I.M.P.U.L.S.O.S.

Capítulo Vinte e Três: Despidos.

Guilherme Brandão...

All along it was a fever
O tempo todo isso foi uma febre
A cold sweat hot-headed believer
Uma pessoa nervosa, crédula, impulsiva
I threw my hands in the air and said: Show me something
Eu joguei minhas mãos para alto e disse: Mostre-me alguma coisa
He said: If you dare, come a little closer
Ele disse: Se você se atreve, chegue mais perto

Tinha simplesmente conseguido me controlar, muito mais do que achei que seria capaz, mas acabei vindo parar em frente da sua casa, para ter certeza que ela chegaria bem e juro que fiquei muito mais tranqüilo quando a vi passar com o carro, chegando segura. Juro que respirei aliviado, mas ainda assim não consegui voltar para casa, eu queria ver a Marina, poderia ter abordado o seu carro, ao menos ganhando um beijo de boa noite e conversado um pouco, mas achei melhor deixar que ela descansasse, imagino que o seu dia tenha sido corrido e cansativo e pelo horário ela deveria mesmo descansar, mas antes que saia. Ela me liga. Olho para imensa casa a minha frente e atendo o celular desejando imensamente vê-la de alguma maneira.

Respiro fundo ao encerrarmos a ligação.

Eu tinha pedido para vê-la. Estamos nos colocando em risco e não quero ser apresentado a sua família dessa forma, vindo à uma hora dessas. Saio do carro, seguindo para o portão aberto. Sigo para onde a vejo lindamente. Seu sorriso me enlouquece, faz com que perca qualquer resquício de racionalidade. Ela vem em minha direção pulando em cima de mim, a aperto em meu corpo, sinto o seu cheiro, misturado ao seu perfume que se tornou o meu favorito. Minha vontade é de não soltá-la nunca mais. E se depender de mim, não largo nunca mais. 

Nunca imaginei que eu poderia simplesmente estar passando por algo parecido. Tinha esquecido completamente quando foi a ultima vez que eu entrei na casa de uma garota escondido, com certeza estava em minha adolescência. E agora estou passando pela mesma situação, quando sou um homem feito. Tudo por que não consigo simplesmente controlar a vontade que eu sempre tenho dela. Não estava errado a Marina significa um perigo enorme. Com ela não consigo me manter controlado, seguro e agir racionalmente, estou sendo totalmente oposto. Do que já fui um dia, não há nenhum resquício do homem que eu achei que era, até conhecê-la e me fazer ficar de joelhos.

- Vem comigo. – Chama assim que a coloco no chão. Seguro a sua mão enquanto me guia. Sua casa é enorme, seguimos para uma varanda, subimos uma pequena escada que dava em outro andar, ela me olha passando pela janela e faço o mesmo. Não imaginei que a minha noite terminaria comigo no quarto dela. Fecho a janela e puxo as cortinas brancas notando como seu quarto é bem refletido nela, seu quarto é uma mistura de rosa e branco, o forro da sua cama é na tom de uma rosa bebe, com algumas almofadas em cima da sua cama. O teto é embutido com algumas luzes, o tapete felpudo que acompanha a metade do quarto e uma estante com livros, troféus de natação. E fico impressionado confesso. Não imaginei que ela tivesse mais algum talento guardado. 

Round and around and around and around we go
Dando voltas e mais voltas e mais voltas e mais voltas nós vamos
Ohh, now tell me now, tell me now, tell me now, you know
Oh agora me diga, agora me diga, agora me diga o que você sabe

- Seu quarto é muito fofo e estou me sentindo um pervertido por estar aqui. – Comento. Ela vem em minha direção sorrindo, entrelaça os braços em volta de mim. Ergue o rosto me encarando. Sendo totalmente sincero com esse cenário ela ainda fica mais menina. E eu me sinto ainda mais culpado por estar aqui nessas condições.