Capítulo Dois: Arrependida?

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Marina Oliveira...

Minha cabeça doía demais e o enjôo ainda era pior. É por essas coisas que eu deveria parar de beber, mas ontem eu precisava curar a mágoa ainda mais depois de ter tido uma briga feia com o meu namorado e terminarmos. É comum que casais discutam e falem o que não queiram, mas depois tudo se acerta, espreguiço-me, preciso muito de um café forte e bem quente sem um pingo de açúcar, meus olhos estão pesados e piscam conforme vou despertando. Quando acordo de verdade vou notando que esse quarto não é meu e de ninguém que eu conheça.

- Não! – Exclamo ao lembrar dos acontecimentos de ontem. Mil vezes não! Por favor que nada que venho a minha mente tenha acontecido. Aquela pessoa não sou eu, tem que ser alguma ilusão da minha cabeça. Puxo o edredom para ter certeza que minha roupa estar aqui, respiro aliviada ao perceber que estou vestida, mas ainda estou surtando eu traí meu namorado ontem. Fiz um oral em um desconhecido e ainda deixei que me trouxesse para sua casa. Eu de fato não estava em mim, além de álcool o que tinha em minha bebida?

Levanto-me da cama e noto a parede de vidro que dá de vista para cidade, ainda não tem nenhuma decoração especifica o dono parece não se importar muito com isso, aliás, cadê o dono da casa que não dormiu aqui? Pego meus saltos e passo a mão por meu cabelo mesmo sabendo que nada vai adiantar com certeza minha maquiagem já está toda borrada fora a metade que ficou no travesseiro só preciso sair daqui. Caminho de fininho saindo do quarto, desço as escadas que levam para sala e vejo o homem que assombra os meus pensamentos. Ele está deitado no sofá e é impossível não notar os músculos dos braços e a barriga a mostra bem definida, e noto algumas cicatrizes parece um anjo de lindo, parece tão sereno e tranquilo que é de dá inveja a qualquer um. 

- Que homem gostoso. – Sussurro pra mim mesma. Marina o que é isso? Você tem um namorado que é muito gostoso também e a quem devo um pedido de desculpas e uma longa explicação. O que foi que eu fiz? Dou mais uma analisada e saio daqui antes que ele acorde e me ache uma maluca por estar aqui babando em cima dele. Por que eu sou assim tão impulsiva? Custa pensar um pouquinho? Com certeza preciso de conselho e já sei até quem vou socorrer.

Pego o primeiro táxi que vejo passo o meu endereço e começo a chorar. Eu não devia ter saído de casa, me conhecendo do jeito que fico depois que eu bebo eu deveria ter ido dormir e esperar que as coisas se resolvessem, e agora eu corro sério risco de acabar com a única relação madura que já tive e que estou tentando fazer que dê certo, mas na primeira oportunidade eu fiz a pior das besteiras. Preciso da Lena. Ela sempre tem os melhores conselhos e não é atoa que é a melhor da sala e por sorte minha melhor amiga.

Chego em casa e queria passar despercebida, mas o Cosme já está de pé, ele está aqui desde que me entendo por gente é o motorista do meu pai, na verdade mais da minha mãe e eu o amo sempre com um sorriso a oferecer.

- Bom dia menina. – Deseja.

- Bom dia Cosme. – Respondo dando um beijo em seu rosto e querendo sair daqui o mais rápido possível preciso de um banho e conversar com o Erick não foi justo o que eu fiz. Apresso os passos e aproveito que tudo está silencioso para ir pro meu quarto, subo as escadas torcendo que meus pais ainda estejam dormindo eu não quero receber nenhum sermão a uma hora dessas da manhã.

Entro no quarto e vou direto para o banheiro arranco o vestido e a calcinha e tiro o absorvente O.B jogando fora e sigo para debaixo do chuveiro sentindo os jatos de água cair em mim, como eu deixei isso acontecer? Sem querer segurar as lágrimas começo a chorar. Por que eu me esbarrei naquele cara eu já estava saindo da boate mesmo, até que me esbarrei no loiro de olhos azuis a boca rosada e a cara de mal e fora o jeito que me encarava como se eu fosse a mulher mais linda de todo o lugar, nunca ninguém me desejou tanto como ele fez, praticamente me comeu com os olhos e confesso que gostei da sensação de poder que me invadiu e acabei esquecendo das conseqüências, esqueci que eu não estava livre e fiz a besteira. Estava carente, com raiva e ainda fui ingerir álcool, não que minha atitude tenha justificativa, mas eu não devia mesmo ter feito isso com o meu namorado ele não merecia. E o pior é que eu não consigo tirar o loirinho da minha cabeça, eu estou arrependida, mas ao mesmo tempo encantada com a beleza dele. Por favor, alguém me entende, por que eu mesmo já desisti. 

I.M.P.U.L.S.O.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora