voltou a ser gente

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Oi gente!

Desculpa aí pelo negócio da atualização que não era atualização, eu tava escrevendo ontem a noite e minha gatinha pisou no botão de publicar. Como não tava pronto o capitulo ainda, tive que tirar a publicação. Parece história pra boi dormir, eu sei, mas eu juro que não é não.

(Viu como não precisava de drama, o capítulo saiu hoje ainda).

Enfim, aproveitem aí!

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Vulcões são conhecidos por serem perigosos, sendo geralmente sendo associados a figuras explosivas e instáveis. O que poucos sabem, porém, é que uma erupção vulcânica não é algo que ocorre da noite pro dia. Em fato, poucos sabem o que causa uma erupção vulcânica, então vou me dar a liberdade de explicar.

Um vulcão entra em erupção quando o magma terrestre, localizado sob os mesmos, exerce uma pressão tão absurda que precisa ser expelido. Não entendeu? Ok, vamos pensar num balão de água então. Imagine que você está enchendo um balão com uma mangueira, conforme mais água entra, mais o balão expande, até que chega ao ponto de que o balão não aguenta mais e estoura. O vulcão funciona, de certa forma, como o balão. A diferença é que, ao contrário do látex, o vulcão acumula pressão dentro de si ao invés de se expandir. Chega a um ponto que a pressão é tão grande, que ele precisa extravasar. E é assim que uma erupção vulcânica ocorre.

O ponto que quero chegar com tudo isso é: uma erupção vulcânica é a consequência de um processo demorado, porém é geralmente interpretada como algo repentino.

O acúmulo de pressão gera explosão, e essa regra se aplica a vulcões, balões, e pessoas. As vezes guardamos coisas por muito tempo, até atingirmos o limite, e aí entramos em erupção. E, em boa parte das vezes, somos julgados. O que as pessoas não vêem são todas as vezes que guardamos, abafamos, ou até mesmo escondemos toda a pressão que em nós estava sendo exercida. E foi exatamente assim que Marcela se sentiu durante a semana que seguiu sua discussão com a contadora, um vulcão incompreendido.

A psicóloga estava cansada de sempre abafar e fingir que as palavras da morena não a irritavam. De aguentar os desafios e, muitas vezes, as alfinetadas que levava gratuitamente da outra mulher. Boa parte das coisas supracitadas aconteciam durante as consultas, então a loira não podia revidar nem se quisesse, porém ouvir a morena a tratando com deboche sem motivo algum e fora do horário de consulta havia sido a gota d'água.

Gizelly, na contramão, sentia-se como uma moradora de uma vila que havia sido pega desprevenida pela erupção do vulcão próximo a ela. A contadora não esperava ver sua amiga ser tão ríspida, pois não tinha ciência do que se passava dentro da cabeça da psicóloga.

E por uma falta de comunicação, as duas mulheres saíram chateadas e irritadas uma com a outra. Talvez por orgulho, talvez por medo de piorar as coisas, nenhuma das duas quis contatar a outra pra tentar fazer as pazes também. E foi com esses sentimentos ruins que elas se reencontraram na consulta seguinte.

— Oi, srta McGowan. — A morena fala entrando na sala e fechando a porta atrás de si.

— Oi, Gizelly. — A loira fala com um sorriso quase robótico.

Pelo menos me chamou do jeito certo hoje.

— Tudo bem? — A contadora pergunta se sentando.

— Tudo sim. — Marcela fala o mais neutra possível. — E você?

— Bem também.

— Ótimo! — A loira fala se ajeitando em sua cadeira. — Como foi a semana?

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