Capítulo 56

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Meu braço está dormente e minhas costas reclamam

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Meu braço está dormente e minhas costas reclamam. Tem um perfume doce e agradável bem perto do meu nariz e sinto um corpo encostado no meu. Abro os olhos com dificuldade pela claridade e olho ao meu redor, vendo uma televisão a frente. Sarah está com as costas coladas em meu peito, um dos meus braços está sob a sua cabeça, por isso sinto-o dormente, e o outro está sobre a sua cintura, garantindo que fique perto o suficiente de mim.

Ela está perto, não há nenhum espaço entre nossos corpos, mas ainda não parece suficiente para mim. Esse momento é, certamente, uma exceção, pelo menos até que ela resolva me perdoar. Deus, ela precisa me perdoar! Sarah disse que me ama. Tudo bem, ela já demonstrou isso várias vezes de diversas formas, mas ouvi-la dizer essas palavras me surpreendeu, me causou dor por machucá-la, como o fiz, e também me causou um sentimento muito forte, pois também a amo e não quero perdê-la. Estou feliz por ter ouvido-a dizendo isso e por ter percebido que eu também a amo, porém, tenho consciência que tenho um longo caminho a percorrer antes que tudo volte a ser como antes, antes que ela me perdoe e possamos esquecer minha estupidez.

Sarah se remexe em meu aperto e não posso controlar a reação do meu corpo, quando ela se encosta ainda mais em mim. Com toda certeza do mundo, não era hora de ter uma ereção, porém, não tem como meu organismo saber disso, ainda mais com nossa musa a frente. Merda! Ela abre os olhos e gira o corpo, para ficar de frente para mim. Não antes de soltar um gemido e levar as mãos à cabeça.

— Harry. — sussurra e limpa a garganta.

— Bom dia. — afasto o cabelo do seu rosto, revelando seus lindos traços e olhos azuis me observando.

— Minha cabeça. — reclama.

Levanto-me com cuidado e sigo para cozinha, enchendo um copo com água. Depois, caminho até o seu banheiro e encontro o analgésico na segunda gaveta. Retorno com tudo para sala e entrego a ela.

— O que está fazendo aqui? — pergunta, após engolir todo o conteúdo do copo.

— Você me convidou para entrar ontem.

— Eu sei. Eu me lembro de tudo, por mais que eu não queira. — cruza os braços e recosta-se no sofá. — Quero saber porquê não foi embora depois que eu dormi. Por quê está aqui até agora?

— Eu adormeci também. — respondo. — Acordei agora. Qual o problema? Não sou um estranho, Sarah. Fiquei para cuidar de você, já que extrapolou no vinho e estava visivelmente alterada quando eu cheguei.

— O problema é que não está tudo bem entre nós para você agir como se estivesse, como se nada tivesse acontecido.

— Não estou fingindo que nada aconteceu. Tenho plena consciência dos meus atos. — afirmo. — Apenas pensei que pudesse precisar de alguém, que eu poderia ajudar. Afinal, você não está acostumada com os efeitos pós-álcool.

— Eu estou bem e ficarei bem. Sei cuidar de mim mesma. Obrigada pela preocupação, mas é desnecessária.

Ela desvia o olhar e cruza os braços, ficando em silêncio. Um claro recado de "vá embora."

Rescuing Life |H.S|Onde histórias criam vida. Descubra agora