Capítulo 16

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Capítulo com cenas de violência, se for sensível ao assunto, pule-o.

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Eu não conseguia me mover, meus olhos estavam presos no ódio que os olhos do meu marido irradiavam para mim

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Eu não conseguia me mover, meus olhos estavam presos no ódio que os olhos do meu marido irradiavam para mim.

— Sarah. — ouvi a voz de Harry atrás de mim e virei-me. — Tudo bem? Você está segura aqui.

— Eu estava. — sussurro e volto a olhar para Ethan. — Eu preciso ir.

— Por que? — ele olha entre Ethan e eu. — Você não o quer aqui?

— Definitivamente, não. — respondo e começo a procurar Gabriel com o olhar. — Obrigada por tudo, mas eu preciso ir para casa agora.

— Você se sentiria melhor se eu pedisse a alguém para retirá-lo daqui?

— Não se envolva nisso, Harry, por favor. — peço, olhando em seus olhos.

Harry não pode sofrer as consequências pelos meus atos, meus erros. Eu sou a única responsável por eles e devo encarar os seus efeitos.

— Você está com medo. — conclui. — O que está acontecendo, Sarah? Ele é violento com você? Nós podemos chamar a polícia agora mesmo.

— Por favor, não. — digo e engulo as lágrimas que ameaçam transbordar.

— Você não está sozinha, deixe-me ajudá-la.

— Não há nada que necessite da sua ajuda. — falo. — Está tudo bem.

— Não...

— Sarah. — Ethan diz, aproximando-se. — Nós estamos saindo agora.

— Eu sei, vou chamar Gabriel. — respiro fundo. — Você pode me esperar no carro.

— Eu vou esperá-la aqui. — afirmou e eu assenti.

Regulei minha respiração e caminhei com o olhar focado no meu filho. Ele sorria como eu nunca tinha visto antes e parei de andar, com muita vontade de mandar Ethan a merda e dizer que eu ficaria ali, divertindo-me com meus colegas de trabalho enquanto nosso filho também se divertia. Vire-me para olhar onde eu estava antes e ele ainda está lá, parado um pouco a frente de Harry, com o olhar fixo em mim. Harry alternava o olhar entre meu marido, eu e meu filho, não tenho ideia do que se passa em sua cabeça no momento, mas eu sei que ele sabe exatamente o que acontece aqui. Eu odiava ser medrosa, contudo continuei sendo uma quando voltei a caminhar até as crianças.

— Filho, nós precisamos ir. — chamei, ganhando sua atenção.

— Aquele é o papai? — perguntou, olhando além de mim. — Pensei que ele estivesse trabalhando.

— Eu também, querido. — tento sorrir para transparecer tranquilidade. — Despeça-se dos seus amigos.

— Nem mais cinco minutinhos, mamãe?

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