Capítulo Sessenta: Conversa Séria.

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Marina Oliveira...

Eu já deveria estar acostumada com a presença física do Guilherme, é um metro e oitenta de músculos muito bem definidos por seu corpo, que ainda bem sou a beneficiaria. Mas ele estava mesmo parecendo furioso. Seus olhos pairados na cena em sua frente que não tinha nada demais. Eu estava apenas conversando com o meu cunhado, que por hora, eu diria que é legal, bonito. Mas não chega aos pés do meu Guilherme e pela sua expressão parece que acabou de pegar uma cena pesada. Estou tentando me controlar, para não pular em cima dele. Até por que qualquer movimento e uma fera será solta.

- Você não tinha dito que ele tinha melhorado! Por que pelo visto parece que ele quer me matar e eu sequer fiz nada. - Fala. Percebo a respiração ofegante que o Guilherme dá em minha direção, enquanto o Nicolay, tem um sorriso bem provocador na boca. Ele está implicando com o irmão, e mesmo que a ideia de entrar na onda e provocar só um pouquinho o meu lindo noivo me tentei, uso o bom senso e é melhor evitar lidar com um Guilherme com raiva, por mais sexy que ele fique.

- A porra que você não fez nada. E o que tanto cochicha no ouvido dela? - Indaga. Estou mesmo me segurando para não rir, como o Guilherme não consegue enxergar que é mera provocação da parte do seu irmão. O Guilherme desliza o braço pela minha cintura me puxando para mais perto dele. O encaro brava, mas ele não parece não notar, era só o que me faltava, ele está mesmo possesso de raiva do irmão.

- Estava apenas conversando. Cumprimentado a minha cunha...

- Pronomes possessivos em relação a MINHA MULHER de forma nenhuma. - Ressalta. Juro que eu deveria estar achando um absurdo toda essa cena do Guilherme que diga-se de passagem é completamente desnecessária. Mas esse seu ciúme chega a ser tão ridículo que chega a ser engraçado. Estou me segurando para não rir, por que se começar eu não paro mais e eu estou super apertada para ir no banheiro. Esse era o meu objetivo principal aqui.

- Reformulando a frase irmãozinho ciumento, estava cumprimentando a sua mulher que você quer queira ou não é minha cunhada. - Fala. Parecem duas crianças. O Guilherme está um passo de voar no pescoço do Nicolay, que está se divertindo horrores. Não entendo como o homem maduro, inteligente e completamente competente que é um grande empresário, estar aqui perdendo a cabeça por causa de uma única palavra.

- Nicolay não me testa. Eu me aposentei, mas não me importo nenhum pouco de te transformar em pedacinhos. - Afirma. Um arrepio involuntário percorre a minha espinha. Eu só posso estar louca, estou ficando excitada com um tom de voz? Mordo meu lábio inferior olhando para o Guilherme que tem toda a sua atenção para o seu irmão.

- Escuta aqui as duas crianças. Eu vou no banheiro e já volto. Não quero ameaças e nem provocações eu fui clara? - Pergunto saindo do abraço do meu noivo gostoso, coloco as mãos na cintura olhando para os dois. Ambos me encaram e concordam com a cabeça.

- Eu não ouvi. - Digo colocando ordem na bagunça.

- Sim senhora. - Falam em uníssono. Sorrio satisfeita me virando para ir no banheiro, antes que eu realmente faça mesmo xixi aqui. Antes que eu me afaste escuto...

- Mandona. Agora fiquei com pena de você G. - Brinca o Nicolay. Logo eu que sou um amor. Não consigo ouvir a resposta do Guilherme, já que estou mesmo com uma grande emergência.

Sigo para o banheiro feminino, entrando na cabine, tem duas garotas no espelho terminando a maquiagem, enquanto tem outra parada na porta dando lição de moral em outra garota suponho que provavelmente tinha bebido demais e deveria estar colocando tudo para fora. Sigo o meu caminho até a ultima cabine, subo um pouco a sai do vestido e me sento no vaso, o quão louco o Guilherme ficara se sonhasse que sair de casa sem colocar uma calcinha?

I.M.P.U.L.S.O.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora