Marina Oliveira...
Remexo-me na cama sentindo o corpo do Guilherme atrás do meu. Mantendo meus olhos fechados, aninhando-me ainda mais em seu abraço. E aos poucos minha mente começa a trabalhar lembrando-me exatamente do que eu tinha dito para ele. As coisas que eu havia feito com as meninas e prometemos guardar segredo. Havia sido um momento nosso e mesmo os ciumentos dos nossos namorados não precisavam saber, porém eu tinha ido longe demais contando detalhes demais para o Guilherme. Meu corpo se retrai mostrando minha tensão e sim eu sabia que meu namorado estava acordado e se não tinha levantado ainda é por que vamos conversar.
Conversar sobre o que mesmo? O que tinha acontecido ontem, já era passado e não tinha a mínima de importância. O certo é esquecer o que eu disse e fiz. Simples assim. Mas no fundo eu sabia que não seria simples assim.
Não eu não vou mentir, mas também não poderia entrar em detalhes sobre tudo que aconteceu. Se ele sonhar que eu fui algemada mesmo em brincadeira, vou ter que lidar com um Guilherme rabugento e ciumento e não eu não preciso lidar com isso. Quem sabe um dia, em algum momento quando não for tão constrangedor dizer eu consiga relatar de uma maneira neutra tudo que tinha conseguido e quem sabe até vamos rir da situação. Pensando bem pode-se passar uma eternidade que o Guilherme não irá achar um pingo de graça disso.
Sinto seus braços me apertarem contra o seu corpo, seu rosto vagando pela minha nuca, inalando o cheiro da minha pele e cabelo. Fecho os olhos entregando-me a sensação de me sentir dele. Eu simplesmente não consigo explicar, toda vez que ele me toca, que está perto é nítido a maneira como meu corpo me entrega, minhas expressões ao olhar ao homem deliciosamente gostoso em meu lado faz com que eu sempre saiba pertencer a ele de alguma maneira e eu amo como o faz. Como de um jeito simples me faz ser apaixonada por ser imensamente entregue.
- Bom dia Devassinha. - Deseja. Morde a minha orelha. Meu corpo responde ao seu toque de imediato. Mas ainda estou morrendo de vergonha de ter que encará-lo. Depois da noite de ontem e do meu comportamento, não, meu comportamento foi o de menos, mas o que eu tinha dito, as minhas confissões mais sinceras. E pior eu referi a mim mesma como uma safada. Levo uma de minhas mãos ao meu rosto, respirando fundo. Antes que assimile tudo e ele sinta pronta para encará-lo, ele se vira ficando por cima do meu corpo.
O encaro, olhando para o seu belo rosto. Tento não morrer de vergonha, mas estou com toda vergonha do mundo. E não deveria, não sentir vergonha dele, com ele. Eu já tinha ultrapassado todos os limites de estar se sentindo envergonhada. Não somente por situações físicas, mas sim por nossas conversas, a confiança que sinto nele e de como eu nunca sentir essa conexão com ninguém. Em relacionamento nenhum!
- Bom dia Guilherme. Dormiu bem? - Indago. Ele mantém o olhar fixo em mim. Sua expressão parece muito mais suave do que eu esperava, não depois do que contei ontem. Ele desliza uma de suas mãos por meu rosto, afastando algumas mexas do meu cabelo. Lembro de manter o controle e de não falar nada antes que ele pergunte.
- Sim muito bem. E você? - Pergunta. Balanço a cabeça concordando. Ele se inclina virando para o lado e me puxando para ele, em seguida estou sentada em seu colo. Ele apoia suas costas na cabeceira. Desço meu olhar por seu corpo, e lembro-me de algumas questões que adiamos por conta da minha saída. Ergo minha mão tocando seu peitoral e descendo para sua barriga. Ele sorri de canto e segura a minha mão levando a boca e a beijando.
- Não vai me deixar te tocar? - Pergunto. Ele mantém seu olhar em mim e eu não faço a menor ideia do que se passa em sua mente. Sua expressão não está pesada, mas sua postura séria estar bem aqui. Lembro-me exatamente dela na nossa primeira conversa depois de um sexo maravilhoso. E de como conseguimos deixar algumas coisas definidas. E de como tudo começou. Ele respira fundo, antes de começar a falar.
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I.M.P.U.L.S.O.S.
RomansaDepois de passar pela experiencia de um casamento fracassado, Guilherme Brandão quer curtir, aproveitar cada momento perdido em dois anos. Mas nem tudo acontece como ele quer ao se esbarrar com Marina Oliveira uma jovem mulher impulsiva que age conf...
