No final das contas, o jantar na casa dos Styles foi adiado para o próximo domingo, porque um tio do Harry, irmão de sua mãe, teve um problema de saúde no final do sábado e ela foi visitá-lo com o marido no domingo. Harry pediu várias desculpas por telefone e nos convidou para uma caminhada no final da tarde, para que Gabriel e Sushi se divertissem um pouco. Fomos de carro até um parque tranquilo, vestidos com roupas de ginástica e conversamos, aproveitando o sol que começava a aparecer, a fim de nos preparar para a primavera.
— Acho que o Sushi gosta mais do seu filho do que de mim agora. — diz, abrindo uma garrafa de água e despejando parte do líquido em sua boca.
— Ele tem o meu sangue. — dou de ombros, com um sorriso convencido nos lábios.
Ele gargalha.
— Onde ficou a mulher modesta que eu conheci? — arqueia a sobrancelha.
— No passado. — respondo. — Não é todo dia que alguém como eu consegue pegar o homem mais cobiçado de toda uma corporação. Preciso me comportar à altura.
— Não tenho certeza, se você está inflando o seu ou o meu ego.
— Acho que ele está com sede, Harry. — Gabe volta para perto de nós.
Harry pousa o bebedouro do cão no chão e o enche com o resto da água da sua garrafinha. Sushi bebe até a última gota e se senta um pouco na grama, forçando-nos a fazer o mesmo. Alguns minutos depois, ele se levanta e meu filho vai com ele até uma árvore, onde ele ergue a perna para fazer xixi e logo começa a fazer o número dois. Gabe vira para nós com cara de nojo.
— Não é você que quer ter um cachorro? — zombo. — Supere, querido. Eles fazem coco.
— Precisa cheirar tão mal? — faz careta e Harry ri.
— Você acha que, em algum momento da sua vida, o seu coco foi cheiroso? — arqueio as sobrancelhas. — A mamãe trocou a sua fralda por anos.
— Para, mãe. — reclama, olhando para os lados.
— Não tem nenhuma garota por perto, amigo. Fique tranquilo. — Harry diz.
Sushi termina de fazer suas necessidades e eles voltam para perto de nós.
— Deixe que Gabriel colete as fezes dele, Harry. — peço. — Se ele for capaz de cuidar das necessidades do cachorro, posso repensar a história de termos um.
— Fala sério, mãe. — revira os olhos, olhando na direção em que o cachorro defecou.
— Estou falando. — rio. — Colete o coco do Sushi e nós pensaremos, juntos, sobre adotar um cão.
— Não seja má, Sarah. — Harry revira os olhos e se levanta com o saquinho plástico nas mãos.
Ele caminha até as fezes e as coleta, dando um nó, habilidosamente, no saquinho e jogando na lixeira mais próxima.
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Rescuing Life |H.S|
ФанфикQuanto um relacionamento pode tirar de você? Quanto vale a pena se doar pelo outro? Quanto vale a saúde física e mental? Sabemos quando é hora de parar? Somos capazes de fazer parar? Sarah não se questionou antes e, agora, não acredita que seja ca...