Capítulo 11

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A senhora White não deixa que Gabriel entre em casa quando me vê caída no chão, sem força alguma para me levantar

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A senhora White não deixa que Gabriel entre em casa quando me vê caída no chão, sem força alguma para me levantar.

— Querido, que tal você buscar os biscoitos que eu deixei sobre a bancada? — diz ainda na porta da minha casa, bloqueando a entrada do meu menino. — Sua mãe pode querer alguns.

— Claro! Ela vai adorar.

A porta se fecha e ouço os passos dela se aproximando de mim rapidamente.

— Venha, eu a ajudo. — ela me deu a mão e se esforçou para me fazer sentar no sofá mais próximo.

— Obrigada. — sussurro, ainda não sou capaz de falar mais alto que isso.

— Eu vou ajudá-la a se limpar antes que Gabriel retorne. — se levantou. — Onde há curativos?

— No banheiro no final do corredor. — aponto a direção.

Em poucos segundos ela está de volta com a caixinha de primeiros socorros e uma toalha molhada, passando lentamente pelo meu rosto antes de retirar um curativo e colocá-lo próximo a minha sobrancelha esquerda.

— Sinto muito, mas as manchas vermelhas não sairão tão rápido, provavelmente ficarão roxas. — olha-me nos olhos com um jeito todo maternal. — Talvez você deva colocar um pouco de gelo para diminuir o inchaço.

— Tudo bem. Obrigada.

— Querida, eu sei que não devo me intrometer, porém — suspira. —, não deixe ele fazer isso com você.

— Eu fui tentar interromper, por isso, estou assim. — digo com a voz baixa, tentando fazer o mínimo de esforço, tudo em mim dói e eu ainda tenho que pensar em Gabriel.

— A justiça está ao seu lado. — Lily coloca uma de suas mãos sobre as minhas que repousam em minhas pernas.

— Será que está? Às vezes, surgem notícias sobre isso, como a justiça falhou com o inocente. Eu não posso contar com isso, seria o fim, literalmente. Além do mais, como vou contar ao meu filho sobre isso? — as lágrimas começam a descer novamente. — Como deixo que ele veja o pai sendo preso? Como eu digo a ele o monstro que o seu pai é? Vou destruir tudo o que um dia ele acreditou.

— Veja bem, é melhor você interromper esses acontecimentos agora, é melhor Gabriel saber quem o pai é de verdade do que ele lidar com a perda da mãe tão cedo. — sua voz é carinhosa, mas firme, o que me faz chorar ainda mais, ela está dizendo tudo o que eu queria ouvir da minha própria mãe. — Você sabe que ele vai perder o controle um dia, se você deixar. O fim disso tudo será muito mais trágico do que um problema com a justiça, do que uma prisão para quem merece.

— Eu sei.

— Aja enquanto há tempo.

— Mamãe, você precisa provar essas biscoitos que a senhora White fez. — ele entra todo empolgado em casa e eu viro meu rosto para o outro lado, secando as lágrimas com cuidado, já que o menor toque me faz estremecer de dor.

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