Capítulo Vinte e Quatro: Não Brinque Comigo.

2.8K 297 11
                                    

Acordo pela manhã. Espreguiço-me na cama e confesso que queria o Guilherme nela comigo ainda, mas o nosso momento de ontem havia sido simplesmente mágico, eu nunca me senti tão ligada com alguém como me sinto com ele, mexo um pouco sentindo a maciez do coxão e do lençol antes de levantar da cama, de imediato ouço batidas. Sorrio por que eu já sei quem é. Levanto animada a abrindo quando vejo minha família. Sorrio ao ver todos reunidos, meu pai segura um bolo de chocolate com velinhas e sinto-me tão menina, a sensação de quando eu ainda era criança e a nostalgia me invade. Eles entram cantando parabéns,levo a mão ao rosto envergonhada cantando junto.

Assim que terminam recebo os abraços de todos e as felicitações de cada um, sou muita grata por ser amada dessa maneira, por ser privilegiada dessa maneira. E eu amo cada um deles. O bolo de chocolate que está com a cara maravilhosa que eu vou me dá ao luxo de comer agora mesmo. Daninha corta os pedaços enquanto recebo presentes, como se todo esse carinho já não fosse o suficiente, sento-me na cama quando o Cosme me entrega uma caixa, sorrio abrindo o dele é uma trilogia da Jenny Han. Por isso que ele estava sondando-me perguntando quais seriam os próximos livros que eu gostaria de ler, o abraço agradecendo muito. Em seguida o Gabriel que me entrega uma caixa pequena, o abro vendo um relógio rosé um mimo, sorrio para ele que me puxa em um abraço apertado.

Em seguida o meu pai que me entrega uma caixa também com um colar lindo, com par de brincos combinando e já usaria hoje mesmo. Em seguida a Daninha me entrega uma caixa do meu perfume favorito a encaro sorrindo agradecendo. Sou muito mal acostumada. Minha mãe entra no quarto com uma caixa enorme, eu a encaro desconfiada quando vejo o vestido lindo que eu queria, mas que não quebraria a minha promessa de não comprar nada desnecessário até usar tudo que estivesse em meu armário, mas como esse estava sendo de presente não tinha mal algum.

- Vou ficar mal acostumada dessa maneira. Não sei dizer do qual gostei mais. Obrigada eu amo muito vocês. – Digo. A Daninha nos serve com o bolo onde todos se sentam em volta de mim e conversamos animadamente sobe o jantar para comemorar o meu aniversário e a sensação de felicidade que estou sentindo não tem tamanho. O Cosme diz que não tinha como ir por que teria que cuidar da neta e até parece que eu permitiria algo assim e queria muito ver a Liz queria saber se ela ainda lembra de mim.

Depois de ser mimada a esse grau, meu pai e meu irmão seguem para o escritório a daninha diz que vai preparar o meu café de verdade, o Cosme também segue para os compromissos e fico sozinha com a minha mãe. Ela me encara estudando-me. Respiro fundo, sorrindo pensando longe. Sinto que ela quer me dizer algo, na verdade que vai me dizer algo e fico alarmada desde já!

-Marina eu te amo muito e não existe ninguém que queira seu bem mais que eu. E antes de ser sua amiga eu sou sua mãe e tenho que me comportar como tal! – Exclama. Balanço a cabeça assentindo e me mantenho atenta a tudo que ela pretende dizer. Mordo o lábio inferior incerta aguardando qual será a bronca que vou levar, ou algum ensinamento importante.

- Continuando, ontem eu vi a visita que você encontrou no jardim e trouxe para o seu quarto, eu sei que você é impulsiva que na maioria das vezes não pensa, e eu confio em você e na criação que te dei e foi só por isso que eu não bati na porta do seu quarto e o mandei embora. Por que eu tenho certeza que você não faria nada que fizesse seu pai ter um infarto. – Comenta. Ainda bem que estou sentada, por que com certeza eu teria desmoronado. Engulo em seco sentindo um frio na barriga crescer a cada segundo mais. Ela tinha presenciado a cena de ontem. Eu não estou arrependida e claro que não diria isso agora, até por que ela sabe que eu não estou, ela me conhece.

- E se fosse seu pai Marina? Ele com certeza ia matar quem quer fosse ontem ali com você. – Completa. Eu sei disso, nenhum pai quer ver a filha levando o namorado para o quarto, tudo bem com a filha dos outros, mas com a deles não. Marina essa não é a hora de ir por essa linha de raciocínio, eu preciso de uma defesa e bons argumentos para que ela ao menos consiga entender um pouquinho a minha atitude. Deveria ter seguido Advocacia. Ao menos saberia me defender em casos como esse.

I.M.P.U.L.S.O.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora