I.M.P.U.L.S.O.S.

Capítulo Vinte e Nove: Dona de Tudo.

Seguimos por um pequeno corredor que dá direto na sala de star, devo admitir que a decoração é impecável. O espaço é amplo, mesmo com os móveis. Ao mesmo tempo que sinto um alívio percorrer por estar dando o primeiro passo com a Marina em nossa relação, uma maneira de provar que minhas intenções são as melhores com a filha deles, tudo que eu quero é poder fazer com que a nosso relacionamento dure, não consigo me imaginar um dia sequer mais da minha vida sem que essa menina não esteja. E essa dependência é assustadora.

- Boa noite Guilherme que prazer finalmente te conhecer. – Fala a dona Elisa. Muito bonita não é por acaso que o Pietro não desgrudava, e eu sei disso por que quando tenho a oportunidade faço o mesmo com a Marina. O seu sorriso é muito parecido com o dela. Respondo ao seu cumprimento com dois beijinhos. È uma mulher sem cerimônia diferente do meu sogro, que não para de me analisar minuciosamente. Sinceramente se estivesse no lugar dele eu faria o mesmo, bem capaz que fosse ainda pior levando em conta todas essas novas sensações e desejos que a Marina havia despertado em mim.

- Boa noite dona Eliza. Digo o mesmo estava ansioso para finalmente ser apresentando formalmente como o namorado da Marina. – Respondo assim que ela se afasta ficando ao lado do marido. Que me cumprimenta com um aperto de mão firme. Percebo que o Gabriel não está presente, talvez tivesse que resolver algo urgente, mas oportunidades não faltariam para que fossemos apresentados.

- Nada de dona. Só Elisa. – Pede educadamente. Seu tom gentil e firme demonstra uma mulher muito forte, mostrando que mãe e filha são muito mais parecidas do que parece ser.

- Guilherme eles vão achar que eu estava procrastinando esse encontro, sendo que estava apenas esperando o momento certo e ele finalmente chegou. – Diz a Marina segurando a minha mão, seu nervosismo ainda presente vai se esvaindo aos poucos.

- Peço desculpas pela ausência do Gabriel, mas ele precisou viajar de ultima hora. Mas tenho certeza que depois de hoje você irá se sentir mais a vontade para aparecer mais vezes. – Menciona a dona Elisa. Imaginei realmente que ele como o segundo protetor da Marina não faltaria esse jantar se não fosse importante, aliás, imagino que depois do que presenciou a sua desconfiança sobre quem se aproxima dela só aumentou. Eu mesmo, não seria indiferente.

- Com toda certeza, oportunidades virão. – Comento.

O clima até então pesado vai se dissipando aos poucos, enquanto engatamos uma conversa, onde falo um pouco mais de mim, do meu trabalho e da minha vida pessoal, nada que o Pietro não saiba. O seu silêncio mostra que ele está sendo muito mais telespectador de toda a situação. Percebo que a Marina está mais tranquila. Sorrindo de verdade e sendo a Marina que estou acostumado a presenciar quando estamos em meu apartamento. Até que ela e a Elisa seguem para cozinha.

Sei que é o momento perfeito para que o Pietro me advirta de algumas coisas. 

- Me acompanha? – Pergunta o Pietro. Ele caminha até o pequeno armário de bebidas. Eu sabia que todo o intuito é ficarmos sozinhos para uma avaliação mais minuciosa, e não posso condená-lo por estar fazendo o papel de pai. 

- Claro! – Exclamo em resposta, caminho em sua direção pegando o copo retangular com uma dose dupla de uísque e gelo. Tentei imaginar e imaginei essa situação onde o Pietro iria querer ter uma conversa mais privativa. Tento passar uma confiança que eu normalmente tenho, mas minhas trajetórias com sogros não é das melhores. E infelizmente estou preparado para o que seja que virá.

-Não sou de rodeios, então, vou direto ao ponto. A Marina é a minha princesinha e eu a amo, não há nada no mundo que ela me peça que eu não queira dá, não tem nada que eu não queira e faça e por ela. E não vou mentir que estou preocupado com esse relacionamento! – Fala. Confesso que a sua franqueza faz com que ele suba em meu conceito, gosto de pessoas que olham em seus olhos e diz o que pensa, sem máscara apenas a sinceridade. Sorrio de canto analisando cada palavra sua. E me sentia da mesma maneira com a sua filha, não há nada que eu não faça por ela.