Marina Oliveira...
Eu já deveria estar acostumada com a presença física do Guilherme, é um metro e oitenta de músculos muito bem definidos por seu corpo, que ainda bem sou a beneficiaria. Mas ele estava mesmo parecendo furioso. Seus olhos pairados na cena em sua frente que não tinha nada demais. Eu estava apenas conversando com o meu cunhado, que por hora, eu diria que é legal, bonito. Mas não chega aos pés do meu Guilherme e pela sua expressão parece que acabou de pegar uma cena pesada. Estou tentando me controlar, para não pular em cima dele. Até por que qualquer movimento e uma fera será solta.
- Você não tinha dito que ele tinha melhorado! Por que pelo visto parece que ele quer me matar e eu sequer fiz nada. - Fala. Percebo a respiração ofegante que o Guilherme dá em minha direção, enquanto o Nicolay, tem um sorriso bem provocador na boca. Ele está implicando com o irmão, e mesmo que a ideia de entrar na onda e provocar só um pouquinho o meu lindo noivo me tentei, uso o bom senso e é melhor evitar lidar com um Guilherme com raiva, por mais sexy que ele fique.
- A porra que você não fez nada. E o que tanto cochicha no ouvido dela? - Indaga. Estou mesmo me segurando para não rir, como o Guilherme não consegue enxergar que é mera provocação da parte do seu irmão. O Guilherme desliza o braço pela minha cintura me puxando para mais perto dele. O encaro brava, mas ele não parece não notar, era só o que me faltava, ele está mesmo possesso de raiva do irmão.
- Estava apenas conversando. Cumprimentado a minha cunha...
- Pronomes possessivos em relação a MINHA MULHER de forma nenhuma. - Ressalta. Juro que eu deveria estar achando um absurdo toda essa cena do Guilherme que diga-se de passagem é completamente desnecessária. Mas esse seu ciúme chega a ser tão ridículo que chega a ser engraçado. Estou me segurando para não rir, por que se começar eu não paro mais e eu estou super apertada para ir no banheiro. Esse era o meu objetivo principal aqui.
- Reformulando a frase irmãozinho ciumento, estava cumprimentando a sua mulher que você quer queira ou não é minha cunhada. - Fala. Parecem duas crianças. O Guilherme está um passo de voar no pescoço do Nicolay, que está se divertindo horrores. Não entendo como o homem maduro, inteligente e completamente competente que é um grande empresário, estar aqui perdendo a cabeça por causa de uma única palavra.
- Nicolay não me testa. Eu me aposentei, mas não me importo nenhum pouco de te transformar em pedacinhos. - Afirma. Um arrepio involuntário percorre a minha espinha. Eu só posso estar louca, estou ficando excitada com um tom de voz? Mordo meu lábio inferior olhando para o Guilherme que tem toda a sua atenção para o seu irmão.
- Escuta aqui as duas crianças. Eu vou no banheiro e já volto. Não quero ameaças e nem provocações eu fui clara? - Pergunto saindo do abraço do meu noivo gostoso, coloco as mãos na cintura olhando para os dois. Ambos me encaram e concordam com a cabeça.
- Eu não ouvi. - Digo colocando ordem na bagunça.
- Sim senhora. - Falam em uníssono. Sorrio satisfeita me virando para ir no banheiro, antes que eu realmente faça mesmo xixi aqui. Antes que eu me afaste escuto...
- Mandona. Agora fiquei com pena de você G. - Brinca o Nicolay. Logo eu que sou um amor. Não consigo ouvir a resposta do Guilherme, já que estou mesmo com uma grande emergência.
Sigo para o banheiro feminino, entrando na cabine, tem duas garotas no espelho terminando a maquiagem, enquanto tem outra parada na porta dando lição de moral em outra garota suponho que provavelmente tinha bebido demais e deveria estar colocando tudo para fora. Sigo o meu caminho até a ultima cabine, subo um pouco a sai do vestido e me sento no vaso, o quão louco o Guilherme ficara se sonhasse que sair de casa sem colocar uma calcinha?
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I.M.P.U.L.S.O.S.
Roman d'amourDepois de passar pela experiencia de um casamento fracassado, Guilherme Brandão quer curtir, aproveitar cada momento perdido em dois anos. Mas nem tudo acontece como ele quer ao se esbarrar com Marina Oliveira uma jovem mulher impulsiva que age conf...