Capítulo Trinta e Três: Exasperado.

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 Marina Oliveira...

- Como foi no spa? – Indaga a minha mãe. Tinha acabado de chegar, e tinha vindo jantar, tinha certeza que ela havia acompanhado o meu pai em um dos jantares formais que ele detestava ir, então sempre convidava minha mãe para a noite não ser de toda perdida sempre admirei ambos, sempre quis uma relação assim, não tem como vê-los juntos e não querer algo do tipo.

- Ótimo. Pensei que iria jantar com o papai? – Pergunto. Ela puxa a cadeira se sentando, seu vestido azul escuro a deixa ainda mais sensual. Impressionante como os anos passam e ela continua linda, sexy e sinceramente não parece mãe de dois filhos crescidos.

- Acabei desmarcando achando que precisaria chegar no Show maia cedo. Só que o Leo me salvou. Como sempre me salva! – Exclama. O Leo trabalha para minha mãe há anos, não consigo nem imaginar não chegar no Escritório e não vê-lo, trabalhou muito tempo como modelo, mas havia se aposentado como minha mãe, mas ambos dão show de beleza.

- Respondendo a sua pergunta, foi ótimo, estou me sentindo uma outra Marina. E pronta para minha viagem de amanhã. – Digo não escondendo em nada o meu entusiasmo. Na verdade não conseguiria esconder. Havia acontecido uma extrema mudança em meu relacionamento em menos de vinte quatro horas. O jantar com a declaração mais verdadeira e honesta que presenciei, e dessa vez pra mim. A entrega da chave do seu apartamento que é um passo gigante. Ainda mais pra ele que acabou de sair de um casamento. Todos esses passos haviam mexido muito comigo, estou ainda mais apaixonada pelo Guilherme do que imaginei que poderia ser possível, mas ele sempre consegue me surpreender e me deixar dessa maneira. Completamente apaixonada.

- Viajar é maravilhoso, conhecer outros lugares e muito bem acompanhada então! Só quero que tenha juízo, ao mesmo tempo que se permite se divertir. Depois desse semestre é merecido suas férias! – Diz. Para minha mãe é mais fácil entender o que estou vivendo ser um pouco mais permissiva que o meu pai, que faltou ter um infarto quando contei.  O problema não era viajar, e sim viajar com o Guilherme, mesmo com um pai tanto liberal em seu conceito. Estar dando um passo como esse quando ele ainda não investigou o suficiente, ou não encontrou o suficiente para ficar tranquilo. Acredito que com o tempo sua relação com o Guilherme será muito melhor.

- Eu sempre tenho juízo. Sou um pouquinho impulsiva, mas tenho juízo. Bastante! – Falo. Sei que é o seu jeito de demonstrar preocupação. Ela segura minha mão e sorri largamente.

- Eu olho pra você e lembro de mim na sua idade. Também agia por mero impulso. A primeira vez que seu pai me pediu em namoro, naquele tempo, não existia o termo ficar. E eu neguei. – Conta rindo se divertindo e faço o mesmo. Minha curiosidade se atiça ainda mais. 

- Tadinho do meu pai. – Defendo.

- Tadinho nada, seu pai era e confesso que é bastante cobiçado. Todas as garotas queria namorar com ele. Boa família, muito bonito e sempre charmoso. Eu ajudava minha mãe na casa dele quando nos conhecemos e ele insistiu bastante para sairmos e eu neguei. – Relata se lembrando ao passado. Fico ainda mais atenta. Eu sabia a estória deles dois, mas não do começo, sabia que meu pai se apaixonou por ela assim que a viu.

- O que fez a senhora mudar de ideia? – Pergunto.

- Ele insistiu, insistiu e eu acabei cedendo. Saímos pela primeiro vez e foi onde aconteceu o nosso primeiro beijo. Em frente a minha casa tinha uma arvore enorme e ele me beijou bem ali. Para que toda vez que eu visse a árvore me lembrasse dele e olha que funcionou. – Comenta. É inevitável não perceber o amor da minha mãe por ele.

- Eu acho lindo, mesmo depois de tantos anos vocês ainda se amarem tanto. – Afirmo. E eu quero que comigo e o Guilherme seja exatamente assim, que a gente passe anos e anos juntos e continue se amando imensamente.

I.M.P.U.L.S.O.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora