Capítulo Quarenta e Oito: Dando um Tempo.

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" Feliz dia das mães para todas as mamães... 😘😘😘"

Guilherme Brandão...

Ainda estava sentindo uma dor insuportável, mas como a minha enfermeira disse eu merecia por ter saído nas condições que me encontrava e a vi conversando com a Marina na porta do meu quarto, eu realmente queria estar prestando atenção no que deviam estar falando ao meu respeito provavelmente, mas essa maldita dor tinha decidido se alastrar por todo meu corpo, ou talvez por que a anestesia não tinha tido nenhum efeito. Então com a troca de curativos, e uma nova sutura, já que nas palavras da general-enfermeira Glória eu tinha feito movimentos desnecessários. Mas eu tinha assuntos para resolver e não conseguiria ficar tranquilo até conseguir. Precisei da ajuda do Daniel para me tirar de casa e agradeci por não ter me questionado o fato de me deixar na casa da Marina.

E foi onde provavelmente a sutura havia sido aberta, eu realmente não imaginei que alguns movimentos fosse capaz de piorar dessa maneira o meu estado. Eu ainda continuo me achando muito bem, mas a dor havia se tornado insuportável e eu já não sabia mais o que fazer para que a dor diminuísse. Só que ainda vinha a pior parte, eu e a Devassinha teríamos que ter uma conversa da qual não sei como ela irá reagir, mas só o fato dela estar aqui, comigo, mostra que mesmo que me ache um idiota seu sentimento continua o mesmo. Ela ainda me ama como ouvi dizer em seu quarto e não vou e não pretendo desistir dela. E não depende do meu querer, a Marina é uma necessidade.

Fecho os olhos tentando relaxar, como alguém com dor pudesse relaxar. Mas não tenho muito escolha...

- Concordo com a Glória você é um irresponsável. – Fala minha voz preferida. Abro os olhos vendo a Marina sentada ao meu lado. E nossa como ela está linda, seus cabelos preso em um coque frouxo, usando uma das minhas camisetas e de como fica grande nela,  seus olhos estão sem o costumeiro brilho que eu sempre via, desde a primeira vez que eu vi a Marina tem uma energia intensa que exala dela, um brilho que está presente em seu sorriso, em seu olhar e agora simplesmente desapareceu e tecnicamente eu sou o culpado de tudo isso, no seu ver sou o responsável, o pior dos homens. Pensar nisso me deixa ainda mais apreensivo.

- Já te expliquei eu realmente precisava te ver. – Respondo evitando me movimentar muito, mas estou tanto tempo longe dela que tudo que eu queria poder fazer era tocá-la, estou com uma vontade tremenda de beijá-la, porém estou com medo de fazer qualquer coisa e ela vá embora e só de ela estar aqui já é perfeito. Ter a Marina aqui comigo de novo, mesmo que seja apenas por preocupação me faz me sentir mais aliviado, ainda mais depois que vi ela chegando com aquele imbecil do Calebe. Infelizmente eu não consegui ouvir o que eles disseram, mas queria. Queria muito na verdade, sei que houve insinuação da sua parte.

- Ainda assim, não poderia sair do hospital e ir até a minha casa, a Glória me explicou que sua operação foi muito delicada que poderia ter morrido. Já parou para pensar que essa sua rebeldia tardia poderia te fazer voltar para o quadro de risco novamente. – Menciona. Eu não deveria estar gostando de ouvir reclamação, mas dela eu poderia ouvir qualquer coisa que eu não me importaria. Sei que é a sua preocupação falando mais alto. Sorrio de canto sentindo uma satisfação tomar conta de mim, fazendo até me esquecer dessa maldita dor.

- É exagero. Amanhã acordarei novo em folha pronto para outra! – Exclamo. Ela me lança um olhar capaz de fazer ficar quieto, não é o momento para fazer piadas. Ainda mais sobre um assunto delicado.

- Como tudo aconteceu? – Indaga. Eu tinha que contar e esperar que a Marina me desse o credito da dúvida. Que deixasse a mágoa de lado e agisse de maneira racional. Que enxergasse como tudo vinha ocorrendo. E que não decidisse ir embora, eu não sei o que faria se ela decidisse sair daqui.

I.M.P.U.L.S.O.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora