I.M.P.U.L.S.O.S.

Capítulo Cinquenta: Ansiedade.

Guilherme Brandão...

Ainda não tinha conseguido assimilar o que estava acontecendo. A Marina realmente estava aqui, comigo, me abraçando como se a sua vida dependesse disso? Por que eu sentia que a minha dependia, seus braços entrelaçam em meu pescoço puxando-me para ela. Como se todo contato físico ainda não fosse suficiente e sendo a porra de um honesto não era. Meu coração está estupidamente acelerado. É como se dessa vez, ela estivesse decidida a ficar e não estivesse agindo somente por impulso, mas tinha algo urgente em suas palavras. Eu havia tentado me comunicar com ela o dia inteiro, na verdade a dias, queria que soubesse o quanto eu sinto á sua falta, mas só de estar aqui agora com ela é como tudo se tornasse minúsculo.

Mesmo estando praticamente nua, ela está aqui. Não poderia esperar menos. Já que quando decide fazer algo, faz de maneira imediata. Ela ainda está em meu colo, e sou incapaz de soltar e por Deus que ela não me pedisse isso, por que sinto que meu egoísmo não permitiria. Não permitiria que eu a deixasse, não conseguiria viver sem saber que ela tinha vindo para ser minha, não somente por hoje, mas todos os dias. Eu sei que ela ainda está confusa, que não sabe realmente se sou inocente daquela merda toda. E por mais que eu a queira, queira demais, eu não posso submetê-la a estar comigo sem confiança. Ela nunca viveria em paz, mesmo que nunca desse motivos, ainda assim sempre surgiria uma dúvida e por amá-la da maneira que eu a amo, não posso ver seu brilho se apagar ainda mais.

- Vai me deixar? – Indaga em sussurro. Balanço a cabeça em negativa. Eu nunca a deixaria. Até por que exigia forças que eu não tenho, um controle que havia sumido há mais tempo do que eu gostaria. Me envolver com a Marina foi uma escolha  que não conseguir evitar , e foi a melhor escolha da minha vida, eu ainda consigo lembrar-me perfeitamente de como ela caminhou segura e confiante, fodidamente sexy dentro de um vestido curto, justo e que fez qualquer homem virar para poder admirar a sua beleza, e quando parou em minha frente, sem vacilar eu já deveria ter percebido ali. Que não tinha como, viver sem ela.

- Eu nunca deixaria você. Nunca deixei você. Você é a mulher da minha vida, e você querendo ou não ocupar esse espaço, ele sempre será seu. – Afirmo a apertando ainda mais contra o meu corpo, ela suspira e percebo que está prestes a chorar. A última coisa que eu desejo é que a Marina chore, pelo menos não pelos motivos errados. A próxima vez que visse lágrimas brotarem em seu rosto seria de felicidade.

- Querendo ou não? Eu nunca deixei de ser sua. Eu nunca deixei de pertencer a você e olha que eu realmente tentei. – Fala. Eu sei que não deveria estar me apegando a detalhes, mas como assim ela realmente havia tentado?

- Tentou como? – Pergunto. Ela beija o meu pescoço quando desliza por meu corpo descendo do meu colo. A verdade é que a gente não deveria estar conversando, ao menos não agora, estou morrendo de vontade de beijá-la, de sentir seu corpo de novo no meu, gravar seus gemidinhos roucos capazes de me levarem do inferno ao paraíso em questão de segundos.

- Não dessa forma que você está pensando, claro que passou pela minha cabeça em transar com outro cara, qualquer um. Mas eu não conseguia eu sequer queria outro tocando em mim. A verdade é que sempre vai ser você. Guilherme Brandão você é o único que me faz sair de casa de roupa de dormir, que faz meu corpo se acender o único que faz meu coração acelerar e o único homem que eu quero. – Diz, ela limpa as lágrimas que escorrem por seu lindo rosto. Dou um passo em sua direção eu a quero demais. Ela ergue uma das mãos impedindo que eu me aproxime e respeito sua vontade.

- Eu preciso falar tudo antes que eu me esqueça e tenhamos que resolver amanhã. Quero esclarecer tudo de uma vez. – Fala. Ela respira fundo e volta a me olhar nos olhos, por mais que perceba um certo nervosismo, é notável que está certa do que veio fazer aqui e eu morro só de pensar que possa ser a nossa última vez juntos.