Henrique.
Pra saber o nível da briga em que eu e Maria chegamos, ela conveceu a minha mãe a ligar pro homem que dirigi a van e agora quando acordo ela já tá saindo.
Tô acordando mais cedo só pra acompanhar ela mas ela é rápida, dorme e se veste no seu quarto e ultimamente percebi que seu cofre é aberto toda hora. Antes era de vidro e Maria quebrou pra ir ver Luiza aquela vez de táxi, então trocamos e agora ele é um cofre com tampa e da pra abrir facilmente.
As notas de 50 andam sumindo.
Porém vi que era pro lanche, toda vez que Maria estava ocupada eu ia ver se ela estava fazendo os trabalhos e estudando direitinho e dentro da mochila sempre tinha troco do dinheiro jogado e pacotes de salgadinhos e bolacha.
Mas ela segue a dieta e queria muito dizer o quanto tô orgulhoso dela, as vezes a vejo lavando morangos pela manhã ou fazendo o próprio almoço, oque eu nunca vi. Ela servia naqueles potes com divisórias a comida que teve no jantar noite passada e lavava salada pra levar. Eu ficava orgulhoso. Muito orgulhoso mesmo por que ela sabe que sua saúde qualquer coisinha piora.
Porém acabei de estacionar o carro na garagem e estava entrando quando Maria chegou, a van entrou no condomínio e pelo que minha mãe disse, era mais seguro. E essa van é bem cara, ao menos isso o homem tinha que fazer mesmo.
Esperei Maria descer e vi várias fardas do time de futebol pela janela, eram alunos rindo e tirando sarro.
- ah que pena, a donzela vai embora.
- qual é princesa, volta aqui.
- amanhã termina de contar pra gente como foi o treino com as cheerleaders.
- cala a boca, ela não é cheerleader.. - eles me viram e a van deu partida.
Maria entrou pelo portão com o rosto repleto de medo.
- Maria. - a impedi de entrar.
- oque? - tentou não chorar.
- que isso? Oque foi isso? - a segurei e ela deixou as lágrimas descerem. - me conta.
- eles são horríveis! - me abraçou.
Me senti tão aliviado de senti-la, não lembrava qual era a sensação e estava feliz por isso, mesmo que ela esteja chorando.
- nada te impede de ir de carro comigo. - aquilo durou pouco, eu sempre estrago tudo.
Ela me soltou e me olhou firme.
- não é comigo que você quer andar de carro. - me olhou triste e entrou em casa.
Não pude dizer nada, oque ela acha que existe entre eu e Letícia não é nada!
Eu não gosto dela, eu não sinto nada por ela. Só pena e as vezes nem isso por que ela merece oque tá acontecendo com ela.
Entrei em casa e Maria mudou completamente, estava na cozinha falando super empolgada da prova que tirou A pra minha mãe, não deixei de ficar feliz e orgulhoso e minha mãe deu um sorriso pra mim, como se dissesse que está cuidando bem dela.
Depois Maria subiu e eu fui atrás, mas sabia que ela iria pro seu quarto então não interferi, fui pro meu e entrei direto pro banho.
Estava exausto, exausto de não fazer nada!
Não cuidar de alguém te machuca.
Eu só acordo, me arrumo e vou trabalhar, pelas manhãs era acordar Maria, as vezes ajudá-la com o cabelo, levá-la pra escola, dar dinheiro pro lanche e ir trabalhar.
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• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1
Fanfiction⚠️ PARTE DOIS DA HISTÓRIA JÁ NO MEU PERFIL POR CAUSA DO LIMITE DE CAPÍTULOS. ⚠️ NÃO ACEITO MAIS ADAPTAÇÕES. ESTE LIVRO FOI CONCLUÍDO, PARTE DOIS JÁ DISPONÍVEL. 💜🧚🏻♀️ +16|| - Daddy. - falou a menor com a voz de sono. - o que foi, princesa? - fal...