Quanto um relacionamento pode tirar de você? Quanto vale a pena se doar pelo outro? Quanto vale a saúde física e mental?
Sabemos quando é hora de parar? Somos capazes de fazer parar?
Sarah não se questionou antes e, agora, não acredita que seja ca...
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Ela me beijou, porra! Sarah me beijou de uma hora para outra.
Eu a tenho em grande consideração e me sinto muito bem perto dela. Como sempre foi desde que nos conhecemos. A história dela me puxou para perto e é como se eu sempre quisesse protegê-la de qualquer coisa para que nunca mais tivesse que sofrer na vida. Eu gosto muito de Sarah e a respeito muito também.
Esse beijo? Estranho, porque foi na pressa e todo desengonçado, confesso. Eu não beijava alguém há tanto tempo que começava a desconfiar que não sabia mais o fazer. Não houve ninguém depois de Angeline e eu não sabia se, algum dia, estaria pronto para esse passo. Sarah nunca disse nada a respeito da sua vida amorosa durante esse tempo, então não tenho uma opinião sobre isso.
— Aí Deus! — arregala os olhos e tapa a boca. — Harry, mil desculpas. Eu...
— Sarah, respire, por favor. — peço, segurando suas mãos.
Ela fecha os olhos azuis e suga uma quantidade de ar. Sarah, sem dúvida nenhuma, é uma mulher belíssima e a força que cresceu dentro dela ao longo desses anos, de acordo com as experiências que a vida trouxe para ela, apenas a deixou ainda mais linda é interessante. Todo o seu conteúdo a transformou em uma mulher que qualquer homem cobiçaria. E eu não estava imune.
— Que vergonha. — murmura, escondendo o rosto de novo. — Sequer sei como olhar para você agora. Não sei o que dizer.
— Está tudo bem. — afirmo. — De verdade.
— Tudo bem? — ela ri, sem humor. — Você é meu amigo, o melhor que já tive, ouso dizer, sempre pronto para me ajudar. É meu chefe também, além disso, ficou viúvo a pouco tempo e nem sei se estava pronto para isso. Eu sou divorciada e não tive coragem de chegar perto de outro homem em seis anos. E, para piorar, eu aposto que foi um beijo horrível, porque, como disse, há mais de seis anos que não o faço.
— Bom, não posso mentir, dizendo que foi o melhor beijo da minha vida. — eu rio e ela fica vermelha, grunhindo em seguida.
— Eu vou sumir nesse exato momento.
— Ei. — pego sua mão de novo, tirando-a do rosto. — Não há porque ficar assim. Eu já disse, está tudo bem. Além do mais, nós podemos consertar essa situação.
— Ah, é? — arqueia as sobrancelhas. — E como? Apagando esse momento da memória com mági...
Eu a interrompo, puxando-a pela nuca e pressionando meus lábios nos seus novamente. Dessa vez, sem pressa, sem muita surpresa e da maneira correta. Levo minha mão da sua nuca para a lateral do rosto e ela vai relaxando sob o meu toque, abrindo seus lábios e deixando-me provar do chá que tomou há poucos minutos direto da boca. Sua mão para na minha nuca e eu me afasto, abrindo os olhos para vê-la com os seus fechados. Porra, ela é linda! Que filho da puta era o marido dela. Como teve coragem de levantar a mão para agredir uma mulher tão especial? Sem perder mais tempo, eu voltei a atacar seus lábios e nosso beijo deixou de ser calmo. Não foi nada fervoroso também, mas, definitivamente, a temperatura dentro do refeitório subiu. Não importa que esteja fazendo pouco mais de dez graus lá fora. E eu não queria soltá-la, contudo, foi o que fiz.