Capítulo Cinquenta e Sete: Embate.

1.8K 213 39
                                    

Guilherme Brandão...

Estaciono o carro na frente do consultório da Ana e espero a Marina sair, pego meu celular ligando, mas está dando ocupado. Mando uma mensagem avisando que estou a sua espera. Mas o que acontece é o que me alarda, vejo um outro carro estacionar um pouco mais a minha frente e eu conheço bem esse veículo, é do imbecil do Calebe. Ele realmente não sabia ouvir a porra de um não? Não sabia que a Marina não está interessada, que ela já tinha dito milhares de vezes que não está interessada. E ainda assim está aqui para tentar mais uma vez. Respiro fundo em busca de uma calma que eu já não tenho e se ele não sabe o significado da palavra não ele saberia agora, ou ele acha mesmo que vai dá uma de Talles e eu vou fingir que não estou vendo?

Saio do carro seguindo o mesmo caminho que ele, era só o que me faltava. Adentro pelo estacionamento, ele caminha a passos apressados, juro que meu intuito realmente era ter uma conversa de homem para imbecil com ele mais tarde, mas estou vendo que ele quis adiantar. Noto quando a Marina surge e ele para a poucos centímetros longe dela. Malditos centímetros, ela toma um susto quando o ver e simplesmente se afasta. Essa é a minha garota. Eu sei que posso deixá-la resolver essa situação, mas convenhamos que temos pouco tempo e eu não quero perder a tranquilidade.

– Somente assim para falar com você! – Exclama ousado demais para o meu gosto. A Marina me ver assim que eu paro atrás do imbecil e mantém seus olhos fixos em mim. Como se soubesse o que estou pensando, se ela estava achando que eu queria matá-lo, ela não estava errado. Só teria que me certificar qual morte, uma morte rápida e sem sujeira ou uma morte lenta, com muita dor e sofrimento. Estou sendo loucamente tentado pela segunda. Ele se vira percebendo o olhar da Marina atrás dele.

– Você quem é? – Pergunta ele me encarando. Eu não podia acreditar que eu estava mesmo escutando isso. A Marina caminha para o meu lado, apoiando sua mão em meu braço, tentando apaziguar qualquer situação. Sendo que eu ainda estou quieto, não fiz absolutamente nada.

– O noivo da Marina. É tudo que precisa saber, então você pode me explicar o que está fazendo aqui? Melhor deixa que eu adivinho, está a sediando ainda mais? – Indago dando um passo em sua direção. O aperto em meu braço se torna ainda mais firme. Ele sorri de canto tirando as mãos dos bolsos.

– Eu não estou assediando a Marina, e não sabia que vocês tinham reatado, até o que me constava é que vocês haviam terminado. – Comenta. Ele olha de mim para Marina como se esperasse uma resposta dela.

– Se não está assediando. Eu posso saber por que porra eu estou tendo que lidar com você pela segunda vez? – Questiono. Ele volta a olhar pra mim, ele está alarmado, talvez por perceber que estou a um fio de parti-lo ao meio.

– Calebe eu e o Guilherme voltamos, vamos casar em breve. E supondo que esteja, deve querer falar comigo. – Menciona ainda tentando ser a pacificadora desta conversa.

– Sim, queria conversar, mas estou vendo que está de saída , nos falamos depois. – Esclarece eu sabia exatamente do que se tratava. Ele queria continuar sonhando esperando uma oportunidade que seja para continuar com as insinuações.

– Claro! Vamos? – Chama ela me encarando. Eu ainda não tinha terminado a minha conversa com o imbecil. E não deixaria depois.

– Marina me espera no carro, eu prometo que não vou demorar. – Acrescento, sua expressão muda se tornando desconfiada. Eu não iria matá-lo aqui. Eu sei ser cauteloso.

– Guilherme eu pensei que estivesse com pressa! – Exclama. Seguro seu queixo com a mão mantendo nossos rostos pertos.

– Eu prometo Devassinha que eu não vou demorar. Só quero conhecer melhor o Calebe. – Digo. Ela balança a cabeça, entrego a chave do carro e espero que se afaste. Assim que percebo que ela está longe o empurro para parede pressionando o seu corpo contra a ela, o seguro pelo colarinho da camisa.

I.M.P.U.L.S.O.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora