Supreendentemente, eu havia me sentido confortável com o contato de Harry. Eu sabia, no fundo do meu coração, que ele não faria nada contra mim e que estava sofrendo muito mais do que um dia eu sofri, sabia que ele estava precisando daquilo. Não foi um pensamento que ficou na minha cabeça muito depois, foi um momento de hesitação quando ele me pediu para abraçá-lo, mas quando o acolhi em meus braços, não pensei em outra coisa, a não ser consolá-lo e tive um desejo irracional de retirar sua dor com minhas próprias mãos, porém, não tenho esse poder.
Aos poucos, nos dias seguintes, eu fui puxando-o de volta para tradição do almoço com os seus amigos e sua irmã. Harry não estava muito comunicativo, todos entendiam aquilo, contudo, apenas o fato de ele estar entre pessoas, comendo e, de alguma forma, vivendo já era o bastante. Todos temos ciência de que ele não voltaria ao normal do dia para a noite, na verdade, eu creio que ele nunca mais será o mesmo, só aprenderá a viver de outra forma, aprenderá a viver o seu novo "normal", sem Angeline.
Minha irmã tinha viajado com o namorado no final de semana e até agora, quinta-feira, nós não tivemos tempo para conversar sobre isso. Eu sabia que ela estava louca para me contar sua aventura romântica, Grace disse em uma das nossas ligações, mas a nossa rotina estava maluca. Ela com uma grande quantidade de planos de aulas para fazer, trabalhos para corrigir e alunos para dar atenção, enquanto eu tinha pilhas de processos para trabalhar e, principalmente, ganhar, um filho para ajudar com deveres de casa e para cuidar.
— Oi, tia Sarah. — o amigo do meu filho, Jimmy, veio ao nosso encontro na esquina da escola.
— Oi, Jimmy. — sorrio. — Como você está?
— Estou bem, obrigado. — foi sua vez de sorrir para mim. — Eu gostaria de saber se o Gabriel pode dormir lá em casa hoje. É meu aniversário e a mamãe deixou eu chamar dois amigos para acamparmos no quintal de casa.
Olhei para frente vendo a mãe do garoto e acenei para ela.
— Deixa, mãe. — Gabe pediu com os olhinhos brilhando.
— Eu prometo que eles dormirão cedo e os trarei para escola amanhã. — a mãe de Jimmy garante.
Jimmy e Gabe são amigos desde as primeiras semanas dele nessa escola. Ele já dormiu lá em casa e meu filho também já foi para a casa dele várias vezes. Era o amigo mais próximo de Gabriel.
— Tudo bem. — os meninos fazem um sinal de vitória em comemoração. — Seja um bom menino, filho. Não faça bagunça e...
— Qualquer coisa eu peço a sra.Sullivan para ligar. Eu sei, mãe.
— A que horas eu devo levá-lo? — pergunto para ela.
— Eu estava pensando em buscá-los na escola e levá-los direto. Tem problema?
— Gabe não disse nada, não trouxemos roupas para ele.
— Acho que as de Jimmy deve servir e eu já garanti escovas de dentes novas. — ri. — Fique tranquila, ele ficará bem.
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Rescuing Life |H.S|
Fiksi PenggemarQuanto um relacionamento pode tirar de você? Quanto vale a pena se doar pelo outro? Quanto vale a saúde física e mental? Sabemos quando é hora de parar? Somos capazes de fazer parar? Sarah não se questionou antes e, agora, não acredita que seja ca...