Capítulo Trinta e Seis: Fincando Raízes.

2.4K 249 31
                                    

" Desde já peço desculpas pela demora."

Guilherme Brandão...

Estar aqui me traz uma porrada de lembranças. Fora a Vinícola da Alemanha aqui foi o segundo lugar onde comecei. Sempre tive um carinho muito grande pelo Brasil. E como conhecia o Ricardo desde sempre não foi difícil aprender falar português de maneira quase perfeita, mas ao ponto de não ser visto como alguém que não pertence a essa terra que sou completamente apaixonado. A verdade é que estar aqui me traz lembranças maravilhosas, lembranças de como a minha vida tinha mudado completamente de como deixei um passado para trás que não nego que foi necessário, mas que hoje são águas passadas. Uma lama que eu nunca mais quero entrar. Claro que ainda uso de minha influência e de alguns contatos quando preciso, mas nada de agravante nada comparado ao que já fiz. Não abandonei somente por mim, mas por minha mãe que merecia uma vida incrível e que não conseguir lhe dar a tempo.

- Qual é o nosso roteiro? – Pergunta a minha mulher ao meu lado. Eu tinha pensado em tudo, hoje quero levá-la para lugares que tem um significado especial. E amanhã podemos curtir mais os pubs, onde eu venha ter um pouco de dor de cabeça a mais que o normal com os imbecis que vão olhá-la , mas essa é uma preocupação que não vale a pena adiantar.

- Estamos chegando. – Respondo. Estaciono o carro é uma parte do vinhedo onde acabou se tornando um ponto turístico. E quando tinha uma folga do trabalho vinha até aqui, fazia questão de estar presente e de como acabava me envolvendo fisicamente com algumas turistas. Olhando agora parece que aconteceu no século passado. Estaciono a caminhonete descendo e indo abrir a porta para Marina que pula em meu colo. Tem alguém carros estacionados. O que provavelmente hoje estaria bem movimentado.

- Nossa que lugar lindo! Se parece muito com os vinhedos da sua casa. – - Comenta. Seguro em sua mão enquanto começamos a caminhar. Ainda lembro das trilhas maia usadas e as que os guias passavam longe, e eu aproveitaria para ter um pouco mais de privacidade com a minha Devassinha.

- Digamos que estamos no inicio do vinhedo é uma grande propriedade e só chegaríamos aqui depois de quarenta minutos caminhando. Quando comecei isso aqui não imaginei que chegaria tão longe. – Menciono. Confesso que sinto muito orgulho do meu trabalho, do meu percurso e do empresário que acabei me tornando quando sequer cogitei a ideia de me tornar um dos maiores CEO do ramo.

- Você trabalhou duro Guilherme para construir tudo isso, para ter esse lugar em forma de paraíso eu tenho muito orgulho do homem que você é...

- Mesmo depois do que eu te contei pela manhã? – Indago. Eu ainda não tinha pretensão de contar para ela da porra do meu passado de como me meti com situações realmente pesadas, de como não sou o mocinho da história. Parando para analisar poderia até se colocar como o vilão, mas surgiu o assunto e quanto antes for dito melhor. Sinto que tirei um peso das costas que não sabia carregar.

- Guilherme não importa o que você me disse, é bom estar conhecendo de fato o homem que estou namorando, mas nada do que você disse muda o orgulho que sinto de você e tenho certeza que se sua mãe pudesse te ver aqui, hoje, ela também não te condenaria. – Fala. A puxo pra mim beijando o topo da sua cabeça enquanto a mantenha em meus braços. A Marina é um anjo em minha vida, é a parte de mim mais bonita. E eu não poderia ter sido tão ingênuo e a porra de um burro quando duvidei de que ela tinha vindo pra ficar.

- Você não tem ideia do quanto me faz bem. Do quanto eu te amo. – Afirmo. Ela ergue o rosto e me encara com o seu sorriso lindo. Tiro seus cachos do seu rosto inclinando-me para ganhar mais um beijo seu.

Toco seus lábios com os meus sentindo o gosto da sua boca, da sua língua enquanto aprofundamos o beijo, deslizou minhas mãos para a sua bunda a apertando na palma da minha mão, o seu gosto é viciante a cada segundo que eu provo eu quero mais, preciso de mais. Nos afastamos em busca de ar, e voltamos a caminhar. Vemos as ramas de uva, cereja, a bela plantação de morango quando me afasto para apanhar uma das uvas principais que usamos em nossas garrafas.

I.M.P.U.L.S.O.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora