Oi! Quem é vivo sempre aparece, não é mesmo?
Ando demorando pra postar porque decidiram jogar todos os vestibulares pro mesmo mês, aí já viu como é né... Tô fazendo o melhor que consigo nas atuais circunstâncias.
Mas já adianto que em fevereiro eu >>>talvez<<< faça uma maratona pra poder compensar. Enquanto fevereiro não chega, peço um pouquinho de paciência.
Sem mais delongas, bom capítulo!
~//~
O ponteiro médio do relógio da sala da loira se movia devagar, girando em seu próprio eixo num movimento pausado, de modo que a cada pequena movimentação regida pelo passar de um segundo um ruído mais do que familiae para os ouvidos da moradora da casa se fazia audivel.
Tique, taque, tique, taque, tique, taque, soava o velho relógio. Tique, taque. Tique, taque. Tique, taque, ressoava o som do tempo dentro da cabeça da loira. Tique. Taque. Tique. Taque. Tique. Taque.
A psicóloga havia se levantando juntamente com o Sol naquele sábado e estava ao lado do relógio desde então, ouvindo o ponteiro dos segundos soar e sentindo o tempo passar o mais lentamente possível. Marcela estava ansiosa, e isso fazia o tempo parecer se arrastar, como se o dia se recusasse a correr e tivesse decidido engatinhar. As horas pareciam mais longas, os minutos intermináveis e os segundos cada vez mais extensos. Tudo que a mulher queria era ver o menor ponteiro do objeto apontando para o número doze, porém ele parecia ter decidido estacionar no onze.
A loira planejava ligar para seu amigo, porém estava aguardando um horário minimamente aceitável para faze-lo, afinal, era sábado, ela não poderia telefonar para o colega de trabalho de manhã e esperar que ele fosse atender. Então lá estava ela, desde o momento em que havia acordado, esperando as horas passarem pra fazer uma ligação.
Nesse momento a psicóloga se encontrava andando pra lá e pra cá, pensando em como e o que contar para o psicólogo. Ela já havia cogitado esconder seu erro de ter vendido um trabalho que não oferecia do loiro, porém isso estava fora de cogitação. Se Daniel fosse mesmo assumir o caso de Gizelly, ele tinha de estar ciente de tudo, até mesmo de sua falta de profissionalismo e impulsividade. A única parte que ela preferia omitir era que havia ficado com a morena enquanto a atendia, esse não era um erro que precisava ser comentado.
Quando o menor ponteiro do relógio finalmente aponta para o doze, a loira pega seu celular e procura pelo contato do psicólogo. Marcela respira fundo, tomando coragem e inciando a chamada.
Após dois ou três toques, a voz do loiro finalmente pode ser ouvida.
— Alô?
— Alô, Dani? É a Marcela!
— Oi Mar! — O loiro fala sorrindo. — Quanto tempo.
— É mesmo... — A loira fala se sentindo levemente culpada por só ter ligado pra ele por precisar de ajuda. — Como você tá?
— Tô bem, e você?
— Bem também.
— O que manda?
— Bom, eu preciso da sua ajuda Dani. — A psicóloga fala receosa.
— Se estiver no meu alcance, eu tô 100% disposto a te ajudar.
— Então, eu tô atendendo uma paciente que tem um caso, bem, delicado. — A loira fala utilizando a melhor escolha de palavras que consegue. — Eu preciso repassa-la pra alguém, e você é a única pessoa em que confio o suficiente pra isso.
— Certo. — O homem fala assumindo um tom de voz mais sério e Marcela engole em seco. — O que há de "delicado", exatamente?
— É uma mulher que veio até mim procurando por algum tipo de tratamento para conversão de sexualidade. Bom, tecnicamente fui eu que intercedi, mas esse não é o X da questão. — A loira fala balançando a cabeça e retomando o foco. — A mãe da paciente está pagando o tratamento, mas ela ainda não sabe que eu não ofereço cura gay, e muito menos que estou ajudando a filha dela a aceitar a própria sexualidade. E aí? Acha que pode assumir?
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my favorite sin
FanfictionHá muitas concepções do que se é certo e do que se é errado. Pra certas religiões, o pecado representa as ações que podemos vir a cometer e que não são corretas, não são decentes ou adequadas. Para Gizelly, seu maior pecado era gostar de mulheres. A...