Capítulo Trinta e Quatro: Devassinha.

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Guilherme Brandão...

Ela segura a minha mão com mais força que o habitual. Confesso que dessa vez foi um pouco mais abominador a conversa com Pietro, e eu gosto da sua sinceridade, como fala o que pensa e não esconde nenhum pouco o desgosto de saber que a sua filha irá passar três dias comigo em uma das minhas Vinícolas. Eu compreendo. E com certeza eu faria o mesmo. Olho para o lado vendo como a Marina está deslumbrante com uma calça jeans cintura alta e um blusa curta de mangas que acompanha até o cotovelo. Seus saltos batem no chão sendo o único som audível até chegarmos em meu carro.

Abro a porta para ela que me agracia com um sorriso lindamente. Fecho a porta guardando as suas duas malas. Sento-me ao seu lado e volto a encará-la. Seguro a sua mão a beijando quando me inclino em sua direção, encosto minha testa na sua e sinto sua respiração tocar o meu rosto. Ergo o seu queixo tocando levemente seus lábios com os meus, quando não resisto, aprofundando o nosso beijo, sugo a sua língua. Levo minha mão para sua nuca a puxando, em busca de mais contato. Desço minha boca por seu pescoço depositando beijos, deslizando o nariz por ele sentindo o seu cheiro.

- Que saudade de você minha Devassinha. - Digo. E estou morrendo de saudades da sua companhia, da maneira como sempre me faz esquecer do mundo, de tudo e pudéssemos focar somente em nós dois.

- Também estou com saudades e vontade! - Exclama. Nossas testas encostadas uma na outra. Sua respiração voltando a se tornar calma e sigo o mesmo ritmo. Estou morrendo de vontade de aplacar a vontade que estou de sentir o seu cheiro, de ter mais intimudade de sentir o sabor de sua boceta em minha boca e de estar dentro dela, mas não seria aqui e agora. Já fechei o pacote de transas em lugares inapropriados. Mesmo sabendo que a mulher do meu lado não concorde exatamente com o meu pensamento.

- Vamos? Temos um percurso um tanto longo! - Respondo. Ela se inclina voltando a se sentar puxando o cinto de segurança. Ela me encara com um olhar sapeca e sorriso malicioso. Respiro fundo pisando no acelerador quando sigo para a pista privativa. Precisei de uma quando comecei a fazer inúmeras viagens a negócios, e os vôos comerciais não estavam atendendo a minha necessidade. E se tornou necessário para continuar o projeto que começou no papel.

Sempre carreguei essa caraterística comigo. Não consigo parar até ver pronto, bem feito e sou assim em tudo que me proponho a fazer.

O caminho está razoavelmente tranquilo, conseguimos chegar no horário marcado. O Tim vem em minha direção, o piloto que contratei há alguns anos para essas viagens. Mesmo sendo um lugar próximo não quero passar metade da noite dirigindo. Meus planos para a noite com a Marina são outros. Quero conseguir aproveitar cada segundo desses dias com ela ao máximo, mesmo não conseguindo me livrar totalmente do trabalho. Não importa o dia ou hora, o trabalho costuma me perseguir.

- Está tudo pronto Guilherme. - Avisa. Balanço a cabeça afirmando quando seguro a mão da Marina e caminhamos para o jatinho a nossa frente.

- Tenho que dizer que já estou amando a nossa viagem. Essa fuga de realidade sei que para um homem ocupado como você não é fácil se ausentar dessa maneira. - Comenta. Infelizmente não tão ausente como eu gostaria, mas o que pudesse fazer para lhe conceder atenção eu com certeza faria. Deposito um beijo em sua mão a ajudo entrar.

Chegamos por volta das seis e meia em uma das minhas propriedades e confessa que uma das minhas favoritas. Sou apaixonado por essa casa, sempre que conseguia estava aqui com os caras, mas depois acabei tendo que me ausentar me mudando completamente. É muito bom este de volta, principalmente quando a companhia é especial.

Olho para a Marina que está encantada com o lugar, seu sorriso e a maneira como olha cada detalhe. Não errei ao imaginar que ela se sentiria em casa aqui. A abraço pegando em meu colo e levando para dentro, quero lhe apresentar os cômodos da casa, na verdade um deles em especial.

I.M.P.U.L.S.O.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora