Quanto um relacionamento pode tirar de você? Quanto vale a pena se doar pelo outro? Quanto vale a saúde física e mental?
Sabemos quando é hora de parar? Somos capazes de fazer parar?
Sarah não se questionou antes e, agora, não acredita que seja ca...
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— Seja bem-vinda! — o senhor Styles diz, finalmente, apertando minha mão.
Eu mal podia conter o sorriso em meu rosto. Tinha certeza que, se fosse possível, eu já estaria com um rasgo no lugar da boca. Eu estou tão feliz por voltar ao trabalho. Já estava na empresa desde às oito da manhã. Sai de casa, deixei meu filho na escola e peguei o transporte público para chegar aqui, pontualmente, no horário pedido. Desmond já discutiu comigo sobre o meu salário, chegamos a um acordo sobre as horas trabalhadas — expliquei que eu tinha um filho pequeno que depende de mim para levá-lo e buscá-lo na escola e que eu não tinha ninguém para deixá-lo após o horário escolar, então decidimos que meu expediente terminaria um pouco antes do horário que Gabriel fosse liberado na escola e, se preciso, eu faria o resto dos serviços remotamente ou o traria para o escritório caso necessário — e fui devidamente apresentada a parte da sua equipe de funcionários que eu teria mais contato, pois a corporação é realmente muito grande e eu não poderia conhecer todo mundo, saber seus nomes e setores nem se meu emprego dependesse disso. Ainda não conheci seu filho, que é com quem eu realmente vou trabalhar, mas acho que não falta muito para isso acontecer.
— Muito obrigada pela oportunidade, senhor Styles.
— Harry já deve ter chegado, vamos lá? — eu concordo com um aceno de cabeça e ele me conduz até o elevador.
Aparentemente, um dia seu filho irá substituí-lo, sim, mas não tão cedo. Desmond Styles, com seus sessenta anos de idade, não pretendia deixar o trabalho ainda. Há também o fato de que, segundo ele, o filho queria fazer por merecer, trabalhar como todos os funcionários e merecer o lugar do pai no futuro, além de ficar por dentro de tudo o que acontece na empresa antes de ter tudo em suas mãos. Eu ajudaria Harry a se adaptar e ficar por dentro de todos os assuntos da empresa, porque seu pai ainda terá o próprio trabalho, por isso, ele me deu uma pilha de relatórios para analisar nesses primeiros dias e repassá-los — resumidamente — a Harry. Des — como insistiu para chamá-lo — tem a própria secretária, com quem trabalha há mais de quinze anos, portanto, o meu trabalho aqui será diretamente com Harry Styles, no renomado escritório de advocacia, onde sonhei trabalhar desde que ouvi rumores sobre os investimentos de Desmond nesse ramo, ainda quando trabalhava com ele. Todos os assuntos jurídicos da empresa passarão pelas mãos de ambos para que não haja brechas e nem falhas em nenhum contrato, contudo, há também a divisão do trabalho, para que o pai do meu chefe não fique mais tão sobrecarregado.
Nós descemos dois andares — o pai de Harry tem uma sala privada e um largo espaço para sua secretária no andar da presidência, junto com seus outros amigos fundadores, nos outros patamares da enorme construção se desenvolvem outros negócios — e as portas se abrem para o espaço em que já estivemos mais cedo, meu novo local de trabalho. Minha mesa já estava preparada alguns metros antes da sala enorme de Harry Styles, na sua porta já está a placa prata com o seu nome. Na verdade, a mesa que eu trabalharei é um balcão enorme de madeira bem decorada, visto por fora, porém, do lado de dentro, havia espaço, mais baixo, suficiente para o computador, telefone e alguns objetos pessoais, já que eu havia recebido carta branca para decorar como eu quisesse. Ainda havia as gavetas que guardariam os documentos impressos mais importantes e o lugar que eu deixaria minha bolsa. Era tudo perfeito e eu já me via trabalhando ali, dia após dia e totalmente feliz.
