, uma nova fase se iniciava na minha vida e eu quero deixar o passado onde ele pertence, lá atrás, embora carregue comigo todo aprendizado.
Abri a porta do carro, peguei as embalagens e caminhei para a entrada encantadora da casa de Lilian White. Eu sabia que ela já estava acordada, pois sempre teve o hábito de acordar cedo e eu podia escutar o barulho da sua batedeira vindo de dentro da casa. Sorri e toquei sua campainha. Não a via há algum tempo e senti muita falta.
— Sarah! — um sorriso enorme toma seu rosto ao me ver na sua porta e ela projeta o corpo para frente, puxando-me para um abraço. — Como eu sentia sua falta, querida.
— Eu também, Lily. — abraço-a conforme as embalagens nas minhas mãos permitem.
— Vamos, entre. Está congelante aqui.
Eu entro e ela é rápida em desocupar minhas mãos, para que eu possa retirar meu casaco e ficar mais confortável.
— Eu estava colocando um bolo no forno. — diz quando eu entro na cozinha cheirosa.
— Como tem passado?
Ela me conta sobre a neta estar voltando para casa depois de perder o emprego, sobre as vezes em que foi parar no pronto atendimento por causa da oscilação da pressão arterial, dos lembretes que tem agora para tomar todos os medicamentos na hora certa e também sobre o homem que conheceu na sala de espera do seu médico. Eles estão se vendo há pouco mais de dois meses e Neil já se mostrou um perfeito cavalheiro, enviando flores, chocolates e a levando para jantar. Fiquei feliz por Lily e conversamos sobre outras coisas mais até o bolo assar.
— Eu tenho um convite para você. — falo ao terminar minha segunda fatia do bolo. — Acho que podemos colocar dessa forma. — faço careta. — Ainda não tenho uma data ou nada planejado, só sei que a quero comigo nesse momento.
— Você vai casar, não é? — pergunta, observando-me com a sombra de um sorriso no rosto.
— Como sabe? — rio.
— Você tem aquele brilho de noiva ao redor. — dá de ombros. — Parabéns, Sarah! Você merece um homem bom e bonito como o Harry. — pisca, rindo. — Estou muito feliz por vocês.
— Obrigada. — pego as suas mãos estendidas sobre a mesa. — Será que você seria minha madrinha?
— Oh, meu Deus! É claro que sim. — ela sorri e se levanta, puxando-me junto. — Venha! Dê-me um abraço.
