Quanto um relacionamento pode tirar de você? Quanto vale a pena se doar pelo outro? Quanto vale a saúde física e mental?
Sabemos quando é hora de parar? Somos capazes de fazer parar?
Sarah não se questionou antes e, agora, não acredita que seja ca...
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Uau!
Por quê não conheci o sexo dessa forma antes? Para mim, sexo nunca foi grande coisa. Foi um tabu na maior parte da minha vida e, quando comecei a praticar, não entendi porque as pessoas diziam como se fosse a melhor coisa da vida. Tudo bem, ter um orgasmo pode realmente nos transportar para outro lugar, por alguns segundos, mas com Ethan, tirando uma vez ou outra — por sinal, posso contar com os dedos quantas foram essas vezes — que ele se dignava a me dar atenção, não era nada de mais.
Com Harry? Eu sinto que posso transar o dia todo sem me importar. A cada nova vez, é uma nova sensação e uma descoberta diferente. Ele se importa comigo e garante que eu esteja tão satisfeita quanto ele. Esses pequenos detalhes são os que mais me aproximam dele e que me fazem desejar que o que temos dure bastante.
Acabei de despertar, emaranhada no corpo dele. Minha cabeça está em seu ombro, seus braços me envolvem e os meus o envolvem, assim como nossas pernas. Sua respiração profunda e ritmada exala em meu cabelo e seu peito sobe e desce embaixo de mim. Estou praticamente sobre o seu corpo e não sei como ainda não acordou, reclamando de seu corpo estar dormente. Cruzo as mãos sobre seu peitoral e apoio o queixo para admirar sua expressão tranquila, pacífica e serena. A beleza de Harry é algo inquestionável, eu o conheci há seis anos e o tempo apenas o deixou mais bonito.
— O trabalho de ficar observando durante o sono é meu. — murmura com a voz rouca, escondendo um sorriso.
— É isso que fica fazendo?
— Claro. — abre os olhos. — O que é bonito precisa ser admirado.
Suas íris verdes são absolutamente hipnotizantes e eu adoro vê-las, principalmente, as mudanças que ocorrem durante o dia, de acordo com seu humor, com a iluminação ou mesmo com a cor de sua roupa. É incrível.
— Bom dia. — desejo e beijo seu peito, abaixo das minhas mãos.
— Bom dia. — alonga o corpo e aperta mais os braços ao meu redor. — Você é linda mesmo com remela nos olhos.
Ele ri e eu o acompanho, escalando seu corpo para esconder meu rosto em seu pescoço. Seus dedos entram em meu cabelo e acariciam, tentando-me a voltar a dormir. No entanto, eu sabia que não tinha tempo sequer de passar mais dez minutos na cama.
— Não quero levantar. — sussurro.
— Deixe de ser preguiçosa e vamos tomar um banho.
Ele se levantou e me pegou nos braços, caminhando para o banheiro. Colocou-me debaixo do chuveiro e o ligou, molhando seu corpo, em seguida. Não demoramos muito e logo estávamos ambos trocados e prontos para começar o dia. Dessa vez, pedimos café da manhã no quarto e comemos de frente para a sacada, antes de corrermos para baixo para mais um dia de curso.
...
Voltamos para Londres no domingo no primeiro voo da manhã, o que significa que, mais uma vez, não ficamos até mais tarde na cama. Somando isso ao fato de que tínhamos ficado até altas horas conhecendo de modo mais íntimo os nossos corpos, envoltos pela sensação incomparável pós-orgasmo, resultou em sono durante toda viagem.
